sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ANPUH -50 ANOS

Prezados colegas,

É com muita satisfação que anunciamos a aprovação do tradicional Simpósio Temático (ST - 063) “História do Esporte” no XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH 50 anos.

O evento ocorrerá em São Paulo, na USP (Cidade Universitária), entre os dias 17 e 22 de julho de 2011.

Período de inscrição de trabalhos: 01/01/2011 – 31/03/2011

Maiores informações: http://www.snh2011.anpuh.org/

A minuta do nosso Simpósio Temático já está disponível no site.

Contamos com a presença de todos!

André Capraro
Rafael Fortes
(coordenadores)
XXVI SIMPÓSIO NACIONAL HISTÓRIA
ANPUH 50 anos
São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
Universidade de São Paulo (USP)
Cidade Universitária

domingo, 12 de dezembro de 2010

Sonho do Corinthians, Tevez pede ao Manchester City para ser negociado

Amigos
Pensei que esta coisa de saudosismo era típica dos brasileiros, foi isto que a literatura normalmente nos apresentava.
Jogadores vizinhos como os argentinos são considerados "calientes"e por isso normalmente não sentem saudade de casa, da família...
Porém o futebol mostra que isto é mais um dos mitos apresentados pelos nossos cronistas. Algo que fica explícito no desejo de Carlitos Tevez em voltar a jogar na América do Sul, pois na Inglaterra ele se considera infeliz.
Alguns clubes já começaram as especulações em torno do craque argentino, algo que se intensifica no nosso país. O país do futebol que teve que aceitar/ engolir um argentino como o melhor atleta de sua principal competição. Mas quem entende o futebol?
Texto escrito e reportagem sugerida por: Dr. Miguel de Freitas

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

BBC acusa Ricardo Teixeira de receber US$ 9,5 mi de propina da ISL

Presidente da CBF teria recebido pagamentos em conta secreta no principado de Liechtenstein

JAMIL CHADE - Correspondente - O Estado de S. Paulo

GENEBRA - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recebeu pagamentos em uma conta secreta em Liechteinstein de US$ 9,5 milhões da empresa ISL entre agosto de 1992 e 28 de novembro de 1997. As remessas seriam feitas com valores de US$ 250 mil cada, em 21 parcelas em uma empresa fantasma registrada num paraíso fiscal. A acusação foi ao no último domingo na rede BBC e publicados no prestigioso jornal de Zurique, Tages-Anzeiger.


Ricardo Teixeira teria obtido dinheiro entre 1992 e 1997
A emissora britânica revelou o pagamento de mais de US$ 100 milhões em propinas entre a ISL e a Fifa, por meio da criação de empresas fantasmas por parte de membros do Comitê Executivo da entidade. Em um documento obtido pela BBC, 175 pagamentos de propinas são descritos pela ISL aos membros da Fifa. Parte delas iriam para o que a BBC chamou de "o homem encarregado da próxima Copa do Mundo, no Brasil em 2014. Ele é Ricardo Teixeira".

A empresa que recebeu propinas e que aparece na lista revelada ontem é a Sanud, com base no principado de Liechtenstein e um dos principais paraísos fiscais do mundo, a apenas alguns quilômetros da sede da Fifa em Zurique. Mas a BBC descobriu que se trata da mesma companhia que a CPI do Futebol no Brasil já havia indicado como tendo participação de Teixeira.

Segundo a BBC, perguntas foram enviadas a Teixeira. Mas o cartola nunca as respondeu. A reportagem também tentou falar com o brasileiro em Zurique, sem sucesso. Além de Teixeira, o programa da BBC questiona também um pagamento da ISL para "Garentie JH" no valor de US$ 1 milhão. A emissora especula se tal pagamento não seria para João Havelange, já que JH seriam suas iniciais.

As informações foram publicadas e divulgadas às vésperas da escolha das sedes da Copa de 2018 e de 2022. Na quinta-feira, a Fifa recebe reis, chefes de estado e personalidades de nove países que buscam organizar a Copa do Mundo. O processo, porém, tem sido marcado por acusações de corrupção e polêmicas. A Fifa já afastou seis de seus cartolas, pegos em vídeos secretos oferecendo vender seus votos em troca de milhões de dólares. Mas apenas aplicou multas leves.

