terça-feira, 30 de novembro de 2010

DO CÉU AO INFERNO


(A  saga rubro-negra...)
A crônica se fosse escrita por Nelson Rodrigues, certamente teria outras nuances históricas, apresentando o problema numa metáfora diferente e composta de outros atores.
Mas como estamos em 2010, o cenário é bem salutar para estendermos certas considerações.
O Flamengo imortalizado por craques (Zico, Andrade, Júnior, entre outros) e, que no ano  passado, sagrou-se campeão brasileiro, viu em 2010 acumular em seu histórico,  derrotas e perdas. A primeira no campeonato carioca. E em seguida, no Campeonato Brasileiro, devido a luta de rodada em rodada para não cair para a Série B.
Faltou planejamento? Fatos extra-campo prejudicaram o desempenho dos jogadores? Por que o afastamento de Andrade rachou o grupo? De que forma Zico poderia ser melhor aproveitado na Gávea? Onde está o trabalho realizado nas categorias de base?
Estas e outras questões com suas devidas respostas, descortinam um velho e notório problema do futebol brasileiro - a questão política. É ela que engrena e engessa uma melhor performance dos clubes brasileiros.
A verdade é que o Flamengo está à beira da crise ou singra os mares cheio de tormentas e tempestades, destoando de Botafogo e Fluminense.
Mas como sair da crise?
O clube apostou as suas últimas fichas em Luxemburgo, que saiu do Atlético Mineiro na zona do rebaixamento.
Já Andrade, que permaneceu meses desempregado, após ser demitido do Flamengo, luta para livrar o Brasiliense da Série C.
Aguardemos o final do Campeonato para iniciar um novo plano para 2011.
É difícil a Saga Rugro-Negra.

Autor: Fábio Ehlke Rodrigues.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

C13 decide manter exclusividade na TV aberta

por ERICH BETING e GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, no Rio de Janeiro (RJ)
Em 23/11/10 as 7:29
 
Nada de jogos divididos entre duas ou mais emissoras. Nada de ampliar o número de partidas transmitidas. O Clube dos 13, que atualmente está em fase final de um estudo para licitar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de futebol entre 2012 e 2014, já definiu que manterá o modelo de venda com exclusividade a apenas uma emissora em TV aberta. A concorrência ainda não tem data para acontecer, mas a expectativa é que seja realizada ainda neste ano.

A decisão do Clube dos 13 é, na verdade, uma valorização de outras mídias. A entidade que representa as 20 principais equipes do país aposta em um desdobramento de propriedades para obter incremento contundente na arrecadação para o próximo contrato.

Além disso, significa aposta do C13 no faturamento com PPV. Neste ano, a receita do grupo com jogos nesse formato chegou a R$ 200 milhões, R$ 50 milhões a menos do que a entidade recebe na TV aberta. A previsão da entidade é que a situação se inverta ainda em 2011 – os clubes recebem 38% do faturamento bruto da venda.

“Eu preciso aproveitar o que o mercado me oferece de bom. Hoje eu não tenho mais o sofrimento de ter só um player. E, graças à decisão que o Cade tomou recentemente, eu não estou mais amarrado”, ponderou Ataíde Gil Guerreiro, diretor-executivo, de relações institucionais e de marketing do Clube dos 13.

Em outubro deste ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu parecer favorável a um pedido do C13. A decisão do órgão derrubou o direito de preferência da TV Globo na renovação dos direitos do Campeonato Brasileiro e obrigou a realização de licitação com envelopes fechados – anteriormente, o canal carioca tinha direito de ver a melhor proposta que o grupo havia recebido e decidir se cobriria o valor.

O termo de cessão de conduta (TCC) do Cade ainda estipulou que todas as propriedades do Campeonato Brasileiro deveriam ser vendidas separadamente. Isso corrobora decisão do Clube dos 13, que pretende fatiar e aumentar a quantidade de mídias vendidas.

“Depois que o Cade emitiu a decisão, publiquei um anúncio com o parecer em dois jornais e esperei. Todo mundo veio me procurar, e a única coisa que eu pedi é que só aceitaria conversar com presidente de empresas e só na minha sala. Quando eles foram, eu disse que queria aprender. O primeiro passo foi entender quais são as novas oportunidades. Nós podemos vender até figurinhas eletrônicas oficiais”, explicou Gil Guerreiro.

