sábado, 14 de dezembro de 2013

"Polícia divulga identidade de quatro atleticanos envolvidos em briga"


[Comentário de Edilson de Oliveira]

Afinal a Torcida Organizada Os Fanáticos do Atlético PR esta do lado de quem? O trágico incidente em Joinvile pode custar à equipe paranaense, perda de 20 mandos de campo, o mesmo pode ocorrer com a equipe vascaína. Se isto for confirmado, o Atlético não poderá jogar 2014 em casa, justo no ano em que a Arena da Baixada foi totalmente reformada para a Copa do Mundo, e quando a equipe rubro-negra conseguiu sua tão sonhada vaga para a Taça Libertadores.

Esta não é primeira situação causada por esta torcida organizada, em Clássico Atletiba na Vila Capanema, o Furacão foi punido por briga entre os próprios torcedores. Antes disso, em jogo contra Vitória a equipe foi levada ao STJD por atirar pedra no banco de reservas da equipe adversária. Afinal o que esta acontecendo nas arquibancadas? O objetivo de torcer pela equipe do coração parece ter sido deixado de lado, as torcidas organizadas que deveriam torcer, apoiar e ajudar seu time do coração, estão fazendo o oposto, prejudicando as equipes com multas e punições, e ainda por cima prejudicando os verdadeiros torcedores, que são impossibilitados de ver deu time jogar.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Crônica da Semana

Pode isso Arnaldo? Em tempos de Copa quem pode mais chora menos!