Agora, as revelações apontam para Teixeira, considerado como potencial candidato para a presidência da Fifa em 2015. Segundo o Tages Anzeiger, uma empresa de fachada em Liechtenstein teria sido criada para receber os recursos. A empresa seria a Sanud Establissement, registrada na cidade de Domizil, no principado de Liechtenstein.
O autor da reportagem, Jean Francois Tanda, explicou ontem ao Estado que teve acesso a documentos internos da ISL que mostrariam os depósitos para a Sanud. Em uma das linhas do documento, o nome da empresa aparece ao lado de uma menção à Adidas, com um valor de US$ 100 mil. Os mesmos documentos foram obtidos pela BBC.

A companhia seria usada para receber os recursos da já falida ISL, empresa que comercializava os direitos de transmissão da Copa e que foi acusada de pagar propinas para garantir certos contratos. Na cidade de Zug, um tribunal ainda revelou em julho que Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, havia também recebido recursos da ISL, por meio de empresas de fachada, assim como Issa Hayatou. O problema é que, nos anos 90, o pagamento de propinas por uma empresa na Suíça não era ilegal, contanto que o dinheiro não saísse do país ou de Liechtenstein.

Em julho, um acordo no Tribunal e a devolução de parte desse dinheiro encerrou o caso e os demais nomes jamais foram revelados pela Justiça. O problema é que a lista com os nomes agora acabou vazando para a BBC. A notícia sobre Teixeira vem um dia depois que outro jornal suíço, o SonntagsZeitung, revelou que membros do Comitê Executivo da Fifa mantinham empresas de fechada, usadas para receber dinheiro de pagamentos de propinas. Segundo o jornal, um membro que seria também representante no COI também teria uma empresa de fachada.

Investigação. Se a Fifa deu o caso por encerrado, o mesmo não se pode dizer das autoridades suíças. Ontem, o Ministério Público de Zurique confirmou que iniciou um processo de investigação para determinar se as alegações de pagamentos de propina não ferem as leis suíças.

Hoje, pelas normas do país, membros de entidades internacionais como a Fifa não podem ser alvo de acusações por parte de procuradores suíços. Mas o governo já indicou que não está disposto a ser plataforma para que entidade usem a Suíça para corrupção. A Fifa insiste que não tem porque aceitar uma investigação externa, já que teria punido os que não respeitaram o código de ética, entre eles um vice-presidente da entidade. Mas as autoridades suíças não estão satisfeitas. Ontem, o diretor do Departamento Federal para os Esportes, Matthias Remund, anunciou que uma investigação separada seria conduzida para determinar se as leis do país não foram violadas. O próprio ministro de Esportes, Uli Maurer, o fim da imunidade que goza a Fifa terá de ser abolido. Sua ideia é a de reformar as leis do país para permitir que investigações possam ocorrer.

Um dos problemas é o caráter que a Fifa mantém na lei local. A entidade insiste que é uma entidade sem fins lucrativos. A cada ano, no lugar de declarar que tem lucros, apenas afirma que tem um superávit de milhões de dólares. Nos últimos quatro anos, esse superávit chegou a US$ 678 milhões.

Sem comentários. Durante evento empresarial nesta segunda-feira, em São Paulo, Ricardo Teixeira não concedeu entrevista aos jornalistas presentes. Apenas o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, trocou algumas palavras, dizendo que sequer existe denúncia a respeito disso, e que esta história é velha, sem fundamento algum.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,jornal-suico-acusa-ricardo-teixeira-de-receber-us-95-mi-de-propina-da-isl,646916,0.htm
Texto sugerido por Luiz Carlos Ribeiro

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mensagem Especial

Terminado o campeonato brasileiro, muitas festejam pelo título, outros lamentam pela queda, outros ainda comemoraram pela derrota de seu adversário, mas depois de 26 anos ninguém deve estar mais feliz do que os tricolores. Particularmente, acredito que onde quer que esteja o torcedor símbolo deste clube deve estar gargalhando ao lado do Gravatinha e do Sobrenatural de Almeida. Deixamos aqui algumas das inúmeras frases proferidas por Nelson Rodrigues, um dos principais torcedores que este time já possuiu:

Para Nelson Rodrigues torcer pelo Fluminense não era uma questão de escolha. Era uma obsessão, ou muito mais do que isso: um destino.

