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domingo, 11 de março de 2012

Membro do NEFS defendeu sua tese de Mestrado em História

Natasha Santos defendeu, na última sexta-feira, com brilhantismo sua dissertação de Mestrado em História (UFPR), intitulada: “FREUD EXPLICARIA ISSO!”: OS SENTIMENTOS E RESSENTIMENTOS DO FUTEBOL EM NELSON RODRIGUES (1951-70)
A banca foi composta pelo Dr. André Mendes Capraro (orientador), Dr. Miguel A. de Freitas Júnior (UEPG) e Dra. Fátima Martin Rodrigues Ferreira Antunes (Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo).
 



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Olá Amigos,
Agora que estamos em recesso no futebol brasileiro, parece que fica um vazio enorme.
Estamos tão acostumados com os jogos da televisão que muitas pessoas acertam os compromissos diários em função do horário que irá jogar o seu time do coração. Agora temos poucas alternativas para curtirmos o esporte bretão, dentre as quais destaca-se o futebol entre amigos(estrelas) realizados no final de ano, a copa BH de Juniores (seja com ou sem fair play) e por fim porém a mais badalada e esperada de todas as competições: O mundial Inter-Clubes.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mensagem Especial

Terminado o campeonato brasileiro, muitas festejam pelo título, outros lamentam pela queda, outros ainda comemoraram pela derrota de seu adversário, mas depois de 26 anos ninguém deve estar mais feliz do que os tricolores. Particularmente, acredito que onde quer que esteja o torcedor símbolo deste clube deve estar gargalhando ao lado do Gravatinha e do Sobrenatural de Almeida. Deixamos aqui algumas das inúmeras frases proferidas por Nelson Rodrigues, um dos principais torcedores que este time já possuiu:

Para Nelson Rodrigues torcer pelo Fluminense não era uma questão de escolha. Era uma obsessão, ou muito mais do que isso: um destino.

  • Sou tricolor, sempre fui tricolor. Eu diria que já era Fluminense em vidas passadas, muito antes da presente encarnação."

  • O Flamengo tem mais torcida, o Fluminense tem mais gente!

  • "Grandes são os outros, o Fluminense é enorme."

  • "O FLUMINENSE nasceu com a vocação da eternidade...tudo pode passar...só o TRICOLOR não passará jamais."

  • Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode - e nem se deseja - fugir."

  • Se o Fluminense jogasse no céu, eu morreria para vê-lo jogar"

  • "'Você é químico?' Não, sou Fluminense, respondi de pronto ao ser abordado por um vizinho que me viu brincando com alguns líquidos de diversas cores. Eu tinha apenas três anos de idade, mas com uma convicção clubística anterior ao meu nascimento, e, quem sabe, anterior ao útero materno".

  • Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz' pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas."

  • "Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos"

  • "Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão."
  • Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória".
  • "Pode-se identificar um Tricolor entre milhares, entre milhões. Ele se destingue dos demais por uma irradiação específica e deslumbradora."

Para conhecer mais sobre este caso de amor, consulte: RODRIGUES FILHO, Nelson (org.). O profeta tricolor: cem anos do Fluminense - crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.


Dr. Miguel A. de Freitas Jr

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Garrincha e Nelson Rodrigues: dois Macunaímas


O belíssimo vídeo do canal 100 sobre o Botafogo e o Garrincha, postado pelo André, conta com duas crônicas mescladas de Nelson Rodrigues. As crônicas são ”Os que negam Garrincha” (1966) e  “Um Gesto de Amor” (1968) e se encontram no livro À sombra das chuteiras imortais, respectivamente nas páginas 119 e 137. Leia na íntegra a crônica do Nelson, como se encontra no vídeo:
Vocês se lembram de Charlie Chaplin, em Luzes da ribalta, fazendo o número das pulgas amestradas? Pois bem, Mané deu-nos um alto momento chapliniano. E o efeito foi uma bomba. Na primeira bola que recebeu, já o povo começou a rir. Aí é que está o milagre: — o povo ria antes da jogada, da graça, da pirueta. Ria adivinhando que Garrincha ia fazer a sua grande ária, como na ópera.
Como se sabe, só o jogador medíocre faz futebol de primeira. O craque, o virtuose, o estilista, prende a bola. Sim, ele cultiva a bola como uma orquídea de luxo. Foi uma das jogadas mais histriônicas de toda a vida de Mané. Primeiro, pulou por cima da bola. Fez que ia mas não foi. Pula pra lá, pra cá, com a delirante agilidade de 58. Lá estava a bola, imóvel, impassível, submissa ao gênio. E Garrincha só faltou plantar bananeiras.
Esse rapaz da Raiz da Serra compensou-nos de todas as nossas humilhações pessoais e coletivas. Vocês sabem que, do nosso lábio, sempre pendeu a baba elástica e bovina da humildade. Em 58, ou 62, o mais indigente dos brasileiros pôde tecer a sua fantasia de onipotência. E, por tudo isso, as multidões, sem que ninguém pedisse, e sem que ninguém lembrasse, as massas derrubaram os portões. E ofereceram a Mané Garrincha uma festa de amor, como não houve igual, nunca, assim na terra como no céu.
Esses poucos mais de três minutos dizem muito mais de Garrincha e do futebol, do que o clássico do Cinema Novo, “Garrincha, Alegria do Povo” (1963) de Joaquim Pereira de Andrade. Onde havia paixão os intelectuais do Cinema Novo viram alienação. E aí não conseguiram nem amar nem entender o futebol.

Luiz Carlos Ribeiro