O contrato atual do Clube dos 13 coloca, por exemplo, propriedades como internet e games na mesma venda da TV aberta. A ideia do grupo é fazer licitações diferentes para cada uma dessas propriedades, seguindo o mesmo processo em todas.

O Clube dos 13 também procurou as cinco maiores empresas de auditoria do mundo (KPMG, Deloitte, Pricewaterhousecoopers, Arthur Andersen e Andersen Young) para fazer uma concorrência e definir qual delas acompanhará a licitação dos direitos.

Além de ser feita com envelopes fechados, a licitação terá como base um contrato fechado. O documento já está pronto, será apresentado às TVs e exigirá adaptação delas ao formato desejado pelo C13.

Fonte: http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/midia/18/18460/C13-decide-manter-exclusividade-na-TV-aberta/index.php

Texto sugerido por : Edson Hirata

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crônica da semana

Imprecisão, incerteza e paixão

Ernesto S. Marczal

Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade

As últimas rodadas do Campeonato Brasileiro vêm sendo marcadas pela polêmica própria da mobilização passional característica do futebol. Com a competição aproximando-se da definição, lances, comentários e posturas dentro e fora dos gramados adquirem conotação diferenciada. Analistas, comentaristas, jogadores e torcedores tomam a palavra, desfrutando da liberdade de opinião fomentada pela própria regra do esporte: sua iminência interpretativa. Entre a multiplicidade de comentários, de posturas e pontos de vista (complementares ou controversos), os indivíduos buscam (nem sempre) a argumentação racional como forma de legitimação da opinião emitida. Em um esporte cuja regra resguarda lacunas de imprecisão e incerteza, no qual o resultado flerta permanentemente com a imprevisibilidade (“nem sempre o melhor time vence”), propiciando a manifestação irregular e repentina de emoções, sua medição, utopicamente, recai sobre a assertiva da razão.

Entretanto, a exigência de uma leitura racional, neutra, imparcial, objetiva do campo de jogo recai sumariamente sobre poucos indivíduos. Embora a mobilização proporcionada por uma partida de futebol de grande porte chegue mesmo à casa dos milhões, somente os responsáveis pela arbitragem possuem o compromisso irrestrito com a clareza da razão e da objetividade. A figura do arbitro, sobretudo, incorpora o pretenso ideal de justiça, neutra, imparcial, lógica e racional. Com tamanha responsabilidade o arbitro se torna a antítese da deliberação livre que permeia as manifestações correlatas ao jogo da bola. Se nos estádios existe uma relativa liberdade de manifestação dos indivíduos, somente a palavra do arbitro tem a força de se impor como “verdade” objetiva. Inconteste ou não, suas decisões assumem caráter imperativo, indiferente aos demais murmúrios, protestos e comentários. Contrariando a perspectiva do futebol como representação democrática e popular, o arbitro desempenha papel despótico. Mais do que a primazia sobre o desenrolar do jogo (marcação de faltas, validações dos gols, punições aos jogadores, etc.) também é o único que detém a autonomia diante da imprecisão da norma. Afinal a interpretação válida não se dá aos olhos de qualquer um, mas a partir do julgamento imediato do arbitro. Desta forma, sua decisão, supostamente pautada na capacidade de racionalização da regra, é eminentemente autoritária.

Ao contrario do que possa parecer, a posição desempenhada por estes personagens não é necessariamente privilegiada. A complexidade da função e a responsabilidade que acarreta fazem da função extremante impopular. Em um campo onde afloram paixões, os árbitros devem ser os únicos a se manter sobre o crivo irrestrito da razão. Mais do que mediar o jogo, exigi-se que estes se mantenham imunes a eclosão dos sentimentos despertos pelo esporte. Para isso cobra-se destes sujeitos o preparo necessário. Afinal, tarefa tão complexa não deve pode ser desempenhada por qualquer pessoa. O sinônimo deste preparo diferenciado muitas vezes é sintetizado sob o signo do “profissionalismo”. Porém, diferentemente dos atletas e comissão técnica, o árbitro ainda mantém a configuração do “amadorismo marrom”. Embora receba para trabalhar nos jogos sua categorização institucional ainda não existe. Poucos são os casos em que a dedicação à função é exclusiva. Esta, contudo, é apenas parte da questão. Mesmo o profissionalismo não suprime a manifestação das paixões e erros inerentes a posição humana do árbitro.