  • Sou tricolor, sempre fui tricolor. Eu diria que já era Fluminense em vidas passadas, muito antes da presente encarnação."

  • O Flamengo tem mais torcida, o Fluminense tem mais gente!

  • "Grandes são os outros, o Fluminense é enorme."

  • "O FLUMINENSE nasceu com a vocação da eternidade...tudo pode passar...só o TRICOLOR não passará jamais."

  • Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode - e nem se deseja - fugir."

  • Se o Fluminense jogasse no céu, eu morreria para vê-lo jogar"

  • "'Você é químico?' Não, sou Fluminense, respondi de pronto ao ser abordado por um vizinho que me viu brincando com alguns líquidos de diversas cores. Eu tinha apenas três anos de idade, mas com uma convicção clubística anterior ao meu nascimento, e, quem sabe, anterior ao útero materno".

  • Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz' pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas."

  • "Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos"

  • "Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão."
  • Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória".
  • "Pode-se identificar um Tricolor entre milhares, entre milhões. Ele se destingue dos demais por uma irradiação específica e deslumbradora."

Para conhecer mais sobre este caso de amor, consulte: RODRIGUES FILHO, Nelson (org.). O profeta tricolor: cem anos do Fluminense - crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.


Dr. Miguel A. de Freitas Jr

domingo, 5 de dezembro de 2010

Crônica da semana

They don`t really care about us

Natasha Santos

Sangue, suor e poucas lágrimas. Foi esse o foco de todos os noticiários, na semana passada, com a histórica invasão da polícia a um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro. Pois bem, como todos devem lembrar, a missão pacificadora se deu após uma onda de violência nunca dantes por mim vista. Uma espécie de guerra civil que não acabava nunca e preocupava a opinião pública, afinal, o Brasil – entenda-se Rio de Janeiro – será nada mais, nada menos do que sede da Copa do Mundo, além das Olimpíadas, é claro.

O diagnóstico quase profético de um velho e batido complexo de vira-latas parece latente ao brasileiro: é constante a necessidade de mostrar algo aos estrangeiros ocidentais, cujo fio condutor parece estruturado por uma politicagem infindável! Talvez eu nunca esqueça o Sérgio Cabral acenando para a população e para os repórteres, com um sorriso político no rosto, enquanto carros pegavam fogo e crianças eram atingidas na perna por não obedecerem aos traficantes. Mas essa é uma outra discussão...

Todavia, ainda falando em politicagem, opinião pública e tudo o mais, Ricardo Teixeira precisou acalmar os ‘opinadores’ públicos quanto à realização da Copa em 2014. Depois de ratificar a confiança no poder de planejamento, Teixeira assegurou que a “cidade-sede do Rio de Janeiro terá o clima de normalidade necessário para a disputa da Copa das Confederações”, em 2013.

Dito e feito. Em menos de uma semana a polícia e todas as forças do bem invadiram o Complexo do Alemão e a situação foi controlada.

É certo que se tratava de uma situação insustentável e era preciso agir rápido. Entretanto, a minha dúvida é por que não fizeram isso antes? Será mesmo que o ‘Tropa de Elite’ teve um efeito tão grande, a ponto de modificar parte da realidade? Algo deu errado no esquema... Mas é difícil saber se determinadas decisões são de fato tomadas em prol do povo.

Ah, se o Brasil fosse sede da Copa antes...

FUTEBOL É TERRENO DE MACHO

Vendo algumas notícias do mundo esportivo, duas relacionadas ao futebol me chamaram a atenção:

A primeira refere-se a saída do atleta Richarlyson, que após ficar 5 anos e meio despede-se do São Paulo e isto ocorre em tom de melancolia. Após várias críticas relacionadas a sua vida pessoal o resultado foi em um grande desgaste com uma parcela significativa de torcedores do clube. Para estas pessoas o futebol é um espaço eminentemente masculino e qualquer atitude que contrarie este princípio é veementemente negado.

