terça-feira, 19 de julho de 2011

Perder o foco

As palavras são para ser ditas e não silenciadas. A renovação tão buscada pela
Seleção Brasileira não consegue repercutir em conquistas após a perda da Copa com
Dunga. A safra de talentos espalhada pelos gramados brasileiros não consegue repetir
com a camisa verde e amarela o sucesso de outrora.
Sucesso este visto nos toques mágicos de Garrincha e Pelé, de Tostão e Gerson
e cia. A sensação de glória e conquistas, não mexe mais com a paixão do torcedor, que
revive trágicos excessos de estrelismo.
Quando o capitão Lúcio foi ao microfone e desabafou, deixou claro, que a perda
de foco estava enraizada na seleção brasileira e a magia das pernas tortas e o trejeito do
menino de Três Corações tinham perdido a essência de vestir a amarelinha.
Ao ver aquela correria parecia que faltava algo. Via time desesperado, lutando
para vencer um adversário cada vez mais forte e que se colocava bem postada na defesa.
A imprecisão dos passes, a falha nas alas, uma incompreensão no meio de
campo, que quando a bola chegava a frente, encontrava supostamente uma barreira
paraguaia.
Mas por que o Brasil não jogou com o amor pela camisa, vista na disposição
tática da seleção de 1982 e 1986? Por que não correu ao som de Marta, Cristiane e
outras notáveis, que não tem o mesmo incentivo do futebol masculino?
Por que não se buscou força igual a dos gladiadores romanos ou nos 300 de
Esparta? Vencer o adversário a todo custo. Nada funcionava. Veio a prorrogação ( 120
minutos) e não marcamos o gol. Mano Menezes mexeu e não obteve sucesso. Aí veio
os pênaltis, quando não poderíamos errar - falhamos e perdemos. Perdemos o foco e a
chama, que nos deixava próximos de sermos campeões.
Mano Menezes, por outro lado, deve estar se indagando: mais se eu tivesse
levado aquele, ou o outro, ou dois daquele time, ou dois daquele outro? Estas e outras
questões são debates para a crônica esportiva e para se pensar pela comissão técnica
antes da próxima convocação.
Mas o que fica para a nova geração de jogadores Neymar, Ganso, Thiago Silva,
Pato e Lucas? O esquecimento nas próximas convocações e o surgimento de novos
talentos? Uma seleção com jogadores experientes seria a solução?
O que realmente acontecerá com este grupo de jogadores após esta trágica
exibição nos gramados Argentinos?
A resposta nas próximas convocações de Mano Menezes.

por FábioEhlke Rodrigues

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