Neste sentido, como solução para as mazelas da incerteza humana crescem os defensores da tecnologia no esporte. Comunicação via rádio entre os integrantes, bandeira eletrônica, chip na bola para sinalizar se bola entrou ou não. Algumas destas medidas já devidamente experimentadas. Entre as medidas mais polemicas discute-se a utilização da imagem. O “replay” durante as partidas é por vezes sinalizado como medida definitiva para retirar as dúvidas nos lances mais difíceis. Partido do pressuposto de que as lentes das câmeras disporiam de uma perspectiva estritamente objetiva e imparcial, sua utilização continuaria marcada pela incerteza. Como o resto do jogo a leitura da imagem continuaria submetida a múltiplas interpretações. Ainda assim, a decisão final continuaria sob opinião autoritária, muitas vezes parcial e não consensual.

Não pretendo questionar a necessidade do árbitro ou me colocar contra a introdução da tecnologia no esporte. Longe disso. Mas diante de tamanha carga emotiva, é ao menos sintomático a busca da razão como mediadora das paixões humanas num campo de futebol. Inclusive por parte do “juiz”.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A estatização das transmissões de futebol na Argentina Uma análise sbre como as mudanças políticas, econômicas e estruturais no país sul-americano resultaram nesse processo

por Felipe Bigliazzi Dominguez*


Introdução

Agosto de 2009. Buenos Aires amanhecia triste e o gélido vento do rio de La Plata se fazia sentir. Aquela singela melancolia tinha um forte motivo: a primeira rodada do Torneio Apertura - a primeira divisão do futebol argentino - havia sido cancelada. Pelos Cafés da Avenida Corrientes não era possível encontrar vestígios daquela portenha tradição de discutir futebol. A causa, razão ou circunstancia pelo ocorrido, tinha uma sinistra origem: a disputa pelos direitos de transmissão dos jogos do campeonato argentino de futebol.

Uma verdadeira guerra entre o Governo Federal – comandado pelo casal Kirchner – e o grupo midiático mais importante da Argentina – Clarín - que culminou com a estatização das transmissões dos jogos da primeira divisão do futebol local. O episodio serviu para desnudar toda a obscura estrutura, não só do futebol, como de todo um país.

A perda de um de seus negócios mais rentáveis foi o mais duro golpe recebido pelo grupo Clarín em sua disputa particular contra o casal Kirchner. Julio Humberto Grondona - um dos homens mais ricos e poderosos da Argentina – tornou-se o fiel da balança, mostrando uma vez mais o circulo mafioso por trás do alto escalão do futebol local.
Quer ler todo o texto, clique aqui

Fonte:http://www.universidadedofutebol.com.br/2010/11/1,14875,A%20ESTATIZACAO%20DAS%20TRANSMISSOES%20DE%20FUTEBOL%20NA%20ARGENTINA.aspx?p=4

Texto sugerido por Edson Hirata

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Crônica da Semana

O Coritiba voltou !

Por M.s. Celso Luiz Moletta Jr
ISAEC Colégio Martinus Centro
Núcleo Futebol e Sociedade
celsomoletta@gmail.com



Um ano após a catastrófica queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro da segunda divisão, o Coritiba Foot Ball Club está de volta ao primeiro escalão futebolístico local. Uma volta, que devido às circunstâncias, possui um significado pontual e emocional para a torcida do clube. Porém, o intuito desta crônica e fugir do “lugar comum” do torcedor e analisar esta situação à parte das emoções, com um olhar voltado para o processo de gestão do clube neste ano.

Após um ano de rendimento dentro de campo intermediário e um processo de gestão administrativa do clube - talvez impulsionado pelo fato da comemoração do aniversário de 100 anos – totalmente falho, o Coritiba foi rebaixado à segunda divisão do campeonato brasileiro de 2009, na última rodada da competição em uma partida contra o Fluminense. Somado ao rebaixamento, o clube viu uma barbárie acontecer em seu estádio.

Centenas de torcedores invadiram o campo de jogo após o término da partida e agrediram jogadores de ambas as equipes, a arbitragem e os dirigentes; e ainda a depredação de grande parte do patrimônio do clube. Como conseqüência dos atos, o Coritiba foi punido pelo S.T.J.D. com a perda de 10 jogos, sem poder jogar em seu estádio no ano de 2010 e ainda uma multa de 100 mil reais. O julgamento, realizado no Rio de Janeiro, foi passivo de muita polêmica.

