quarta-feira, 31 de agosto de 2011

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Campeonato Brasileiro vê bilheterias estagnadas entre 2010 e 2011

Receita bruta acumulada de todos os 176 jogos computados neste ano aponta R$ 48,4 milhões arrecadados
O primeiro turno do Campeonato Brasileiro terminou no último fim de semana, com Corinthians e Flamengo nas duas primeiras posições, respectivamente. Mas, embora os dois clubes de maior torcida do país estejam à frente na tabela, diferentemente do ano passado, as bilheterias de 2011 apontam números quase idênticos aos de 2010.
Dentre as 190 partidas que deveriam ter sido realizadas na primeira etapa da competição, uma foi adiada para outubro e 13 não possuem boletim financeiro publicado no site oficial da CBF, apesar de a legislação obrigar a entidade a tal tarefa. Com base nos registros de 176 jogos, portanto, o cenário praticamente não mudou.
A receita bruta acumulada de todos esses confrontos aponta R$ 48,4 milhões arrecadados, segundo levantamento feito pela Máquina do Esporte. Caso os 13 boletins financeiros faltantes estivessem disponíveis, esse indicador estaria muito próximo do que foi levantado no primeiro turno de 2010, em torno de R$ 55,9 milhões em 190 jogos.
Em termos de despesas com manutenção dos estádios e taxas impostas por árbitros e federações, a edição de 2011 do Nacional também é levemente inferior à de 2010. Ao todo, nesta temporada, foram gastos R$ 21,9 milhões, ante R$ 23,9 milhões do ano anterior. Novamente, os registros ausentes equilibrariam a conta.
Como ambos os indicadores acima estiveram muito perto dos que foram registrados no ano passado, a receita líquida obtida pelos mandantes - isto é, o dinheiro que de fato foi depositado nos cofres de cada um deles - não apresenta nenhuma incongruência. Foram R$ 22 milhões lucrados em 2011, contra R$ 24,9 milhões, em 2010.

Fonte: Máquina do Esporte - www.maquinadoesporte.com.br

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Crônica da Semana


A Copa de 2014 e a conscientização social da interlocução política no futebol

Ernesto Marczal

Em 1983, o historiador Frances Pierre Ansart, na obra “La gestion des passions politiques”, observava que na análise política era preciso abrir para a investigação das afetividades em lugares inusitados. Naquele momento, o futebol era foco de raras investigações no Brasil e a sua apreciação um tanto reducionista, haja vista que a influência de uma interpretação marxista revolucionária, como prática de mera alienação popular, ainda era predominante.

Quase 30 anos depois do livro de Ansart, ainda inédito no Brasil, mas já devidamente apreciado de análises e estudos, parece cada vez mais evidente que o futebol é um dos lugares menos inusitados na averiguação de afetividades e suas ressonâncias políticas. Ao contrário. Mesmo no momento em que estas questões começavam a se desenhar no meio acadêmico, o jogo da bola já suscitava debates que se estendiam para além dos limites esportivos, embora sem a devida consciência da sociedade. O paradigmático movimento da democracia corinthiana, na década de 1980, surge como exemplo notório. As recorrentes tentativas de regulamentação da organização desportiva por parte do Estado, particularmente através das sintomáticas Leis Zico e Pelé, nos anos 1990, representam outras amostras da crescente interlocução entre o cenário político e esportivo. A alvorada do século XXI explicitou ainda mais tal faceta. A gradativa distensão de meios comunicativos, como a internet, e de suas derivadas mídias sociais escancara, de vez, a preocupação da opinião pública e seu (diversificado) posicionamento político sobre o esporte.

Desde o anúncio de que o Brasil seria a sede do mundial de 2014, o futebol passou a ocupar espaço central nas pautas nacionais. De forma até surpreendente, mais do que apenas celebrar a chegada de um evento esportivo deste porte, veículos de imprensa e a opinião pública propuseram o debate, relativamente franco, sobre os desdobramentos políticos e sociais da realização da Copa no país. Para além da capacidade de angariar recursos, ou das reais condições para a realização das obras, discute-se a idoneidade da gestão esportiva à frente deste projeto, bem com as possíveis ingerências do poder público.

As crescentes manifestações contrárias ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira (citar o nome é quase uma redundância), têm evidenciado não a crítica de supostos “opositores” do futebol, mas, principalmente, a manifestação de uma generosa parcela de seus aficionados. Pessoas cuja relação com o jogo se desenvolve, primordialmente, pela comoção passional têm canalizado seus sentimentos também na afirmação de posturas políticas sobre o esporte. Neste processo, destaca-se um exercício de tensionamento entre as paixões suscitadas pelo futebol e a consciência de sua repercussão político-social. Uma das resultantes observadas é, justamente, o crescimento dos agentes interessados e preocupados com os desdobramentos dos eventos desportivos, para a sociedade brasileira.

Sob este aspecto, as querelas em torno da Copa de 2014 demonstram, até de modo insólito, o reconhecimento do papel político do futebol no país. Para além da reverberação de vozes dissonantes, reconhece-se, cada vez mais, sua importância social. Embora represente um indicativo de extrema relevância, não se trata de atestar o crescimento da importância da temática futebolística em estudos e pesquisas acadêmicas (algo que os especialistas já devem estar cansados de reler), mas atentar para a percepção socialmente compartilhada do futebol, particularmente diante do evento que se aproxima, como lugar privilegiado de manifestação e interlocução política.

Ou seja, a dimensão política do futebol sempre esteve presente, entretanto, somente agora aparenta adquirir o devido reconhecimento e conscientização da sociedade. Se o mundial não for um sucesso de realização para o país ou não resultar em um novo título para a seleção, o evento terá ao menos o “mérito” de alçar os debates políticos sobre o futebol, para além de resultados e jogadas desenvolvidas nos gramados.

Dois torcedores do Palmeiras são baleados em Presidente Prudente

Dois torcedores do Palmeiras foram baleados nas proximidades do estádio Prudentão, em Presidente Prudente, horas antes do clássico contra o Corinthians, na tarde deste domingo.
“Um torcedor foi atingido na região da cintura e está em estado mais grave. Está sendo operado agora no hospital regional”, informou o tenente César. “O outro foi atingido na perna”.
A reportagem tentou entrar em contato com o hospital, que se limitou a dizer que os dois torcedores ainda estão sendo atendidos.

