“BLACK-BLANC-BEUR” – NOVO SISTEMA DE COTAS
Aline Jorge Corrêa
Educação Física – UFPR
Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade – UFPR
O problema da evasão de jogadores que são treinados nas academias de do futebol francês, aparentemente seria apaziguado com a tentativa de implantação de um projeto secreto de cotas raciais para os jogadores negros e árabes. Isso segundo comentários sugeridos durante reuniões ocorridas da DTN (Direção Técnica Nacional).
Essa proposta visaria formar atletas que demonstrassem a qualidade francesa de se jogar futebol. Apresentando uma visão reducionista de que os negros possuem apenas uma aptidão física necessária para a manifestação da modalidade. Em subjetivo, coloca os franceses como estratégicos e com raciocínios fundamentais para conduzir a vitória da partida.
Sua possível solução gerou uma polêmica que propiciou um afastamento preventivo do dirigente da DTN. Comprometeu a imagem da federação e levou o treinador Laurent Blanc a um inquérito para responder por acusações que afirmam as proposições acima comentadas.
O caso supracitado é complicado, pois demonstra uma influência no campo esportivo de políticas discriminatórias. Sendo que o país vem diminuindo, cada vez mais, a imigração e tomando ações políticas de restrições perante a livre circulação dos mesmos no país.
Infelizmente, o caso repercutiu, mormente, sobre o técnico (que foi absolvido das acusações), ao invés de considerar o problema que o futebol francês enfrenta, bem como a situação política do país referente a esse assunto. O fato de a dupla nacionalidade ser um problema para a seleção não faz dele uma sugestão para a supressão de jogadores estrangeiros.
Cara Aline:
ResponderExcluirParabéns pelo post. É muito impressionante como a Europa tem tomado um rumo a direita e demonstrado em várias oportunidades recentes um apelo à intransigência e xenofobia.
Sugiro escrever mais sobre o tema pois além de muito interessante, é também deveras importante para entendermos as relações étnicas, sociais e políticas na contemporaneidade.
Um abraço,
André Alexandre Guimarães Couto