O ano de 2010 iniciou então para o clube com um grande problema administrativo. Iniciar a série B, jogando 10 jogos longe de seu estádio, e somados a isso uma redução drástica dos valores de imagens pagos pela televisão poderiam ter gerado um grande problema de estruturação. Ao contrário, o que se viu, foi à instalação de um processo de re-ordenamento administrativo. Quem foi o gestor deste processo foi o então eleito vice-presidente Vilson Andrade Ribeiro. Vilson é ex- executivo comercial da seguradora do Banco HSBC, e chegou ao clube à convite da diretoria. Neste ponto, é que surge o primeiro ponto: a implementação do processo de gestão administrativa de um clube de futebol passa necessariamente por alguém que não é especialista no assunto. Não é comum observar especialista da administração esportiva guiando clubes. Apesar de não ser um especialista de em futebol, Vilson procurou servir de pessoas que são especialistas no assunto, o principal deles o Coordenador de Futebol Felipe Ximenes, Gerente Esportivo de formação acadêmica.

No que diz respeito ao departamento de futebol, o clube primeiramente manteve a comissão técnica do ano anterior. Algo raro em fracassos, porém essencial quando se pensa em gestão de processo, em que o resultado a longo prazo. Em segundo, lugar o clube reestruturou o plantel, dispensando 25 % do elenco de 2009 e contratando jogadores de envergadura técnica superior e com um custo menor, através de parecerias aonde os jogadores vêem até o clube e sedem uma porcentagem de seus direitos federativos ao mesmo. Ainda passou a ocupar 23 % do elenco com jogadores oriundos das categorias de Base. Ainda sim, o departamento de futebol foi o local do clube que mais recebeu investimento.

No departamento de marketing do clube, mesmo jogando mais da metade dos jogos fora de casa (o clube escolheu a cidade de Joinville), o clube conseguiu sair de 9 mil sócios para 17 mil sócios. Ainda assim, o clube, conseguiu aumentar os parceiros, atraindo Coca Cola, e outras multinacionais como parte do projeto.

Assim, por fim o Coritiba volta à primeira divisão, reestruturado. O clube iniciou um processo de gestão, até o qual em nenhum momento tinha passado. Importante ressaltar que não foi um especialista em gestão esportiva que o fez, porém o responsável cercou-se por pessoas capacitadas para tal. Ressalta-se também que de nada adiantaria o trabalho, em termos de reconhecimento público, se os resultados em campo não fossem positivos. Por fim, lastima-se de que gestão profissional em clubes de futebol ainda sejam coisas ou para momentos de crise, ou para realidades não brasileiras.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

As receitas de TV dos Clubes brasileiros

A economia Brasileira regista actualmente um dos maiores crescimentos anuais do planeta, este facto tem naturalmente reflexo no futebol e no aumento das receitas dos clubes, em particular nas receitas provenientes da televisão.
Segundo análise da consultora Crowe Horwath RCS, as receitas de TV representaram 28% da receita gerada pelo mercado brasileiro de clubes de futebol. Em 2008 a participação da TV sobre o total gerado pelo mercado foi de 23%, a mesma percentagem que em 2007.
As receitas de televisão apresentadas, incluem todas as competições em que os clubes participam, como os Campeonatos Estaduais, Campeonato Brasileiro, Taça dos Libertadores, Taça Sul Americana e Taça do Brasil. Em 2009 o Flamengo foi líder em termos de receitas de televisão gerando cerca de R$ 44,2 milhões (19 milhões de Euros), valor este que já é superior às receitas TV geradas por alguns clubes de topo de ligas Europeias de média dimensão (por exemplo a Liga Portuguesa).
O aumentos das receitas com TV no mercado brasileiro foi bastante significativo, graças ao novo contrato em vigor entre Série A e a Rede Globo para o período de 2009-2011. Este contrato, além das receitas de TV aberta e TV fechada, também inclui uma remuneração variável pelas vendas de Pay per View.
Veja o quadro todo em: http://www.futebolfinance.com/as-receitas-tv-dos-clubes-brasileiros-em-2009

Texto sugerido por : Edson Hirata
Fonte: http://www.futebolfinance.com/as-receitas-tv-dos-clubes-brasileiros-em-2009

sábado, 13 de novembro de 2010

CORINTHIANS X CRUZEIRO: FICÇÃO OU REALIDADE?