Palmeiras x Corinthians em Presidente Prudente

Foto 1 de 15 - Policiais monitoram movimentação da torcida do Palmeiras antes do clássico contra o Corinthians em Presidente Prudente; dois torcedores foram baleados fora do estádio Mais Rubens Cavallari/Folhapress
 
Segundo o tenente da PM, ainda não há informação de onde partiram as balas. Ele disse que, minutos antes do tumulto, outros torcedores ligaram no 190 para denunciar que membros da Mancha Verde partiram de São Paulo a Prudente armados. Também não descartou a hipótese de os tiros terem partido da própria polícia.

A confusão ocorreu próxima ao portão azul, setor do estádio reservado ao Palmeiras, mandante do clássico. Segundo o tenente César, palmeirenses começaram a provocar corintianos, e a PM interveio para evitar o confronto. Foi nesse momento que ocorreram os tiros.

“Um dos feridos é da Mancha. Eu vi pelas tatuagens. O outro não posso precisar, mas provavelmente é da organizada do Palmeiras também”, explicou o porta-voz da PM local.

fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2011/08/28/dois-torcedores-do-palmeiras-sao-baleados-em-presidente-prudente.htm

domingo, 28 de agosto de 2011

Presidente da Fifa defende abertura da Copa-2014 no Rio de Janeiro

Blatter disse que está tranquilo em relação à organização da Copa de 2014 no Brasil
Blatter disse que está tranquilo em relação à organização da Copa de 2014 no Brasil

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deu uma pista sobre a cidade que será anunciada como sede da abertura da Copa do Mundo de 2014 em outubro. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o dirigente não escondeu que prefere ver o jogo inaugural no Maracanã.
“Há uma competição entre Rio e São Paulo para obter a abertura. Mas já demos o centro de mídia para o Rio e a sede da organização da Fifa será no Rio. Portanto, a cidade mais adequada para receber a abertura é mesmo o Rio de Janeiro. O futebol brasileiro é o Rio. E para o mundo, o Rio é a cidade mais atraente para abrir uma Copa, sem dúvida”, declarou Blatter.

Sobre a questão do financiamento do estádio do Corinthians com planos de sediar a abertura, Blatter rebateu: “O principal obstáculo para a organização da Copa no Brasil tem sido as brigas políticas entre prefeitos, governadores e governo federal. Isso pode de fato atrapalhar muita coisa”.

Apesar de tudo, Blatter disse ter certeza de que o Brasil vai realizar uma boa Copa do Mundo. Mas, com uma ressalva: “Só não tenho tanta certeza de que terá o melhor time”.

Blatter não fugiu de perguntas sobre corrupção, e prometeu ações: “Temos de dizer que alguns de nossos atores e alguns dos principais atores da Fifa não agiram bem. Mas á começamos a atuar. Agora, peço que a imprensa nos dê um tempo para aplicar as medidas que estamos elaborando. No dia 21 de outubro, vou anunciar medidas”.

Por fim, sobre a possibilidade do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ser eleito como próximo presidente da Fifa, Blatter não descartou: “Bom, ele é o candidato do Havelange”, disse ele, entre risos.

fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/08/28/presidente-da-fifa-defende-abertura-da-copa-2014-no-rio-de-janeiro.htm

sábado, 27 de agosto de 2011

I Seminário Futebol nas Gerais


11 a 13 de novembro de 2011

Programação

11/11/2011 – Sexta 
18:00 – credenciamento
19:00 – Abertura
Conferência – Prof.Dr. Arlei Sander Damo (UFRGS) – O estudo do futebol na perspectiva das ciências humanas e sociais
21:00 – Confraternização de Abertura

12/11/2011 – Sábado
10:00 – Mesa Temática – Copa do Mundo de 2014 no Brasil – Prof. Martin Christoph Curi Spörl (UFF) , Representante do Comitê da Copa 2014 em Minas Gerais (a confirmar), Elias  Santos (Coordenador executivo Rádio – UFMG). 
12:00 – Almoço
 14:00 – Mesas com comunicações orais.
 16:00 – Intervalo
 16:30 – Sessão de Pôsteres
 17:30 – Mesa Temática – Futebol e linguagens – Prof.Dr.Marcelino Rodrigues da Silva (FALE – UFMG), Prof. Dr. Elcio Loureiro Cornelsen (FALE – UFMG), Profa. Dra. Luciane Corrêa Ferreira (FALE – UFMG)

13/11/2011 – Domingo
10:00 – Mostra de Vídeo Discutido – Prof.Dr. Victor Andrade de Melo (UFRJ) .
12:00 – Almoço
14:00 – Mesa com comunicações orais.
16:00 – Mesa Temática – O torcer no futebol – Prof.Dr. Bernardo Buarque de Hollanda (FGV), Profa. Dra. Heloisa Helena Baldy dos Reis (Unicamp), Prof.Dr. Silvio Ricardo da Silva (UFMG).

Mais informações: http://futebolnasgerais.wordpress.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Federação Catarinense pode expulsar do estádio torcedores que protestarem contra CBF


Ricardo Teixeira seria alvo das críticas (EFE)
Ricardo Teixeira seria alvo das críticas
Ricardo Teixeira estará blindado no jogo entre Avaí e Figueirense no próximo fim de semana no Orlando Scarpelli. Ao menos foi o que garantiu a Federação Catarinense de Futebol em comunicado divulgado em seu site.

De acordo com nota, a entidade repudia qualquer manifestação ofensiva realizada no clássico catarinense contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A decisão, que teve apoio dos presidentes das duas equipes, cogita inclusive proibir a entrada dos torcedores no estádio. Leia abaixo a nota na íntegra:

A Federação Catarinense de Futebol vem a publico manifestar seu repudio contra qualquer manifestação ofensiva, realizada em jogos no território de Santa Catarina, direcionada ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Dr. Ricardo Terra Teixeira, bem como à própria CBF.