A segunda reportagem refere-se a contratação do jogador Adriano (o Imperador), conhecido no mundo esportivo pelas suas grandes jogadas dentro de campo e também pelos indícios de envolvimento ilegais ocorridos fora de campo (drogas, vida boemia, álcool...). Contudo, a única preocupação com este atleta é como conseguir um pouco mais de trezentos mil reais para pagar METADE do seu salário, pois a sua atual equipe italiana (Roma) pagará a outra metade (porque será?) e liberará o atleta caso o Palmeiras consiga a sua parte dos recursos financeiros.

Nestas duas reportagens o que mais me chamou a atenção não foi a qualidade dos atletas, mas a forma com que os valores morais tem sido tratado na nossa sociedade. Isto é preocupante porque estes ídolos são referências para uma série de meninos que sonham ser como eles. Mas a partir destes indícios é possível afirmar que no futebol você pode ser o que quiser desde que seja MACHO!

CONFIRA NA ÍNTEGRA AS MATÉRIAS

http://esporte.ig.com.br/futebol/2010/12/04/de+cabeca+erguida+richarlyson+pede+desculpas+a+criticos+10320718.html

http://esporte.ig.com.br/futebol/2010/12/03/roma+topa+liberar+adriano+e+ainda+paga+metade+do+salario+mas+falta+dinheiro+ao+palmeiras+10315612.html


Texto sugerido por: Miguel A. de Freitas Jr.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

DO CÉU AO INFERNO


(A  saga rubro-negra...)
A crônica se fosse escrita por Nelson Rodrigues, certamente teria outras nuances históricas, apresentando o problema numa metáfora diferente e composta de outros atores.
Mas como estamos em 2010, o cenário é bem salutar para estendermos certas considerações.
O Flamengo imortalizado por craques (Zico, Andrade, Júnior, entre outros) e, que no ano  passado, sagrou-se campeão brasileiro, viu em 2010 acumular em seu histórico,  derrotas e perdas. A primeira no campeonato carioca. E em seguida, no Campeonato Brasileiro, devido a luta de rodada em rodada para não cair para a Série B.
Faltou planejamento? Fatos extra-campo prejudicaram o desempenho dos jogadores? Por que o afastamento de Andrade rachou o grupo? De que forma Zico poderia ser melhor aproveitado na Gávea? Onde está o trabalho realizado nas categorias de base?
Estas e outras questões com suas devidas respostas, descortinam um velho e notório problema do futebol brasileiro - a questão política. É ela que engrena e engessa uma melhor performance dos clubes brasileiros.
A verdade é que o Flamengo está à beira da crise ou singra os mares cheio de tormentas e tempestades, destoando de Botafogo e Fluminense.
Mas como sair da crise?
O clube apostou as suas últimas fichas em Luxemburgo, que saiu do Atlético Mineiro na zona do rebaixamento.
Já Andrade, que permaneceu meses desempregado, após ser demitido do Flamengo, luta para livrar o Brasiliense da Série C.
Aguardemos o final do Campeonato para iniciar um novo plano para 2011.
É difícil a Saga Rugro-Negra.

Autor: Fábio Ehlke Rodrigues.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

C13 decide manter exclusividade na TV aberta

por ERICH BETING e GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, no Rio de Janeiro (RJ)
Em 23/11/10 as 7:29
 
Nada de jogos divididos entre duas ou mais emissoras. Nada de ampliar o número de partidas transmitidas. O Clube dos 13, que atualmente está em fase final de um estudo para licitar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de futebol entre 2012 e 2014, já definiu que manterá o modelo de venda com exclusividade a apenas uma emissora em TV aberta. A concorrência ainda não tem data para acontecer, mas a expectativa é que seja realizada ainda neste ano.

A decisão do Clube dos 13 é, na verdade, uma valorização de outras mídias. A entidade que representa as 20 principais equipes do país aposta em um desdobramento de propriedades para obter incremento contundente na arrecadação para o próximo contrato.

Além disso, significa aposta do C13 no faturamento com PPV. Neste ano, a receita do grupo com jogos nesse formato chegou a R$ 200 milhões, R$ 50 milhões a menos do que a entidade recebe na TV aberta. A previsão da entidade é que a situação se inverta ainda em 2011 – os clubes recebem 38% do faturamento bruto da venda.