Assistindo o jogo de hoje envolvendo as equipes do Corinthians e do Cruzeiro, não pude deixar de me lembrar do filme “Boleiros”, onde um dos personagens centrais foi o árbitro “Virgílio Penalty”. É claro que naquele episódio a ficção acabou escancarando algo que todos imaginavam existir no futebol brasileiro.

Entretanto, com a onda de moralização criada em nosso país (me permitam abrir um parênteses, pois se não houveram muitos políticos caçados, no futebol o tapetão deixou de ocorrer, ou seja, os piores times caíram e os melhores subiram, conforme previa o regulamento da competição). Neste contexto, vender um jogo, ou ter o resultado influenciado intencionalmente por um árbitro tornou-se algo quase impensável, principalmente porque a presença da televisão e a busca incessante pelo furo de reportagem tem auxiliado para que as falcatruas deixem de ocorrer (pelo menos de forma explícita) no mundo futebolístico.

O gol de Ronaldo que sofrerá um penalty duvidoso, aos 43 minutos do segundo tempo, digo duvidoso porque se os árbitros fossem marcar este tipo de lance, cada jogo do campeonato brasileiro teria no mínimo 5 ou 6. Porém esta atitude do rei dos penaltys, nos gera algumas indagações: Porque os jogadores quase arrancam a camisa do adversário durante a cobrança do escanteio e ninguém apita nada? Porque durante esta mesma partida o árbitro chamou a atenção dos jogadores antes das cobranças de escanteio? Porque em um lance bisonho no final do jogo resolveu-se marcar algo que não fora marcado até então? Será mero acaso? Será que o campeonato está encomendado? Não, não quero acreditar nisto. Prefiro realmente continuar acreditando que isto só acontece nos filmes de ficção.

Mas acompanhe a matéria e tire você mesmo as suas conclusões. http://www.futebolinterior.com.br/news.php?id_news=158752

Texto escrito e reportagem sugerida por: Miguel A. de Freitas Jr.



ALAS

XXVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO LATINO AMERICANA DE SOCIOLOGIA

Recife 11 a 16 de setembro de 2011

Maiores informações: http://www.alas2011recife.com/

ANPUH NACIONAL

XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária

Maiores informações: http://www.snh2011.anpuh.org/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sugestão de leitura

Encontrei uma entrevista interessante para os estudiosos da economia do futebol.
Trata-se de um advogado especializado em direito esportivo, Eduardo Carlezzo e que trata das possibilidades dos clubes se transformarem em SA.
Clique aqui e leia

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Corinthians na reta final do Brasileiro

Por  Rodrigo Farah
Em São Paulo
  • Kleber não quer mala branca vinda do Corinthians Kleber não quer mala branca vinda do Corinthians
Focado na disputa da Copa Sul-Americana, o Palmeiras terá um verdadeiro papel de “fiel da balança” na reta final do Brasileiro. Com chances de ajudar ou prejudicar o Corinthians, o atacante Kleber negou qualquer possibilidade de o time alviverde receber uma “mala branca” do arquirrival para vencer seus jogos restantes na Série A.

“Se fosse oferecido algo, eu não aceitaria. Pela rivalidade dos times de São Paulo, é difícil algo assim acontecer”, afirmou o camisa 30 de maneira categórica. “Não sei se vai rolar alguma coisa assim, ainda não rolou. Nunca ofereceram nada para os times onde eu joguei”, completou.
Nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras irá enfrentar dois rivais diretos do Corinthians na briga pelo título. No dia 28 deste mês, a equipe alviverde recebe o Fluminense no Pacaembu.

Já na semana seguinte, os comandados de Felipão encaram o Cruzeiro em Sete Lagoas.
Parte da torcida alviverde já criou, inclusive, um movimento na internet pedindo para que o Palmeiras entregue as duas partidas. O atacante Kleber negou essa possibilidade, mas confirmou que o time alviverde deverá entrar em campo com reservas se estiver brigando pelo título da Sul-Americana.

“Se estivermos na final, os titulares vão ser poupados. Com certeza, jogaremos no máximo com um time misto. Pode ser que isso facilite para as outras equipes, mas não será porque queremos entregar e sim porque temos o objetivo de ganhar a Sul-Americana”, completou.

