Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo
- Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL, na mira da Justiça
O pedido de investigação criminal foi feito junto à Procuradoria Geral da República, em Brasília, em julho. Depois de análise feita pelo Grupo de Trabalho que reúne procuradores federais, representantes das 12 sedes da Copa 2014, decidiu-se pelo envio da petição ao Rio de Janeiro, cidade onde reside o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira.
A petição é assinada pelo presidente do Partido Republicano Brasileiro,Marcos Pereira. A bancada do PRB é formada majoritariamente por evangélicos. O partido usou a série de denúncias que a Rede Record levou ao ar contra os negócios de Teixeira dentro e fora do Brasil.
No Rio de Janeiro, foi tomada outra decisão para agilizar o processo: distribuir o caso para uma vara criminal e o contemplado acabou sendo o procurador Marcelo Freire.
Ricardo Teixeira também preside o Comitê Organizador Local da Copa 2014. As denúnicas contra ele são antigas desde a saída de seu ex-sogro João Havelange nos 70. Há quase dez anos, foi formada no Senado uma Comissão Parlamentar de Inquérito para levantar as piores denúncias contra Teixeira e a CBF.
O relatório de número 2 da CPI é bastante revelador, quanto ao estilo empreendedor de Teixeira: em alguns anos, ele chegou a trazer do exterior US$ 36 milhões, na forma de empréstimo para a CBF, junto a bancos estrangeiros. Um dos bancos era dirigido por financistas brasileiros. O que causou espanto foi a descoberta do nome do único avalista: era o próprio Teixeira.
Interrogado, o presidente da CBF foi simplista:
"Faço a mesma coisa que João Havelange fazia enquanto dirigia o o futebol brasileiro".
Havelange deixou de dirigir o futebol brasileiro em 1974, quando assumiu a Fifa. Recentemente, a BBC de Londres fez uma série de reportagens sobre corrupção no futebol internacional. Parte das denúncias, segundo o jornalista escocês Andrew Jennings, atingiram Ricardo Teixeira e João Havelange.
Em visita ao Brasil, Jennings afirmou que os dois brasileiros teriam feito um acordo com a Justiça suíça para não serem incriminados. O jornalista garante que Havelange e Teixeira teriam devolvido cerca de US$ 9 milhões, recebidos supostamente como proprinas eleitorais e negócios ilícitos.
fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/09/19/procuradoria-criminal-recebe-pedido-de-investigacao-contra-ricardo-teixeira-no-rio-de-janeiro.htm
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