“Eu preciso aproveitar o que o mercado me oferece de bom. Hoje eu não tenho mais o sofrimento de ter só um player. E, graças à decisão que o Cade tomou recentemente, eu não estou mais amarrado”, ponderou Ataíde Gil Guerreiro, diretor-executivo, de relações institucionais e de marketing do Clube dos 13.

Em outubro deste ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu parecer favorável a um pedido do C13. A decisão do órgão derrubou o direito de preferência da TV Globo na renovação dos direitos do Campeonato Brasileiro e obrigou a realização de licitação com envelopes fechados – anteriormente, o canal carioca tinha direito de ver a melhor proposta que o grupo havia recebido e decidir se cobriria o valor.

O termo de cessão de conduta (TCC) do Cade ainda estipulou que todas as propriedades do Campeonato Brasileiro deveriam ser vendidas separadamente. Isso corrobora decisão do Clube dos 13, que pretende fatiar e aumentar a quantidade de mídias vendidas.

“Depois que o Cade emitiu a decisão, publiquei um anúncio com o parecer em dois jornais e esperei. Todo mundo veio me procurar, e a única coisa que eu pedi é que só aceitaria conversar com presidente de empresas e só na minha sala. Quando eles foram, eu disse que queria aprender. O primeiro passo foi entender quais são as novas oportunidades. Nós podemos vender até figurinhas eletrônicas oficiais”, explicou Gil Guerreiro.

O contrato atual do Clube dos 13 coloca, por exemplo, propriedades como internet e games na mesma venda da TV aberta. A ideia do grupo é fazer licitações diferentes para cada uma dessas propriedades, seguindo o mesmo processo em todas.

O Clube dos 13 também procurou as cinco maiores empresas de auditoria do mundo (KPMG, Deloitte, Pricewaterhousecoopers, Arthur Andersen e Andersen Young) para fazer uma concorrência e definir qual delas acompanhará a licitação dos direitos.

Além de ser feita com envelopes fechados, a licitação terá como base um contrato fechado. O documento já está pronto, será apresentado às TVs e exigirá adaptação delas ao formato desejado pelo C13.

Fonte: http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/midia/18/18460/C13-decide-manter-exclusividade-na-TV-aberta/index.php

Texto sugerido por : Edson Hirata

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crônica da semana

Imprecisão, incerteza e paixão

Ernesto S. Marczal

Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade

As últimas rodadas do Campeonato Brasileiro vêm sendo marcadas pela polêmica própria da mobilização passional característica do futebol. Com a competição aproximando-se da definição, lances, comentários e posturas dentro e fora dos gramados adquirem conotação diferenciada. Analistas, comentaristas, jogadores e torcedores tomam a palavra, desfrutando da liberdade de opinião fomentada pela própria regra do esporte: sua iminência interpretativa. Entre a multiplicidade de comentários, de posturas e pontos de vista (complementares ou controversos), os indivíduos buscam (nem sempre) a argumentação racional como forma de legitimação da opinião emitida. Em um esporte cuja regra resguarda lacunas de imprecisão e incerteza, no qual o resultado flerta permanentemente com a imprevisibilidade (“nem sempre o melhor time vence”), propiciando a manifestação irregular e repentina de emoções, sua medição, utopicamente, recai sobre a assertiva da razão.

Entretanto, a exigência de uma leitura racional, neutra, imparcial, objetiva do campo de jogo recai sumariamente sobre poucos indivíduos. Embora a mobilização proporcionada por uma partida de futebol de grande porte chegue mesmo à casa dos milhões, somente os responsáveis pela arbitragem possuem o compromisso irrestrito com a clareza da razão e da objetividade. A figura do arbitro, sobretudo, incorpora o pretenso ideal de justiça, neutra, imparcial, lógica e racional. Com tamanha responsabilidade o arbitro se torna a antítese da deliberação livre que permeia as manifestações correlatas ao jogo da bola. Se nos estádios existe uma relativa liberdade de manifestação dos indivíduos, somente a palavra do arbitro tem a força de se impor como “verdade” objetiva. Inconteste ou não, suas decisões assumem caráter imperativo, indiferente aos demais murmúrios, protestos e comentários. Contrariando a perspectiva do futebol como representação democrática e popular, o arbitro desempenha papel despótico. Mais do que a primazia sobre o desenrolar do jogo (marcação de faltas, validações dos gols, punições aos jogadores, etc.) também é o único que detém a autonomia diante da imprecisão da norma. Afinal a interpretação válida não se dá aos olhos de qualquer um, mas a partir do julgamento imediato do arbitro. Desta forma, sua decisão, supostamente pautada na capacidade de racionalização da regra, é eminentemente autoritária.