Especialmente com relação a informações veiculadas na imprensa referentes ao clássico entre Figueirense e Avaí, válido pela Série “A” do Campeonato Brasileiro, que será realizado no próximo domingo, 28 de agosto, no estádio Orlando Scarpelli, as presidências das duas equipes também se mostraram absolutamente contrárias a este tipo de atitude por parte de seus torcedores.

A FCF ressalta que este tipo de manifestação se configura como uma infração ao Estatuto do Torcedor, cujo artigo 13-A, inciso IV, dispõe: “São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo sem prejuízo de outras condições previstas em lei”- IV - “não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenofóbico”.

O parágrafo único deste artigo estabelece que “o não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sansões administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis”.

A Diretoria e o Presidente da FCF, Dr. Delfim Pádua Peixoto Filho, reiteram sua parceria e seu apoio à Confederação Brasileira de Futebol e seu Presidente, Dr. Ricardo Teixeira, que sempre foi um amigo e deu suporte ao futebol catarinense. Lembramos ainda que “ninguém será considerado culpado até o transito em julgado ter sentença penal condenatória”, conforme trata nossa Constituição Federal, no inciso LVII do Artigo 5º.

A Federação Catarinense de Futebol deseja ainda que os jogos realizados no estado sejam momentos de confraternização e lazer para os torcedores, e que prevaleça o espírito esportivo, com paz entre as torcidas e destas com relação a todos os envolvidos no meio esportivo, sejam clubes, órgãos de imprensa ou entidades administradoras do desporto.

Assessoria de Imprensa - FCF

fonte:http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/esporte/2011/08/25/282899-federacao-catarinense-pode-expulsar-do-estadio-torcedores-que-protestarem-contra-cbf

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Brasileirão cada vez mais regional


Começa nesta quarta-feira mais uma rodada da mais regional das últimas edições do Campeonato Brasileiro. Até a sexta colocação do torneio, apenas equipes de Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que Fluminense e Santos notadamente não se encontraram dentro de campo, do contrário o grupo dos seis poderia, facilmente, ser o bloco dos oito líderes.

Mas o que faz da competição que até então se gabava por ser um torneio imprevisível, com dezenas de times candidatos ao título, cada vez mais ser uma espécie de Rio-SP de luxo? Desde o início da fórmula dos pontos corridos, apenas o Cruzeiro, em 2003, foi um campeão de fora desse eixo. De 2004 para cá, a taça ficou com Santos, Corinthians, São Paulo (três vezes), Flamengo e Fluminense. Erros de arbitragem e teorias da conspiração à parte, o resultado dentro de campo é cada vez mais um reflexo do que acontece fora dele.

Um pouco dessa explicação está, obviamente, no formato de disputa do Brasileiro. Os pontos corridos tornam o torneio mais “previsível”, coroando como time campeão aquele que consegue ter mais fôlego para oito meses de atividade semanal. Isso exige de um clube planejamento de longo prazo e, claro, dinheiro em caixa para ter um elenco mais completo.

Mas o que mais explica essa disparidade das equipes de Rio e São Paulo para as demais é a capacidade de investimento. Com os dois maiores mercados do país à disposição, esses clubes conseguem ter mais receita de patrocínio e, assim, mais dinheiro para contratar e manter jogadores. Os seis primeiros colocados são, também, os times com maior receita de patrocínio do país, além de ganharem mais da televisão em seus torneios estaduais e, ainda, de terem um valor absurdamente maior do que dos concorrentes de fora do Clube dos 13 do bolo de TV do Brasileirão.

A tendência, para os próximos anos, é de que haja uma acentuação desse cenário. Os times de Rio e São Paulo aumentarão suas receitas em comparação aos demais. Antes, o equilíbrio em campo era ditado pela absoluta incompetência desses gigantes na gestão de seus clubes. Agora, com os clubes colocando as finanças em ordem e ajustando a gestão dos gastos, o desequilíbrio tende a se acentuar.

Por isso mesmo que o novo contrato de TV do Brasileirão é um caminho sem volta para a diminuição de atratividade do campeonato. Até 2014, devemos assistir ao Brasileirão transformado num Rio-São Paulo com a presença de alguns poucos incômodos visitantes. E teve clube que achou que fazia um grande negócio com os milhões a mais no caixa, sem perceber que seus adversários estão ainda mais ricos.

fonte: http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/08/17/o-brasileirao-cada-vez-mais-regional/

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Polícia investiga fraude na contratação de amistoso da seleção em 2008

A polícia do Distrito Federal investiga fraude na contratação da empresa que promoveu um amistoso entre Brasil e Portugal em novembro de 2008.

Policiais civis de Brasília cumpriram neste sábado (13) no Rio mandados de busca e apreensão.

O jogo terminou com vitória da seleção brasileira, por 6 a 2.

O amistoso marcou a reinauguração do estádio Bezerrão, no Gama, na Região Metropolitana de Brasília.

A festa, organizada pela empresa Ailanto Marketing, com sede no Rio de Janeiro, custou R$ 9 milhões ao governo do Distrito Federal.

Segundo as investigações, a empresa, de propriedade de Vanessa Almeida Precht e de Alexandre Russel Feliu, iniciou suas atividades pouco mais de um mês antes da realização do amistoso.

A polícia diz que a empresa Ailanto Marketing não possuía sequer telefone fixo. E tinha capital social de apenas R$ 800. Doze policiais civis do Distrito Federal vieram ao Rio neste sábado (13) para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da empresa, no Leblon, na Zona Sul da cidade.

A polícia de Brasília afirma que para negociar com o governo do Distrito Federal, a Ailanto obteve do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a cessão de direitos sobre o jogo.

Segundo a investigação, o então governador José Roberto Arruda, ao assinar contrato com a empresa, juntamente com o então secretário de esportes, Aguinaldo Silva de Oliveira, ignorou a decisão da procuradoria do Distrito Federal, que considerou imprestáveis os motivos que justificavam o valor do espetáculo.

José Roberto Arruda, em fevereiro do ano passado foi preso sob acusação de tentativa de suborno no escândalo conhecido como mensalão do DEM de Brasília. O mandato dele foi cassado em março do mesmo ano pelo TRE por infidelidade partidária.