Fonte:http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2010/11/09/kleber-rejeita-possivel-mala-branca-do-corinthians-na-reta-final-do-brasileiro.jhtm
Texto sugerido por André Mendes Capraro

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vale tudo

Escândalos de compra de votos, como sofrido pela Fifa, transparecem a existência de forças antagônicas no sistema em que vivemos
A novela Vale Tudo, da Rede Globo, marcou época na vida do povo brasileiro.
Foi ao ar em 1988, período que antecedeu as primeiras eleições diretas para Presidente da República, depois de longos anos de chumbo na Ditadura Militar.
O país ainda aprendia a lidar com esta liberdade recente. Não só o povo, como também os políticos, que não mais iam ser escolhidos por um colegiado de seus pares, mas enfrentariam a sentença das urnas.
Muitos temas de importante relevância social foram abordados nas micro-histórias dos personagens: corrupção; crime de colarinho-branco, ambição das pessoas para ascender na vida em detrimento da vida dos outros, sexualidade e homossexualismo, “jeitinho” brasileiro, desemprego, hiperinflação.

Com o perdão do trocadilho, vale a pena ver de novo a novela, agora no Canal Viva, desde o começo de outubro em reprise. Para mim, tem sido excelente como aula de história de quem somos os brasileiros.
Passados 22 anos, o filme Tropa de Elite 2 expõe, criticamente, as entranhas do sistema e do jogo de poder que figura por trás da criminalidade endêmica – muito bem organizada, diga-se – no Rio de Janeiro, mas que, em certas nuances, replica-se pelo Brasil.

O protagonista, Capitão Nascimento, foi promovido à cúpula administrativa da Secretaria de Segurança Pública. Acreditava que seria mais fácil combater o crime. O problema é que ele percebeu que ele estava exatamente no coração do sistema criminoso, onde todas as relações eram perigosas e todos atuavam num script de corrupção magistralmente desenhado.
A certa altura, o personagem ressalta que a coisa mais valiosa que os corruptos do “sistema” podem desejar das pessoas de uma “comunidade” é o voto.

Mais recentemente, a Fifa sofreu com denúncias de que países-candidatos a sede das Copas de 2018 e 2022 estariam negociando compra e venda de votos, em que figuravam no processo o presidente da Confederação Asiática e o Presidente da Federação Nigeriana de Futebol.

Vivemos num sistema social onde impera a democracia. Entretanto, não se pode esquecer que o sistema também pressupõe a existência de forças antagônicas, complementares e nem sempre equilibradas, cujo fiel da balança pode ser o voto – não só votar como ser votado.
Isso serve para chamar à consciência todos nós a importância das eleições. Não de forma isolada devemos participar, mas entendendo a complexa rede social em que vivemos.

Se servia às vésperas das eleições de 1989, deve servir para 2010. Eleições em que os candidatos usaram de todas as artimanhas para desqualificar o processo, presumindo que o povo é um bando de idiotas desinteressados e desimportantes.

No Brasil, no clube de futebol da esquina, no condomínio ou na sede da Fifa.
E a genial letra da música “Brasil”, cantada por Gal Costa, ecoa ao longo destes anos todos e nos faz perguntar se há algo de novo no Brasil, sede da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016:


Fonte:http://www.universidadedofutebol.com.br/2010/10/3,11300,VALE+TUDO.aspx
Texto sugerido por Edson Hirata

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crônica da semana

Pérolas aos porcos

Riqueldi Straub Lise

Universidade Positivo

Às vezes me surpreendo com a velocidade das inovações tecnológicas, e como essas novidades influenciam nossas vidas... Até dias atrás o que era mp3 agora é mp17. Ipod, Ipad, Blue Ray, TV High Definition 3D, Bluetooth, net book. Todas essas parafernálias eletrônicas nos proporcionam comodidades, velocidade de informação, precisão de imagens, entre várias outras coisas. Tais tecnologias tendem a tornar nosso dia-a-dia mais fácil, desde que tenhamos, domínio sobre estas e condições de consumi-las; caso contrário não nos serviriam de nada.