Ao contrario do que possa parecer, a posição desempenhada por estes personagens não é necessariamente privilegiada. A complexidade da função e a responsabilidade que acarreta fazem da função extremante impopular. Em um campo onde afloram paixões, os árbitros devem ser os únicos a se manter sobre o crivo irrestrito da razão. Mais do que mediar o jogo, exigi-se que estes se mantenham imunes a eclosão dos sentimentos despertos pelo esporte. Para isso cobra-se destes sujeitos o preparo necessário. Afinal, tarefa tão complexa não deve pode ser desempenhada por qualquer pessoa. O sinônimo deste preparo diferenciado muitas vezes é sintetizado sob o signo do “profissionalismo”. Porém, diferentemente dos atletas e comissão técnica, o árbitro ainda mantém a configuração do “amadorismo marrom”. Embora receba para trabalhar nos jogos sua categorização institucional ainda não existe. Poucos são os casos em que a dedicação à função é exclusiva. Esta, contudo, é apenas parte da questão. Mesmo o profissionalismo não suprime a manifestação das paixões e erros inerentes a posição humana do árbitro.

Neste sentido, como solução para as mazelas da incerteza humana crescem os defensores da tecnologia no esporte. Comunicação via rádio entre os integrantes, bandeira eletrônica, chip na bola para sinalizar se bola entrou ou não. Algumas destas medidas já devidamente experimentadas. Entre as medidas mais polemicas discute-se a utilização da imagem. O “replay” durante as partidas é por vezes sinalizado como medida definitiva para retirar as dúvidas nos lances mais difíceis. Partido do pressuposto de que as lentes das câmeras disporiam de uma perspectiva estritamente objetiva e imparcial, sua utilização continuaria marcada pela incerteza. Como o resto do jogo a leitura da imagem continuaria submetida a múltiplas interpretações. Ainda assim, a decisão final continuaria sob opinião autoritária, muitas vezes parcial e não consensual.

Não pretendo questionar a necessidade do árbitro ou me colocar contra a introdução da tecnologia no esporte. Longe disso. Mas diante de tamanha carga emotiva, é ao menos sintomático a busca da razão como mediadora das paixões humanas num campo de futebol. Inclusive por parte do “juiz”.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A estatização das transmissões de futebol na Argentina Uma análise sbre como as mudanças políticas, econômicas e estruturais no país sul-americano resultaram nesse processo

por Felipe Bigliazzi Dominguez*


Introdução

Agosto de 2009. Buenos Aires amanhecia triste e o gélido vento do rio de La Plata se fazia sentir. Aquela singela melancolia tinha um forte motivo: a primeira rodada do Torneio Apertura - a primeira divisão do futebol argentino - havia sido cancelada. Pelos Cafés da Avenida Corrientes não era possível encontrar vestígios daquela portenha tradição de discutir futebol. A causa, razão ou circunstancia pelo ocorrido, tinha uma sinistra origem: a disputa pelos direitos de transmissão dos jogos do campeonato argentino de futebol.

Uma verdadeira guerra entre o Governo Federal – comandado pelo casal Kirchner – e o grupo midiático mais importante da Argentina – Clarín - que culminou com a estatização das transmissões dos jogos da primeira divisão do futebol local. O episodio serviu para desnudar toda a obscura estrutura, não só do futebol, como de todo um país.