Por Everton de Albuquerque Cavalcanti


As vésperas de organizarmos nossa segunda Copa do Mundo em solo nacional, ainda nos deparamos com cenas lamentáveis iguais as presenciadas na cidade de Joinville.
Em uma rodada onde muito se valia, pensei bem em qual jogo colocar para dar aquela espiada na esperança de muitos e no desespero de tantos outros. Por um momento até pensei em contracenar as partidas através do mosaico multijogos, entretanto sabia que enxergaria pouco em meio a tantas possibilidades.
Pois bem, fui logo naquela disputa a qual acreditava definir muito de muito e certamente assim o foi, pois o jogo finalizou-se tempo depois do restante de toda a rodada que se iniciara. O Clube Atlético Paranaense jogando em Santa Catarina por perda de mando de campo enfrentou em busca de uma vaga na famosa Copa Libertadores da América, o quase rebaixado Vasco da Gama, em uma disputa que mais uma vez extrapolou o limite das quatro linhas.
Certa vez questionaram minhas habilidades reflexivas para tratar do futebol, afirmando que eu tinha que expandir os horizontes analíticos de tal esporte, tamanha sua grandeza cultural, social e política. Eu, um mero estudante de graduação me interessava por menores discussões que tratavam objetivamente do jogo enquanto seus aspectos biológicos e estratégicos.
Pensei a partir daquela data que realmente o futebol se tratara de um fenômeno cultural que mexe com o imaginário torcedor através da representação atrelada historicamente por todos os agentes responsáveis pelo desenvolvimento desse esporte a nível mundial.
O futebol então envolve vidas, como citado pelo presidente vascaíno após os incidentes no campo do JEC e se envolve vidas, envolve emoção, comoção, agressividade, aversão, carinho, tristeza, alegria, raiva, enfim, uma série de sentimentos que ocasionam o que determino como irracionalidade.
Alguns vão dizer que o campo é um lugar de tensões onde liberamos toda essa emoção e deixamos de lado toda razão que permeia o cotidiano enquanto sujeitos componentes de uma sociedade regrada. Mas na verdade o campo de futebol trata-se mais de um espaço de entretenimento pelo prazer de acompanhar o esporte, do que de liberação de frustração social permeada pela busca de um sentimento que sustente uma vida emocional vazia.
A cultura futebolística do brasileiro precisa mudar, porque o esporte é mais do que um argumento ultrapassado de alienação e de liberação de tensão. O tensionamento está presente nas relações sociais que os sujeitos estabelecem ao longo do seu dia-dia. Essa descarga de energia que nos faz pulsar pelo esporte não pode ser a culpa pelo que acontece enquanto atos de vandalismo e não pode ser pensada de maneira isolada e opositora a participação dos sujeitos que ainda gostam de ir ao estádio pelo simples prazer de torcer por seu clube de coração.
É a regra virando exceção, entendem? É o mesmo erro que achar que a punição aos clubes vai resolver completamente a mentalidade de alguns sujeitos que tem no caráter e na personalidade a necessidade de deturpar o espetáculo futebolístico que foi a vitória atleticana sobre o rebaixado Vasco.
Não da pra deixar de ir ao estádio torcer porque algum mau-caráter utiliza o futebol para fins de despejo de sua personalidade medíocre. O que deveria haver e não há, é uma ordem imposta para essas barbáries que acontecem desde que eu me vejo por gente. Ou será que alguém agora vai preso? Dificilmente! Vão é jogar a responsabilidade no clube mandante e dizer aos nossos ouvidos o que o digníssimo Milton Leite diria: “Seeeeeegue o jogo”!
Não estou aqui eximindo a suposta culpa do mandante do jogo, até porque ainda estou tentando entender porque não tinha UM policial dentro do estádio. Mas na verdade, particularmente acho que nem culpa do clube é, até porque mesmo sendo um evento privado, a partida necessitava de apoio do estado no que se refere ao policiamento, haja vista a demanda de pessoas no local, a importância da partida para os dois clubes e a quantidade de turistas que por motivos óbvios habitavam a cidade de Joinville naquele momento.
Em tempos que sabemos não ser possível a manutenção de relações cordiais entre torcidas adversárias, como permitem a ausência da força policial em um evento desse porte? Como permitem que seguranças privados façam sozinhos a proteção do local? Como acham que a violência hostil de Elias e Dunning (1992) não seria capaz de ultrapassar aquele simples cordão de isolamento? Como diria o lendário Chico Lang da Tv Gazeta: “assim caminha a mediocridade”!
Façam o favor né? Mais de três mil policiais no sorteio para a formação de chaves da Copa do Mundo e nenhum na rodada final do Brasileirão onde os dois times disputavam posições importantes na tabela. Isso é fazer a sociedade de boba, é tapar o sol com a peneira, é não ter BOM SENSO, é pensar que vivemos em um país sem sujeitos reflexivos e pensantes, mesmo que em nível de senso comum.
Percebemos então que apesar do Penta campeonato mundial e de toda essa economia que transforma o mundo a partir das tecnologias, o ser humano ainda caminha no que concerne ao domínio de sua própria irracionalidade e a nação ainda engatinha no que se refere à organização de um evento esportivo de gabarito.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Publicação do Centro de Estudos Africanos/Instituto Universitário de Lisboa lança edição sobre Esportes

Este número dos Cadernos de Estudos Africanos debruça-se sobre o desporto em África, olhando a sua história e as suas dinâmicas contemporâneas. Reflete, pois, o curso das investigações sobre um fenómeno presente no contexto das práticas do lazer e da evolução da cultura popular no continente. O interesse por este tema, até há pouco considerado marginal, traduz o reconhecimento da sua importância, não apenas enquanto objeto autónomo e merecedor de um olhar específico, mas também como instrumento para aceder a outras esferas do conhecimento sobre a história da África colonial e pós-colonial. Este volume dos Cadernos de Estudos Africanos pretende, desde modo, não apenas acrescentar conhecimento sobre realidades até aqui pouco exploradas, mas igualmente sugerir a discussão dos processos constitutivos da história de diversos países e regiões. Os vários artigos dialogam com temas que pautam o incremento dos estudos sobre África. A história colonial será talvez o mais significativo. O estudo do desporto é um meio privilegiado para examinar as relações entre colonizadores e colonizados, as formas de poder, a formação de grupos sociais, os processos de exclusão e incorporação social, também traduzidos nos mecanismos de acesso ou de interdição do lazer. Pelo enfoque no desporto acede-se às vivências de grupos sociais menos estudados. Relativamente ao contexto pós-colonial, abordam-se questões como a segregação racial, a construção de sociabilidades juvenis, a transição para a vida adulta e, ainda, o poder de construção identitária revelado pelo desporto. Hoje, no continente africano, as práticas e os consumos desportivos constituem-se como linguagens por intermédio das quais se expressam projetos e aspirações.
Nuno Domingos e Augusto Nascimento