A polícia afirma que o rombo nos cofres públicos do distrito federal ultrapassou os R$ 9 milhões, uma vez que as despesas com o jogo, que eram de responsabilidade da empresa Ailanto marketing, foram pagas pela federação brasiliense de futebol, à época presidida por Fábio Simão, que também foi chefe de gabinete do ex-governador Arruda.
O advogado do ex-governador José Roberto Arruda, Edson Smaniotto, disse que há exceções que permitem aos governos fazer contratos sem licitação.

Para o advogado, por exemplo, não há como fazer licitação quando se trata de Seleção Brasileira.

Fábio Simão disse que em nenhum momento os nove milhões de reais referentes à promoção da partida passaram pela federação brasiliense de futebol.

O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, informou que os jogos da seleção brasileira são vendidos a uma empresa da Arábia Saudita, que detém os direitos de negociação, contratação e produção dos eventos.

Segundo o assessor da CBF, deveria ter sido esta empresa a vendedora dos direitos à Ailanto Marketing -- portanto, diz o assessor, a c-b-f não tem relação com as irregularidades.

Os donos da Ailanto e Aguinaldo de Jesus, ex-secretário de esportes do Distrito Federal, não foram encontrados para falar do caso.

Texto sugerido por: André Mendes Capraro
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/08/policia-investiga-fraude-na-contratacao-de-amistoso-da-selecao-em-2008.html

Dilma endurece o jogo com a Fifa e veta exigências ao governo

Segundo assessor da presidência, ela teria se irritado com último pedido da entidade

Dilma quer atuação independente do governo na preparação para a Copa (crédito: Agência Brasil)
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Da redação - São Paulo
postado em 12/08/2011 12:35 h
atualizado em 12/08/2011 12:57 h
A presidente Dilma Rousseff voltou a endurecer o jogo com a Fifa e sinalizou que não irá atender as exigências da entidade máxima do futebol.

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo do jornal "Folha de S.Paulo", Dilma irritou-se com o último pedido feito pela Fifa. Os dirigentes querem que a União se responsabilize por qualquer incidente ocorrido com cartolas e convidados durante a Copa do Mundo. O governo teria que indenizar a entidade e só depois cobraria a conta dos terceiros.

"O céu é o limite para eles", disse o assessor direto da presidente. "Mas nós consideramos que, se a Copa será boa para o Brasil, será boa também para a Fifa. Tem que ser um jogo de 'ganha-ganha', e não algo em que só eles levem a melhor".

O assessor citou as exigências feitas pela Fifa à África do Sul e reiterou que Dilma não está disposta a acatá-las. Segundo ele, a queda de braço tem sido "constante".

O relacionamento da presidente com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, é parecida. Durante o sorteio das eliminatórias da Copa, realizado no último dia 30, Dilma mostrou que o governo terá uma atuação independente.

fonte: http://www.copa2014.org.br/noticias/7756/DILMA+ENDURECE+O+JOGO+COM+A+FIFA+E+VETA+EXIGENCIAS+AO+GOVERNO.html

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Casemiro é oferecido na Itália por um terço do valor da multa; time brasileiro seria ponte


Campeão mundial sub-20 com a seleção, o volante Casemiro foi oferecido a clubes italianos por empresários que pediram 9 milhões de euros. O valor corresponde a menos de um terço da multa rescisória prevista em seu contrato com o São Paulo para transferências internacionais. A cláusula penal está estipulada em cerca de 30 milhões de euros.
Um dos planos dos agentes interessados em tirá-lo do São Paulo é usar um clube brasileiro como ponte. Por meio dessa equipe, seria paga a multa nacional de aproximadamente R$ 15 milhões. Assim, lucrariam com a venda no lugar do tricolor. Ganhariam aproximadamente R$ 5 milhões na triangulação.
Dos clubes procurados, apenas a Roma se interessou pelo jogador. O blog apurou que as ofertas aos italianos não foram feitas por Júlio Fressato, empresário de Casemiro. Ou seja, terceiros tentam montar a operação para lucrar. Vale lembrar que, oficialmente, a multa precisa ser paga pelo atleta. Se ele não tiver interesse, nada feito.

fonte: http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/sem-categoria/casemiro-e-oferecido-na-italia-por-um-terco-do-valor-da-multa-time-brasileiro-seria-ponte/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Crônica da semana




Continuidade e “sucesso”: o fracasso dos jogadores das categorias de base da seleção brasileira.

Msc. Celso Luiz Moletta Junior
ISAEC/Colégio Martinus Centro


                No último sábado, a seleção brasileira sub 20 consagrou-se penta campeã mundial da categoria.  Fato comemorado pelos torcedores e pela imprensa brasileira, porém para o futuro do futebol, e mais pontualmente da seleção brasileira, com nenhuma relevância.
                A utilização e o prosseguimento de jogadores das seleções de base na seleção principal brasileira é algo nulo, ou quase nulo. Motivos à parte, percebe-se que o prosseguindo de um jogador por todas as categorias de base da seleção é algo não constante. Ou seja, um jogador que esteve entre os convocados das seleções sub 15, sub 17, sub 20, não necessariamente passará pela próxima categoria ou chegará à principal.  De forma rude, sem uma análise mais profunda, aparenta de que as convocações são feitas pela condição técnica momentânea dos atletas e não das habilidades e condições de crescimento futuro. Assim, o título da última Copa do Mundo sub 20, conquistada diante de Portugal no sábado, nada garante aos atletas. O detalhe é que esse fato, não é novo. Se observados os jogadores que formavam o elenco campeão nas últimas vezes,a média de participação efetiva na seleção principal é muito baixa. Comparando com as seleções nacionais que tem tido bons resultados, Espanha, Alemanha, Uruguaia e Holanda, o fenômeno é inverso. Estas seleções, tem tido um sucesso intermediário nas seleções de base, porém as maiorias dos jogadores acabam sendo aproveitados na seleção principal.
                Assim,  a necessidade de um reposicionamento da verdadeira função das categorias de base no futebol nacional é prioritária, pois o sucesso imediato tem se mostrado insucesso futuro.
               