A perda de um de seus negócios mais rentáveis foi o mais duro golpe recebido pelo grupo Clarín em sua disputa particular contra o casal Kirchner. Julio Humberto Grondona - um dos homens mais ricos e poderosos da Argentina – tornou-se o fiel da balança, mostrando uma vez mais o circulo mafioso por trás do alto escalão do futebol local.
Quer ler todo o texto, clique aqui

Fonte:http://www.universidadedofutebol.com.br/2010/11/1,14875,A%20ESTATIZACAO%20DAS%20TRANSMISSOES%20DE%20FUTEBOL%20NA%20ARGENTINA.aspx?p=4

Texto sugerido por Edson Hirata

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Crônica da Semana

O Coritiba voltou !

Por M.s. Celso Luiz Moletta Jr
ISAEC Colégio Martinus Centro
Núcleo Futebol e Sociedade
celsomoletta@gmail.com



Um ano após a catastrófica queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro da segunda divisão, o Coritiba Foot Ball Club está de volta ao primeiro escalão futebolístico local. Uma volta, que devido às circunstâncias, possui um significado pontual e emocional para a torcida do clube. Porém, o intuito desta crônica e fugir do “lugar comum” do torcedor e analisar esta situação à parte das emoções, com um olhar voltado para o processo de gestão do clube neste ano.

Após um ano de rendimento dentro de campo intermediário e um processo de gestão administrativa do clube - talvez impulsionado pelo fato da comemoração do aniversário de 100 anos – totalmente falho, o Coritiba foi rebaixado à segunda divisão do campeonato brasileiro de 2009, na última rodada da competição em uma partida contra o Fluminense. Somado ao rebaixamento, o clube viu uma barbárie acontecer em seu estádio.

Centenas de torcedores invadiram o campo de jogo após o término da partida e agrediram jogadores de ambas as equipes, a arbitragem e os dirigentes; e ainda a depredação de grande parte do patrimônio do clube. Como conseqüência dos atos, o Coritiba foi punido pelo S.T.J.D. com a perda de 10 jogos, sem poder jogar em seu estádio no ano de 2010 e ainda uma multa de 100 mil reais. O julgamento, realizado no Rio de Janeiro, foi passivo de muita polêmica.

O ano de 2010 iniciou então para o clube com um grande problema administrativo. Iniciar a série B, jogando 10 jogos longe de seu estádio, e somados a isso uma redução drástica dos valores de imagens pagos pela televisão poderiam ter gerado um grande problema de estruturação. Ao contrário, o que se viu, foi à instalação de um processo de re-ordenamento administrativo. Quem foi o gestor deste processo foi o então eleito vice-presidente Vilson Andrade Ribeiro. Vilson é ex- executivo comercial da seguradora do Banco HSBC, e chegou ao clube à convite da diretoria. Neste ponto, é que surge o primeiro ponto: a implementação do processo de gestão administrativa de um clube de futebol passa necessariamente por alguém que não é especialista no assunto. Não é comum observar especialista da administração esportiva guiando clubes. Apesar de não ser um especialista de em futebol, Vilson procurou servir de pessoas que são especialistas no assunto, o principal deles o Coordenador de Futebol Felipe Ximenes, Gerente Esportivo de formação acadêmica.

No que diz respeito ao departamento de futebol, o clube primeiramente manteve a comissão técnica do ano anterior. Algo raro em fracassos, porém essencial quando se pensa em gestão de processo, em que o resultado a longo prazo. Em segundo, lugar o clube reestruturou o plantel, dispensando 25 % do elenco de 2009 e contratando jogadores de envergadura técnica superior e com um custo menor, através de parecerias aonde os jogadores vêem até o clube e sedem uma porcentagem de seus direitos federativos ao mesmo. Ainda passou a ocupar 23 % do elenco com jogadores oriundos das categorias de Base. Ainda sim, o departamento de futebol foi o local do clube que mais recebeu investimento.

No departamento de marketing do clube, mesmo jogando mais da metade dos jogos fora de casa (o clube escolheu a cidade de Joinville), o clube conseguiu sair de 9 mil sócios para 17 mil sócios. Ainda assim, o clube, conseguiu aumentar os parceiros, atraindo Coca Cola, e outras multinacionais como parte do projeto.