Comentários de André Couto: Além da nota da redação, cabe informar, conforme poderão verificar no próprio periódico, que o futebol está bem representado nos estudos sobre África, como, por exemplo, no trabalho de Todd Cleveland: "Following the ball: African soccer players, labor strategies and emigration across the Portuguese colonial empire, 1949-1975" e de Holly Collison:‘Meta-societies’ and ‘play communities’. The function of play to Liberian youth football players.

Para consulta ao períodico do Instituto Universitário de Lisboa (IUL): http://cea.revues.org/1105

Brasil encara Croácia, México e Camarões. Grupo D tem três campeões.

William Correia, enviado especialCosta do Sauípe (BA)

O sorteio da Copa do Mundo de 2014 definiu nesta sexta-feira que a Seleção Brasileira enfrentará Croácia, México e Camarões na primeira fase do torneio. Realizado na Costa do Sauípe, no litoral da Bahia, o evento também colocou o grupo D como o mais difícil da competição, já que terá três campeões mundiais: Uruguai, Itália e Inglaterra, além da Costa Rica.
A primeira fase também terá a reedição da final da Copa de 2010, já que a cabeça de chave Espanha duelará com a Holanda logo na estreia de ambas. As outras equipes da chave são Chile e Austrália. O torneio no Brasil será disputado entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.
O sorteio foi conduzido pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, acompanhado pela atriz Fernanda Lima. Os assistentes do sorteio foram oito ex-jogadores: o inglês Geoff Hurst, o argentino Mario Kempes, o italiano Fabio Cannavaro, o alemão Lothar Matthaus, o francês Zinedine Zidane, o espanhol Fernando Hierro, o brasileiro Cafu e o uruguaio Gigghia.
A primeira seleção sorteada para o grupo dos anfitriões foi Camarões, definida no momento em que o carrasco brasileiro Zidane retirava as bolinhas dos potes. Em seguida, Cannavaro sorteou o México para o confronto com o Brasil. Por fim, a Croácia completou.
Assim como a chave dos campeões, outro grupo complicado no Mundial é o G, encabeçado pela Alemanha, que estreará diante de Portugal e jogará depois contra Gana e Estados Unidos. Já a Argentina não terá tanta dificuldade na primeira etapa do torneio, pois tem em seu grupo a estreante Bósnia Herzegovina, Irã e Nigéria.
A cerimônia de sorteio da Copa do Mundo começou sem atrasos, às 14 horas (de Brasília), com homenagem a Nelson Mandela, que morreu na quinta. Nos 40 minutos iniciais do evento, a organização fez uma rápida apresentação das 32 seleções e também das sedes, com Fernanda Lima ao lado do ator Rodrigo Hilbert.
Os shows de artistas nacionais, como Alcione, Emicida, Vanessa da Mata, Alexandre Pires e Margareth Menezes, foram intercalados na cerimônia. A partir do momento em que as seleções começaram a ser sorteadas, Valcke substituiu o ator para anunciar as partidas, até o encerramento do evento, que durou cerca de 1h30.
Confira abaixo os grupos:
A1 Brasil
A2 Croácia
A3 México
A4 Camarões