               

domingo, 21 de agosto de 2011

Famílias nos estádios de futebol

Family Stand e programa inovador de fidelidade: conheça as ações realizadas pelo Manchester City
Clube inglês tem área exclusiva da arquibancada de seu estádio para adultos acompanhados de crianças e revoluciona relacionamento com fãs a partir de benefícios e tecnologia
 
Equipe Universidade do Futebol
Claudio Borges atua no Manchester City como analista comercial e participa de projetos que lidam com a criação de receitas do dia de jogo e o aprimoramento do relacionamento com os fãs.
Formado em administração no Rio de Janeiro, com especialização em marketing, ingressou na modalidade por intermédio do tradicional curso de Indústria do Futebol da Universidade de Liverpool. Passou por uma espécie de estágio no próprio City, e acabou convidado para desenvolver um trabalho mais amplo.
Na prática, ele analisa e otimiza diversos pontos, como preço de ingressos, segmentação das arquibancadas, operação do estádio, pesquisas de marketing, áreas de hospitalidade e parcerias voltadas para a torcida. Além disso, procura se atentar ao que ocorre no mercado do futebol e em outros esportes e opções de entretenimento.
Um dos projetos mais recentes em que ele esteve envolvido foi o planejamento e a criação do Family Stand do estádio City of Manchester, arena multiuso que comporta mais de 47 mil pessoas. Desde a última temporada, uma área da praça esportiva com capacidade para cerca de 8.000 pessoas passou a receber apenas adultos acompanhados de um menor de 16 anos.
São áreas de serviço atrás da arquibancada com produtos e serviços voltados tanto para jovens quanto para fãs mais veteranos. De acordo com Borges, que já foi entrevistado pela Universidade do Futebol e respondeu a algumas questões para o blog MKT Esportivo (reproduzidas logo abaixo), trata-se de um projeto formidável do clube, pois visa resultados em curto e longo prazo.
“Em curto prazo, ele atende aos desejos de um grande número de torcedores. Em longo prazo, potencializa a aproximação com os futuros torcedores do Manchester City”, justificou.


fonte: http://universidadedofutebol.com.br/2011/08/1,15096,FAMILY+STAND+E+PROGRAMA+INOVADOR+DE+FIDELIDADE+CONHECA+AS+ACOES+REALIZADAS+PELO+MANCHESTER+CITY.aspx?p=4

sábado, 20 de agosto de 2011

Guerra declarada! CBF ameaça divulgar gravações que comprometem a Globo

A atitude seria uma retaliação à reportagem do Jornal Nacional, que denunciou a CBF

Campos Filho e presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio
Rio de Janeiro, RJ, 18 (AFI) – O racha entre Rede Globo e CBF ganhou um novo capítulo e pode esquentar ainda mais nas próximas semanas. É que o jornalista Ricardo Feltrin divulgou em sua coluna, no jornal Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira, que a entidade máxima do futebol brasileira ameaça divulgar gravações que podem comprometer o diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Filho, o “homem-forte” no que se refere às negociações dos direitos de transmissões de eventos esportivos dentro da emissora.

Considerado um dos maiores aliados do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Campos Filho parece ter virado inimigo número 1 da entidade. De acordo as informações, as gravações telefônicas contariam como o diretor da Globo manipulou horários das partidas de times do Brasileirão e da Seleção Brasileira para atender interesses da emissora.
Além disso, a CBF também iria revelar, através destas gravações, situações em que Campos Filhos menospreza algumas de suas concorrentes. Segundo Feltrin, além de tratar as demais emissoras um ar de superioridade, as gravações também revelariamo executivo global usando palavras de baixo calão contra a Record e até mesmo contra a Bandeirantes, que hoje transmite o Brasileirão em parceria com a Globo.

A decisão de “abrir jogo” e mostrar a “podridão” que permeiam a relação Globo/CBF seria uma retaliação da entidade por ter levado uma “bola nas costas” de sua grande parceira. Além de seus comentaristas terem dado início a críticas contra CBF e Ricardo Teixeira, a Globo exibiu uma reportagem, no último sábado, no Jornal Nacional, que falou sobre os gastos públicos do Distrito Federal no amistoso Brasil 6 x 2 Portugal, em 2008.
 
Aliados ou inimigos
Nos últimos dias, Ricardo Teixeira viu seu “pseudo-prestígio” ir por água abaixo. Após ser alvo de denúncias do jornalista inglês Andrew Jennings,da BBC, sobre recebimento de propina e corrupção, o dirigente passou a ver alguns de seus aliados “pularem do barco”, como é o caso da Rede Globo.
Os veículos de comunicação ameaçados pelo cartola, na entrevista à revista Piauí há algumas semanas, também intensificaram suas críticas e denúncias contra o mandatário da CBF. Entre eles, estão a Rede Record, o site UOL, o jornal Lance! e o canal fechado ESPN Brasil. Na visão Teixeira, esses órgãos “fazem parte da mesma patota”.

"Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance!? 80 mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço... só vou ficar preocupado (com as denúncias de corrupção envolvendo seu nome) quando sair no Jornal Nacional", disparou na época, à revista Piauí. "Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na Globo", ironizou na época.

Planalto virou as costasOs mandos e desmandos de Teixeira também fizeram “barulho” no Planalto. Tanto que o Governo Federal começou a adotar algumas medidas para “cortar as asinhas” do dirigente. A presidente da República, Dilma Roussef, por exemplo, nomeou Pelé, que é desafeto de Teixeira, como embaixador da Copa.

Enquanto isso, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deu declarações no programa Roda Vida, da TV Cultura, que vão de encontro com o pensamento de Teixeira, sobre a afirmação de atrapalhar o trabalho da imprensa.

“O Brasil é uma democracia e uma das suas características é a imprensa livre. Todos os profissionais que oferecem informaçãi à sociedade terão direito de se credenciar. Não é a vontade de Orlando, Ricardo ou Marília (Gabriela, ex-âncora do programa) que vá definir a cobertura da Copa. O Brasil tem regras”, disparou o ministro.

fonte:http://www.futebolinterior.com.br/news/191306+Guerra_declarada_CBF_ameaca_divulgar_gravacoes_que_comprometem_a_Globo

Sugestão de Miguel A.de Freitas Jr.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ajuda estatal para a construção do Fielzão chega a R$ 126 milhões

Estimativa é que R$ 79,5 mi sejam economizados com isenção de impostos, que soma-se a ajuda do Estado de SP por assentos móveis

Marcel Rizzo, iG São Paulo | 17/08/2011 07:20


Foto: AE Ampliar
Corintiano Andres Sanchez chora na cerimônia de aprovação das lei de incentivo fiscal
O orçamento do Fielzão, estádio do Corinthians que a construtora Odebrecht levantará em Itaquera para a Copa do Mundo de 2014, prevê que R$ 79,5 milhões sejam economizados com as isenções fiscais concedidas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. São quatro impostos desonerados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho de 2010, e outros dois abatidos por Estados e Municípios – os outros 11 estádios que serão sedes da Copa têm os mesmos benefícios.