Para exemplificar esses avanços tecnológicos posso aqui citar as transmissões de partidas de futebol, em especial durante a Copa do Mundo da África. Uma maravilha: imagens em altíssima definição, dezenas de câmeras espalhadas por todo o campo, algumas deslizando sobre cabos, outras sobre trilhos e, ainda, algumas operadas por controle remoto. Tudo é filmado. Se o técnico faz qualquer tipo de expressão, tem uma câmera que o filma em tempo integral; os principais jogadores de cada seleção também têm foco de câmeras exclusivas, para documentar qualquer lampejo de genialidade; os juízes e assistentes são vigiados segundo a segundo: se o assistente demora para marcar o impedimento, ou se o juiz bate um papo informal com algum atacante, o mundo todo vai saber. Tudo filmado. Torcedoras bonitas nas arquibancadas então... Tela cheia, às vezes, até a ponto de se perder algum lance do jogo, mas aí, tudo bem. Replays em supercâmera lenta, ilustração do esquema tático das equipes em pleno decorrer do jogo. E, para que os presentes no estádio não percam nenhum lance, telões de altíssima resolução. Um espetáculo ímpar.

Considerando a velocidade com a qual essas tecnologias se proliferam, logo após o término da copa do mundo, algumas dessas novidades já se fazem presente nas transmissões do campeonato brasileiro, principalmente da primeira divisão. E se o espetáculo não for tão agradável, certamente, a culpa deve-se aos “atores”. E ainda às estatísticas: qual atacante marca mais gols fora de casa, porcentagem de erro de passes, de posse de bola, infinitas estatísticas. Todos os ingredientes necessários para que o telespectador tenha um sem-número de informações a uma altíssima velocidade.

Em contrapartida, se o nosso sentido visual se deleita com a excelente qualidade das transmissões, o mesmo não se pode dizer do sentido auditivo. Na maioria das vezes, as narrações dos jogos são esdrúxulas; os comentários e comentaristas, inúteis e despropositados, ainda mais quando uma horda de ex-jogadores e ex-juízes descobriram tal seara. Neto, Denilson, Emerson, Casagrande, Godói, Arnaldo e outros desfilam a “experiência” de já terem sido jogadores ou juízes de futebol, como se tal prerrogativa os habilitasse a comentar coerentemente uma partida, mas nem disso são capazes. Uma tristeza!

Dia desses, durante um jogo entre Cruzeiro e São Paulo, em um lance duvidoso, o juiz da partida marca pênalti para o time paulista. Aí vem o replay e mostra que o lance foi fora da área, e mais: mostra com riqueza de detalhes que o zagueiro da equipe mineira sequer toca no atacante. Tudo bem, o lance foi muito rápido, o juiz estava mal posicionado, e não vinha apitando bem. Errou, como tantos outros erram no calor da partida. Mas o Arnaldo César Coelho, comentarista de arbitragens, depois de rever o lance em câmera lenta por pelo menos cinco vezes, proclama: “é, juiz errou, foi só falta”. O narrador o provoca, perguntando se de fato o jogador são paulino fora tocado, e mais dois replays constatam que nada ocorrera naquele lance. Mas o Arnaldo, com toda a propriedade de ter sido juiz de final de Copa do Mundo, ainda admite ter havido a falta, mesmo que estivesse contrariando o replay – quiçá ele estivesse corroborando com a velha tese de Nelson Rodrigues de que o videotape é burro.

As transmissões de partidas de futebol no Brasil (com algumas exceções, presentes nas TV’s a cabo) parecem seguir uma lógica paradoxal: mesmo com todo amparo tecnológico a favor de narradores e comentaristas, estes parecem piorar dia após dia, transformando o prazer de assistir a uma partida pela televisão em uma tortura. Tantas imagens, estatísticas, informações, nada disso parece ajudá-los. A única coisa importante é “ter estado lá”, mesmo que isto se traduza num festival de gracinhas e baboseiras, que se estendem nas mesas-redondas. Remetendo ao início deste texto, este parece ser um caso daqueles, em que os indivíduos que lidam com as inovações tecnológicas estão despreparados para tanto.

Presidente do Avaí garante que fará um boletim de ocorrência contra a arbitragem

Avaí foi goleado por 4 a 0, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, em São Paulo

São Paulo, SP, 04 (AFI) - Após a goleada por 4 a 0 para o Corinthians, o presidente do Avaí saiu disparando para todos os lados contra o árbitro da partida, Francisco Carlos Nascimento, de Alagoas. O dirigente garantiu que se reunir provas, ele vai até a polícia fazer um boletim de ocorrência.