B1 Espanha
B2 Holanda
B3 Chile
B4 Austrália

C1 Colômbia
C2 Grécia
C3 Costa do Marfim
C4 Japão

D1 Uruguai
D2 Costa Rica
D3 Inglaterra
D4 Itália

E1 Suíça
E2 Equador
E3 França
E4 Honduras

F1 Argentina
F2 Bósnia Herzegovina
F3 Irã
F4 Nigéria

G1 Alemanha
G2 Portugal
G3 Gana
G4 Estados Unidos

H1 Bélgica
H2 Argélia
H3 Rússia
H4 Coreia do Sul

No dia 06 de Dezembro de 2013, na Costa do Sauípe, no litoral da Bahia foi realizado o sorteio que, conformou os grupos da Copa do Mundo 2014. Ao que parece, a seleção brasileira iniciou a sua trajetória, rumo ao hexa, com sorte. O Brasil está no grupo A, e, enfrentará seleções de nível médio e baixo (Croácia, México e Camarões).
No que se refere aos outros grupos, aponta-se o D, como o mais difícil. Discordo dessa assertiva. Para mim, Itália e Inglaterra passarão com facilidade pelo Uruguai. E, o grupo H, com o mais fácil.
E, para você. Qual é o grupo mais forte? O mais fraco? Quem decepcionará? Quem será o campeão? Confira os grupos, e, comece a elaborar as suas apostas. A: Brasil, Croácia, México e Camarões; B: Espanha, Holanda, Chile, Austrália; C: Colômbia, Grécia, Costa do Marfim, Japão; D: Uruguai, Costa Rica, Inglaterra, Itália; E: Suíça, Equador, França, Honduras; F: Argentina, Herzegovina, Irã, Nigéria; G: Alemanha, Portugal, Gana, Estados Unidos; H: Bélgica, Argélia, Rússia, Coréia do Sul.

Sugestão e comentário de Bruno José Gabriel

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Bom Senso e a ideologia dos cartolas

[por Luiz Carlos Ribeiro]



Cada dia que passa fica claro que as pretensões de diálogo do grupo Bom Senso F. C. enfrenta problemas para se consolidar. Política e bom mocismo nunca se deram bem. Escrevi sobre isso há uns trinta atrás, quando ponderei que o calendário que existe no futebol brasileiro não veio por acaso. É evidente a força da Rede Globo de televisão sobre os clubes, os dirigentes das federações e da própria CBF. A Globo não só interfere no horário dos jogos da Copa por conta do mercado televiso mundial, principalmente o europeu. Mas se isso são favas que já foram contadas, o que chama a atenção é o comportamento de alguns dirigentes. A questão central para esses cartolas não é apenas a de inviabilizar a iniciativa do Bom Senso, em função de interesses financeiros da TV e de seus patrocinadores. O interesse é matar na base a iniciativa autônoma dos jogadores. Uma autonomia em relação não apenas aos dirigentes de clubes e federações, mas do próprio sindicato e federação dos jogadores, tradicionais instituições pelegas. Ou seja, para esses senhores de cartola, se a proposta do Bom Senso é boa ou não é irrelevante. Trata-se, portanto, de uma cruzada ideológica contra o movimento, cuja missão é sufocar a autonomia dos jogadores. Existe, nesse sentido, alguma similaridade com a chamada democracia corintiana, ocorrida no início dos anos oitenta. Lá, como agora, o país vivia uma fase de convulsão democrática. Mas as diferenças também são muitas. O Bom Senso é mais amplo que a luta dos jogadores de um clube e é claro que o Estado e a sociedade brasileiros são hoje muito mais democráticos que aquele. O calendário esportivo praticamente está encerrado este ano. No próximo ano o Bom Senso ou cresce e toma dimensões difíceis de imaginar hoje, ou soçobra na penumbra da copa do mundo. Leiam abaixo reportagem que revela a reação de um cartola histórico em relação ao Bom Senso F. C.