Somando-se aos R$ 46 milhões que o Governo Estadual pagará pelas arquibancadas provisórias para ampliar o estádio para a abertura do Mundial, a ajuda estatal chega a R$ 126,1 milhões - o valor dos assentos móveis não está incluído no orçamento final de R$ 820 milhões. Não está nessa conta os R$ 420 milhões que a Prefeitura concederá por meio de certificados de incentivo e que ajudarão a construtora a levantar dinheiro.

No documento definitivo apresentado pela construtora ao clube a previsão é que 9,7% do valor total da obra (os R$ 820 milhões) seja economizado com impostos – é uma estimativa, já que os preços dos produtos terão alteração durante a obra, com prazo para terminar em fevereiro de 2014. A três esferas governamentais não estão cobrando seis impostos para a construção ou reforma dos estádios da Copa do Mundo de 2014:

Governo Federal (por meio da Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010)


IPI –(Imposto sobre Produtos Industrializados)

II – (Imposto de Importação)

Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração Social) – esse dois incidem na importação de bens e serviços

Governo Estadual

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

Governo Municipal

ISS – Imposto Sobre Serviços

Os R$ 79,54 milhões já foram abatidos do valor apresentado pela Odebrecht, mas o iG apurou todas as construtoras selecionadas para levantar as arenas prevêem que o reajuste de preços de equipamentos e material de construção no período das obras aumente os preços aproximadamente em 10%, o que praticamente iguala a isenção e “empata” a equação.

Os outros estádios da Copa do Mundo podem ter descontos com porcentagens diferentes da estimada pela construtora para o Fielzão. O Maracanã, por exemplo, terá custo de quase R$ 1 bilhão (também levantado pela Odebrecht, em parceria com a Andrade Gutierrez e a Delta Construções) e precisará de mais equipamentos e material, portanto deverá usar mais os incentivos fiscais. A estimativa é que o Poder Público deixa de arrecadar perto de R$ 700 milhões até 2014 com a construção e reformas das 12 arenas.


Certificados
Esses quase R$ 80 milhões não têm relação com a isenção que a Prefeitura de São Paulo concederá por meio do CID (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento), no valor de R$ 420 milhões. Esses certificados são repassados a terceiros, que conseguem abatimento de ISS e de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) – desta maneira a Odebrecht levantará dinheiro para construir a maior parte do estádio.

Os R$ 400 milhões restantes serão financiados pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), valor que será pago pelo Corinthians. O clube terá carência de três anos e pretende usar o dinheiro da venda do Naming Rights (o nome do estádio cedido a uma empresa) e de camarotes e cadeiras cativas para zerar a dívida com o banco.

FONTE:http://esporte.ig.com.br/futebol/ajuda+estatal+para+a+construcao+do+fielzao+chega+a+r+126+milhoes/n1597159354492.html

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Repercussão de reportagem sobre Ricardo Teixeira deixa a Globo em situação delicada

Veja o vídeo:
http://g1.globo.com/videos/jornal-nacional/v/policia-do-df-investiga-fraude-na-contratacao-de-amistoso-da-selecao-em-2008/1596030/

 


Mauricio Stycer
Crítico do UOL
É impressionante a repercussão da reportagem de três minutos exibida no “Jornal Nacional” de sábado (13) a respeito da investigação policial sobre irregularidades no contrato para a realização do amistoso entre Brasil 6 a 2 Portugal, ocorrido em 2008.

Trata-se de um caso antigo, noticiado pela primeira vez em 2009. A investigação envolve diretamente Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e alguns de seus amigos e aliados no mundo da política e do futebol.
Se a investigação, em si, não constitui novidade, o mesmo não se pode dizer do fato de a Rede Globo ter dedicado tempo de seu mais importante noticiário a ela. Por esta razão, a repercussão da notícia não foi o conteúdo em si, mas as especulações sobre os motivos que levaram o veículo a dar a informação.
Estranho? Não. Parceira comercial da CBF, a Globo vinha sendo bastante comedida há anos na área do jornalismo em investigações próprias ou mesmo na reprodução de notícias de conhecimento público desfavoráveis a Teixeira.

Na famosa reportagem da revista “Piauí”, o presidente da CBF sente-se à vontade para dizer que não teme nenhuma crítica, com exceção daquelas apresentadas pelo “Jornal Nacional”.
Aqui no UOL, o leitor encontrou diferentes interpretações para o gesto da Globo, nos blogs de Juca Kfouri, Perrone e Bruno Voloch, além do que saiu na coluna Painel FC, da “Folha”.
As divergências se dão em relação ao impacto da notícia dentro da CBF, se provocou ou não preocupação, e nas razões que a Globo teria para levar ao ar o assunto.

Mais do que os motivos que levaram a Globo a tratar do caso, para o espectador interessa saber se a emissora tratará regularmente, e com profundidade, das diferentes denúncias envolvendo a CBF e o seu presidente. Só fazendo isso, não causará surpresa quando noticiar algo a respeito.

fonte: http://uolesportevetv.blogosfera.uol.com.br/2011/08/16/repercussao-de-reportagem-sobre-ricardo-teixeira-deixa-a-globo-em-situacao-delicada/

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lei da Copa deve mudar Estatuto do Torcedor para liberar cerveja em estádio

Torcedora toma cerveja durante partida na Copa do Mundo da África, em 2010
Torcedora toma cerveja durante partida na Copa do Mundo da África, em 2010
17/08/2011 - 07h02
Ricardo Perrone e Thales Calipo
Em São Paulo



A Lei Geral da Copa, em fase final de redação, deve mudar o Estatuto do Torcedor para permitir a venda de cerveja nos estádios brasileiros durante o Mundial de 2014. As novas diretrizes, que serão instituídas especialmente para o torneio, irão suspender do início ao fim da competição o artigo que proíbe torcedores de portarem bebidas "suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência nas arenas".
O assunto foi discutido em uma reunião realizada na última segunda-feira entre representantes da Casa Civil, do Ministério do Esporte e da Advocacia Geral da União com a presidente Dilma Rousseff. O próximo passo será encaminhar a lei para o Congresso Nacional, fato que deve acontecer dentro de duas semanas, pelas contas de pessoas envolvidas no processo.

