O post de hoje propõe um olhar fora de eixo
frente à Copa do Mundo de 2014. Habituados com as informações da grande
imprensa, tendemos a pensar os preparos da Copa do Mundo sob o prisma do
"vai ou não dar tempo?" No entanto, se apurarmos o olhar,
descobriremos o óbvio: Existe vida além dos prazos! E essas vidas, não raro,
são afetadas pela Copa, seus prazos e as famosas "normas FIFA".
A página
indicada (http://copa2014curitiba. wordpress.com/) é gestada pelo Comitê Popular da Copa - Curitiba. Segundo informações
do próprio sítio, a comissão foi lançada no dia 08 de agosto de 2011, mas as
reuniões já ocorriam desde o dia 21 de junho daquele ano. Além de datas de
reuniões e fotos de manifestações, no link "Mobilize!" temos acesso a
alguns dos panfleto confeccionados pelo movimento. O comitê é composto por uma
série de entidades representantes de diversos setores da sociedade. Chamaria a
atenção dos leitores aos dois documentos publicados na página, o primeiro, que esta
no link "O que é o Comitê Popular de Curitiba?", chama-se "Carta de apresentação do Comitê Popular da
Copa do Mundo de 2014 - Curitiba, Paraná" e já inicia com uma frase
instigante: "Para não colocar os direitos humanos em escanteio". O
segundo documento, no link "Comitê nacional e regionais", intitulado
"Documento de Articulação Nacional pela garantia dos Direitos Humanos, no contexto
dos Megaeventos", temos acesso às nove pautas principais do movimento. De
maneira geral, os documentos propõem maior participação do povo nas decisões
sobre a Copa, respeito aos direitos humanos e mobilizam-se em defesa de legados
realmente positivos para toda população. Levantam-se contra as ingerências e a
possibilidade de criar um "regime de exceção" durante a Copa. Em
momentos de hegemonia do discurso modernizador, é no mínimo interessante a
proliferação de movimentos que apontam o dedo à face excludente dessa
modernização. Aos pessimistas e céticos, o primeiro documento deixa um recado:
"Antes do lance final, não retiraremos nosso time de campo."
Sugestão de site e comentários do Mestrando em História (UFPR) Jhonatan Souza