"Piada que foi esta arbitragem. Isso é um caso de polícia, vamos representar isso com um boletim de ocorrência. Se vocês (jornalistas) forem éticos e tiverem algum documento ou algum papel que prove alguma coisa, vamos até a polícia", declarou o presidente que continuou suas críticas contra a arbitragem.

"Quando chegamos a São Paulo sabíamos, que teríamos jogadores expulsos e que o Corinthians não iria receber nenhum cartão amarelo, para ninguém ficar suspenso no clássico contra o São Paulo", finalizou o dirigente muito revoltado com a atuação do árbitro.

Além de expulsar o zagueiro e capitão Emerson e o atacante Robinho, o árbitro marcou um pênalti muito suspeito. O volante Rudnei, destaque da equipe, levou o terceiro cartão amarelo e está fora do jogo contra o Botafogo.

Texto sugerido por: André Mendes Capraro

Fonte: http://www.futebolinterior.com.br/news.php?id_news=157668

Neymar beija Dorival Júnior em reencontro

Como jogador de futebol profissional Dorival Silvestre Junior (Dorival Junior) teve uma carreira discreta. Passando por equipes de médio porte até jogar por aproximadamente 3 anos na equipe do Palmeiras, indo a seguir para o Grêmio de Porto Alegre onde foi campeão Gaúcho, obtendo o título mais importante da sua carreira.

Porém como treinador de futebol ele tem surpreendido a muita gente e não seria temerário afirmar que a sua curta trajetória no comando das equipes (campeão estadual com o Figueirense, com Fortaleza, com o Coritiba, com o Sport Recife e com o Santos, além de obter o título Brasileiro da série B com a equipe do Vasco da Gama), já é mais significativa do que sua carreira atlética.

Além destas conquistas, Dorival Jr tem demonstrado fora de campo uma serenidade nada normal para alguém que chegou ao seu patamar. Estamos acostumados (infelizmente) a ver técnicos arrogantes, medrosos, mentirosos e/ou mal caráter.

A atitude deste treinador me surpreendeu, pois ao encontrar o protagonista da sua saída do Santos Futebol Clube ele o recebeu como se nada tivesse acontecido. Será que você no lugar do Dorival Jr aceitaria as desculpas de Neymar? Iria ignorar o seu ex-pupílo? Mandaria alguém da sua equipe dar um corretivo no moleque atrevido da Vila Belmiro?

Confira na matéria abaixo os detalhes deste encontro.

O atacante Neymar fez questão de abraçar e dar um beijo no técnico Dorival Júnior minutos antes do duelo entre Atlético-MG e Santos, na noite deste sábado, em Sete Lagoas (MG), pelo Campeonato Brasileiro. Os dois trabalharam juntos no time paulista neste ano, comemorando as conquistas da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista. No entanto, a revelação foi apontada como uma das responsáveis pela demissão do treinador, em setembro.

Após ouvir xingamentos do atacante depois de impedi-lo de bater um pênalti na partida contra o Atlético-GO, Dorival barrou Neymar no duelo seguinte, contra o Guarani, mas teria adiantado à diretoria que promoveria seu retorno contra o Corinthians. Um dia antes do clássico, porém, o técnico surpreendeu e anunciou em entrevista coletiva que o jovem seguiria afastado. Poucas horas depois, a diretoria anunciou a demissão de Dorival, que neste sábado mostrou que não guarda mágoas do atleta.

"São amizades. É a coisa que mais vale no futebol", disse Dorival, que não só recebeu o carinho de Neymar, como também dos outros jogadores do Santos. "Isso mostra respeito profissional, companheirismo acima de tudo. Começamos juntos nove, dez meses atrás, e hoje vemos uma equipe vencedora", completou. Substituto de Dorival no comando santista, Marcelo Martelotte também comentou o reencontro do ex-pupilo com o treinador. "Isso só prova que nunca houve nenhum problema entre Neymar e Dorival que causasse a saída. Foram outros fatos, mas vamos deixar isso no passado", afirmou.

Texto sugerido por: Miguel A. de Freitas Jr.

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2010/noticias/0,,OI4777713-EI15406,00-Neymar+beija+Dorival+Junior+em+reencontro.html