A aprovação dos congressistas, porém, ainda não significará que a autorização para o fim da lei seca nos estádios já foi dada. A Fifa, via COL (Comitê Organizador Local), terá também que negociar a liberação da cerveja com cada Estado e cidade, pois a proibição não é federal. A Lei Geral da Copa vai apenas relaxar o Estatuto do Torcedor para que ele não seja conflitante com as decisões municipais e estaduais de liberar a venda da bebida.

A comercialização de cerveja durante os jogos dos Mundiais é vista como um grande negócio pela Fifa, que nas duas últimas edições fechou um contrato milionário com a Budweiser, prestes a começar a ser produzida no Brasil. Todas as cidades que se candidataram à sede sabiam que teriam de aprovar a volta da cerveja.
Além da liberação do consumo de bebidas alcoolicas dentro dos estádios, a Lei Geral da Copa irá mexer em diversos outros temas polêmicos. Um deles, por exemplo, é o veto à comercialização de meia-entrada, outra exigência da Fifa em seus torneios.

fonte:http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/08/17/lei-da-copa-deve-mudar-estatuto-do-torcedor-para-liberar-cerveja-em-estadio.htm

Transparência Internacional cobra Fifa sobre casos de corrupção; entidade responde


ONG diz que é primordial criação de órgão independente para investigação de casos envolvendo dirigentes da entidade; Blatter reafirma ‘compromisso’
Equipe Universidade do Futebol
Um abraço à transparência, com limitação do número de mandatos de diretores e criação de órgão independente para analisar denúncias. Essa foi a sugestão da Transparência Internacional, ONG que tem sede em Berlim e é conhecida por fazer um ranking da percepção de corrupção em cada país, à Fifa.

Em relatório apresentado nesta terça-feira, a TI disse que apesar de recentes medidas adotadas, a entidade que comanda o futebol mundial ainda passa a impressão de ser gerida “como uma rede de velhos garotos”.

De prontidão, a Fifa reagiu com a emissão de uma nota. Nela, reafirma-se o compromisso de Blatter em demonstrar tolerância zero com qualquer forma de corrupção no futebol.
“Embora a Fifa admita que há trabalho a ser feito, ela está convencida de que as medidas que foram implantadas e a direção que foi tomada ajudarão a fortalecer ainda mais a governança da Fifa em cooperação com o Comitê Executivo da Fifa, as associações afiliadas, as confederações e outros envolvidos na Fifa”, diz nota da ONG.

Ter um sistema fiscalizador composto por pessoas de fora do futebol (estadistas eméritos, empresas e sociedade civil) e de dentro do esporte (inclusive jogadores, dirigentes do futebol feminino, árbitros e torcedores), seria o passo primordial nesse processo.
“A Fifa diz que quer se reformar, mas sucessivos escândalos de suborno levaram a confiança do público na entidade ao seu menor nível histórico”, argumentou Sylvia Schenk, consultora-sênior da TI para os esportes.
“Trabalhar com um grupo supervisor --recebendo seus conselhos, dando-lhe acesso, permitindo que participe em investigações-- irá demonstrar se haverá uma mudança real. O processo tem de começar agora”, acrescentou.

Blatter já prometeu criar uma comissão fiscalizadora, e citou como possíveis integrantes o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger e o tenor espanhol Plácido Domingo. E como “uma organização não-governamental e não lucrativa e uma companhia global com enorme faturamento, um alcance sem precedentes, influência política e enorme influência social mundial”, de acordo com palavras da TI, terá de dar uma resposta ao público.

A ONG bate diretamente nas 208 federações afiliadas, que elegem o presidente da entidade e se beneficiam da distribuição das suas verbas. São relembrados alguns dos vários escândalos de corrupção no ano passado, como aquele em que dois membros do Comitê Executivo foram banidos por suspeita de tentarem vender seus votos na escolha das sedes das Copas de 2018 e 22.

No útimo mês, o presidente da Confederação Asiática de Futebol, Mohammed Bin Hammam, também foi banido do futebol por supostamente tentar comprar votos na eleição para a presidência da Fifa, em junho, quando ele era candidato. À ocasião, Jack Warner, influente membro do Comitê Executivo, renunciou depois de ser colocado sob investigação pelo mesmo episódio.

fonte:http://www.universidadedofutebol.com.br/2011/08/2,15553,TRANSPARENCIA+INTERNACIONAL+COBRA+FIFA+SOBRE+CASOS+DE+CORRUPCAO;+ENTIDADE+RESPONDE.aspx

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Entrevista com André Mendes Capraro

Mais um membro do Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade tem sua opinião destacada na imprensa. Confira a entrevista de André Mendes Capraro. 

 

Times com pouco prazo de validade

Felipe Lessa
Confira o bate-papo com o doutor em história do futebol André Capraro, integrante do Núcleo Futebol & Sociedade, da Universidade Federal do Paraná, sobre a onda dos "times-nômades", dentro e fora do país.
Tribuna do Paraná: Acha que um "nômade" pode engrenar?

André Capraro: A curto prazo, pode ter alguns resultados, mas é pouco provável que isso ocorra, já que são clubes caracterizados como sem torcida. Dificilmente você conseguiria tirar a torcida de uma cidade e levá-la à outra (citando o caso Grêmio Barueri x Prudente). Geralmente os times têm objetivo de ganhar alguma benfeitoria em relação à prefeitura, como benefícios em impostos, estádio próprio. Como é uma lógica mais de mercado, não levando em consideração o interesse do torcedor, assim que houver uma proposta melhor, o foco passa a ser esse (e o time muda de cidade).

TP: Na NBA, os grandes já deixaram seus lares. E no futebol brasileiro, é possível?

