Órgão encontrou sobrepreço de R$ 86 milhões no orçamento da construção
O governo do Amazonas continua com problemas para financiar as obras do estádio que será palco da Copa de 2014 em Manaus.
Segundo o site “Lance!Net”, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) recebeu na semana passada o comunicado do TCU (Tribunal de Contas da União) que recomenda a suspensão dos desembolsos para a construção da Arena Amazônia. O banco estatal aprovou empréstimo de R$ 400 milhões para a obra.
Uma auditoria do TCU encontrou sobrepreço de R$ 86,5 milhões no orçamento da obra. Além disso, o custo da construção subiu mais de 15% desde o ano passado, saltando de R$ 532 milhões para R$ 615,9 milhões.
Segundo a auditoria, o maior volume de sobrepreço estaria nos custos da chamada "administração local" da obra. É o caso do item que discrimina o pagamento aos funcionários que, segundo o TCU, contém duplicidade de custos.
O tribunal só vai recomendar a liberação do empréstimo depois que o governo do estado, responsável pela obra, justificar os valores.
O tribunal só vai recomendar a liberação do empréstimo depois que o governo do estado, responsável pela obra, justificar os valores.
Texto sugerido e comentado por André Capraro.
Nem
o mais ingênuo brasileiro acreditaria que os critérios para escolha das cidades
sedes para a Copa do Mundo de 2014 tenham sido técnicos. A escolha da cidade de
Manaus é um deles. Não pela distância das outras sedes (pois é quase uma viagem
intercontinental), tampouco pelo constante calor e umidade que afasta a
intenção de qualquer selecionado europeu de jogar ali, mas sim, pela fraca
aderência dos amazonenses – sobretudo, dos manauaras – em relação ao campeonato
regional e suas equipes. A média de público gira em torno de 2 mil
espectadores. Tendo em vista que a capacidade do estádio será de 44 mil
espectadores, ficam aquelas perguntas cujas respostas já intuímos: quem
escolheu e qual o motivo? Quem irá lucrar? E o que será desta arena após as 4
partidas ali realizadas?