Assim, por fim o Coritiba volta à primeira divisão, reestruturado. O clube iniciou um processo de gestão, até o qual em nenhum momento tinha passado. Importante ressaltar que não foi um especialista em gestão esportiva que o fez, porém o responsável cercou-se por pessoas capacitadas para tal. Ressalta-se também que de nada adiantaria o trabalho, em termos de reconhecimento público, se os resultados em campo não fossem positivos. Por fim, lastima-se de que gestão profissional em clubes de futebol ainda sejam coisas ou para momentos de crise, ou para realidades não brasileiras.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

As receitas de TV dos Clubes brasileiros

A economia Brasileira regista actualmente um dos maiores crescimentos anuais do planeta, este facto tem naturalmente reflexo no futebol e no aumento das receitas dos clubes, em particular nas receitas provenientes da televisão.
Segundo análise da consultora Crowe Horwath RCS, as receitas de TV representaram 28% da receita gerada pelo mercado brasileiro de clubes de futebol. Em 2008 a participação da TV sobre o total gerado pelo mercado foi de 23%, a mesma percentagem que em 2007.
As receitas de televisão apresentadas, incluem todas as competições em que os clubes participam, como os Campeonatos Estaduais, Campeonato Brasileiro, Taça dos Libertadores, Taça Sul Americana e Taça do Brasil. Em 2009 o Flamengo foi líder em termos de receitas de televisão gerando cerca de R$ 44,2 milhões (19 milhões de Euros), valor este que já é superior às receitas TV geradas por alguns clubes de topo de ligas Europeias de média dimensão (por exemplo a Liga Portuguesa).
O aumentos das receitas com TV no mercado brasileiro foi bastante significativo, graças ao novo contrato em vigor entre Série A e a Rede Globo para o período de 2009-2011. Este contrato, além das receitas de TV aberta e TV fechada, também inclui uma remuneração variável pelas vendas de Pay per View.
Veja o quadro todo em: http://www.futebolfinance.com/as-receitas-tv-dos-clubes-brasileiros-em-2009

Texto sugerido por : Edson Hirata
Fonte: http://www.futebolfinance.com/as-receitas-tv-dos-clubes-brasileiros-em-2009

sábado, 13 de novembro de 2010

CORINTHIANS X CRUZEIRO: FICÇÃO OU REALIDADE?

Assistindo o jogo de hoje envolvendo as equipes do Corinthians e do Cruzeiro, não pude deixar de me lembrar do filme “Boleiros”, onde um dos personagens centrais foi o árbitro “Virgílio Penalty”. É claro que naquele episódio a ficção acabou escancarando algo que todos imaginavam existir no futebol brasileiro.

Entretanto, com a onda de moralização criada em nosso país (me permitam abrir um parênteses, pois se não houveram muitos políticos caçados, no futebol o tapetão deixou de ocorrer, ou seja, os piores times caíram e os melhores subiram, conforme previa o regulamento da competição). Neste contexto, vender um jogo, ou ter o resultado influenciado intencionalmente por um árbitro tornou-se algo quase impensável, principalmente porque a presença da televisão e a busca incessante pelo furo de reportagem tem auxiliado para que as falcatruas deixem de ocorrer (pelo menos de forma explícita) no mundo futebolístico.

O gol de Ronaldo que sofrerá um penalty duvidoso, aos 43 minutos do segundo tempo, digo duvidoso porque se os árbitros fossem marcar este tipo de lance, cada jogo do campeonato brasileiro teria no mínimo 5 ou 6. Porém esta atitude do rei dos penaltys, nos gera algumas indagações: Porque os jogadores quase arrancam a camisa do adversário durante a cobrança do escanteio e ninguém apita nada? Porque durante esta mesma partida o árbitro chamou a atenção dos jogadores antes das cobranças de escanteio? Porque em um lance bisonho no final do jogo resolveu-se marcar algo que não fora marcado até então? Será mero acaso? Será que o campeonato está encomendado? Não, não quero acreditar nisto. Prefiro realmente continuar acreditando que isto só acontece nos filmes de ficção.

Mas acompanhe a matéria e tire você mesmo as suas conclusões. http://www.futebolinterior.com.br/news.php?id_news=158752

Texto escrito e reportagem sugerida por: Miguel A. de Freitas Jr.