AC: Creio que não. O futebol é muito conservador nesse sentido. Mas o exemplo dos Estados Unidos é real, onde nas três grandes modalidades esportivas, basquete, basebol e futebol americano, pode ocorrer essa transferência de estado. No Brasil o que pode ocorrer é a intensificação de Flamengo, Corinthians e demais equipes do eixo mandando jogos fora de seu estado, para preservar os torcedores na região sul e no nordeste, por exemplo.
Andarilhos recentes

Pelo menos três clubes, só no último ano, mudaram de nome e sede.
O Grêmio Barueri-SP, que estava em Presidente Prudente-SP, onde disputou a 1ª divisão do Brasileirão, voltou a ao antigo nome. O Guaratinguetá-SP passou a se chamar Americana-SP, trocando de casa na Série B. Já o Ituiutaba-MG virou Boa Esporte Clube, de Varginha-MG.

Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/esportes/news/551307/?noticia=TIMES+COM+POUCO+PRAZO+DE+VALIDADE

Crônica da Semana


A RESPEITO DO MARKETING NO FUTEBOL BRASILEIRO: O EXEMPLO DO SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA

por Everton Cavalcanti
                Utilizando de minha vastíssima experiência como torcedor do time do povo, já que o meu clube de coração tem o nome Corinthians Paulista, quero tentar raciocinar (passionalmente que seja) acerca de um assunto que até tão pouco tempo atrás não recebia importância alguma e que no presente momento é um dos temas da moda: o marketing. Em se tratando de Corinthians, a máxima não foge a regra: o marketing foi ignorado durante longo período, recebendo a devida atenção, sobretudo, após a eleição do atual presidente, Andrés Navarro Sanchez. Este teve o mérito de perceber que o processo histórico pelo qual o futebol atravessa, denominado “futebol-espetáculo”, não vinha sendo aproveitado de maneira adequada pela até então desastrosa liderança política de Alberto Dualib.

                Falando em Dualib, lembro-me de dirigentes futebolísticos sem nenhum preparo profissional para comandarem o futebol quando este espetacularizou-se, quem pelo menos um pouco se profissionalizou, ganhou muitos títulos e fez bons negócios, como o maior rival corintiano, na época da Parmalat. Percebemos que ao longo dos anos este processo de mercantilização do futebol abriu as portas para a profissionalização dos departamentos de futebol. E antes tarde do que nunca, Andrés assim o fez também no Corinthians. Hoje o clube possue um departamento de marketing com profissionais da área de publicidade e propaganda, responsáveis por “explorar” a marca Corinthians nos seus maiores potenciais.

                Hoje o Corinthians é um dos clubes com maior número de sócios torcedores, possuindo um plano de associados diferente da maioria dos outros clubes: o torcedor que se associa paga a anuidade e tem descontos na compra de ingressos, além de preferência na compra pelos bilhetes, ou seja, o Corinthians arrecada com a adesão aos planos de sócio e também com a venda dos bilhetes. Mantendo o estádio do Pacaembu quase sempre lotado (o clube tem a maior média de público do Campeonato Brasileiro de 2011), o clube ainda atende todos os tipos de público torcedor/cliente que possui, com ingressos que variam de R$30,00 à R$180,00 (sem os descontos previstos para os associados), consegue atender praticamente todas as classes de torcedores corintianos (já que, ao contrário das piadinhas, o clube conta com muitos torcedores abastados financeiramente).

                Além do plano para sócios, entre outras ações, o clube criou também sua própria agência de viagens, visando oferecer pacotes para os jogos do “timão” fora de casa, o que possibilita uma renda extra, além de organizar cruzeiros marítimos exclusivos para a “fiel” torcida. Possui também a TV Corinthians, que hoje é transmitida por algumas redes de televisão a cabo para todo Brasil, além da rádio Coringão, responsável por trazer conteúdo inédito e exclusivo dos bastidores do time. O marketing também trabalha na campanha “Sangue Corintiano”, a qual visa juntar o máximo de corintianos em um único dia com o intuito de ajudar pessoas pela doação de sangue, além de outras campanhas como a “República Popular do Corinthians”, que visa promover ainda mais o “corintianismo” pelo Brasil e a campanha “Jogando pelo meio ambiente”, na qual cada jogo do clube vale 100 novas árvores plantadas e a cada gol do time outras 100 mudas.

                Mas o destaque vai para a mediação do marketing com a torcida pelas redes sociais, já que nestas o clube é um dos assuntos mais comentados. Só para se ter uma ideia, o Corinthians acaba de se tornar o primeiro clube brasileiro com mais de 1 milhão de fãs no facebook, além de ter um grande número de comunidades a seu respeito para discussões no orkut. E o principal, a “cereja do bolo” que os “marketeiros” do timão se gabam de ter conseguido: o veemente crescimento na venda de produtos licenciados do clube e o aumento da porcentagem de lucro na venda dos mesmos junto à empresa Nike. O Corinthians está sempre elaborando novas promoções e novos produtos para que seus torcedores estejam constantemente consumindo, além de que, tem expandido o número de lojas “Poderoso Timão” em todo país, a fim de vender e identificar ainda mais o torcedor de São Paulo e de outros estados com o clube.

                Enfim, sem falar em patrocinadores e o impacto que as contratações de jogadores como Ronaldo e Adriano trazem, o que pretendo deixar nesse pequeno texto é a mensagem de que a nova concepção de futebol moderno trouxe consigo nos últimos 20 anos possibilidades que somente agora a maioria dos clubes brasileiros está realmente aproveitando de maneira satisfatória, ou seja, o esporte como produto ímpar de consumo. A lógica é que os jogadores são potencializadores da venda, o jogo é um grande show e os torcedores são evidentemente os consumidores. E a partir da profissionalização dos departamentos de futebol dos clubes brasileiros e a relação destes com outras áreas possibilitarão uma maior exposição da marca do clube e um arrecadamento mais vantajoso em termos financeiros, possibilitando o pagamento de dívidas, além de novos investimentos, como, por exemplo, no caso do Corinthians, o CT Joaquim Grava e o tão sonhado estádio, já programado para ser construído antes mesmo do Morumbi ser vetado para a Copa do Mundo de 2014.