sexta-feira, 29 de abril de 2011
Seminário do Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade
terça-feira, 26 de abril de 2011

Influência de empresários e assessores distancia os amigos Neymar e Ganso
DUELO GANSO x NEYMAR NOS BASTIDORES
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Patrocinadores: Nike, Gatorade, Gillette, Pepsi e Samsung Salário: R$ 130 mil Direitos de imagem: 100% Divisão dos direitos econômicos: 45% Santos, 45% DIS e 10% do jogador Gestão de carreira: DIS Entrevista coletiva: Vetada | Patrocinadores: Nike, Panasonic, Red Bull, IG e Nextel Salário: R$ 500 mil* Direitos de imagem: 30% clube, 20% Ronaldo e 50% jogador Divisão dos direitos econômicos: 55% Santos, 40% DIS e 5% Teisa Gestão de carreira: Santos Entrevista coletiva: Duas vezes por mês |
*Mínimo pago pelo clube |
Nos bastidores, os dois estafes travam uma disputa velada para ver quem consegue arrecadar mais com patrocinadores. Também há um silencioso duelo em busca da melhor oferta de um dos grandes clubes da Europa. Apesar da amizade que desfruta, a dupla concorre comercialmente.
O Santos procura moldar Neymar e designou desde setembro do ano passado um responsável para acompanhar todas as ações do jovem. O gerente de novos negócios do clube, Duda, é quem desenvolve o trabalho. O “sombra” está sempre perto do jogador em qualquer evento. O jovem é orientado a seguir uma linha comportada, passou a ser bem educado nas entrevistas coletivas, melhorou o relacionamento com a imprensa, e consequentemente o prestígio no mercado publicitário
Já a estratégia com Paulo Henrique Ganso não foi repetida devido ao fato de o jogador não ter a carreira gerida pelo clube. Sendo assim, Ganso tem contato restrito com os jornalistas, já que é nítido nos bastidores o temor de que o meia possa prejudicar ainda mais o relacionamento com fortes frases. Entrevista coletiva com o craque não acontece desde janeiro, o que reduz a exposição do meia.
Hoje, o meia ainda está recuperando sua melhor forma após meses afastado com uma lesão no joelho. Ao mesmo tempo, vive com a constante pressão sobre o seu futuro, já que interessa a clubes do exterior e mostrou vontade de sair, o que não agradou o Santos. O desfecho da história poderia ser até uma polêmica ida breve para o Corinthians, que serviria de ponte para o futebol europeu (os rivais de Milão são oficialmente os candidatos desta disputa).
Texto sugerido por André Mendes Capraro
Fonte:http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/04/26/influencia-de-empresarios-e-assessores-distancia-os-amigos-neymar-e-ganso.jhtm
Crônica da semana
O tema que motivou esta crônica ocorreu no dia 14o dia de Fevereiro de 2011. Data em que Ronaldo Luís Nazário de Lima convocou uma entrevista coletiva e comunicou ao mundo que não faria mais parte do campo esportivo como jogador de futebol. Fato que fez emergir nos veículos de comunicação nacional as mais variadas opiniões. Surgem algumas versões sobre a repentina aposentadoria do agora ex-jogador de futebol “Ronaldo - Fenômeno”: Segundo o jornal online Folha.com, “A aposentadoria repentina do fenômeno foi para manter seu status de ídolo”, já segundo o jornal online O Globo, “O Ronaldo perdeu para o seu corpo”.
Não pretendemos confrontar os posicionamentos expressos por estes veículos de comunicação, e sim partimos destes posicionamentos contraditórios para refletirmos um pouco sobre a história deste atleta de futebol. Pois isto talvez nos ajude a entender como ele chegou ao status de ídolo corinthiano e nacional.
Ronaldo teve ascensão rápida no cenário futebolístico, conquistando em pouco tempo uma legião de aproximadamente 192 milhões de amantes do futebol brasileiro. O fenômeno começou sua carreira no São Cristovão – RJ, transferiu-se para o Cruzeiro – MG, posteriormente ganhou o mundo, indo atuar nos gramados europeus e no selecionado brasileiro, estando presente nas Copas de 1994, 1998, 2002 e 2006. Durante essa trajetória Ronaldo ganhou duas vezes o prêmio de melhor jogador do mundo.
Ronaldo passou por diversos problemas durante sua carreira futebolística, como por exemplo, as constantes lesões, o problema de saúde durante a Copa da França em 1998 e o problema com o excesso de peso, que de maneira direta ajudaram o fenômeno a enraizar-se como herói popular, atrelando a sua imagem ao slogan “eu sou brasileiro e não desisto nunca”. Temos clareza que muitas vezes tal adágio foi utilizado de forma satirizada, mas ele acabava auxiliando para o fortalecimento da imagem do atleta junto aos novos e antigos fãs, que normalmente acabavam se identificando com a sua trajetória.
Somado a esses fatos, ainda temos os problemas de ordem pessoal, como seus constantes rompimentos matrimoniais, sua presença constante em baladas e seu problema mais recente com os travestis no Rio de Janeiro, tudo sendo considerado algo secundário, frente a grandeza da imagem deste ídolo globalizado. O seu excesso de peso, não impediu que Ronaldo pudesse desempenhar bom futebol, e se tornasse um grande ídolo da torcida corintiana. O espírito de luta, sua vontade de vencer, utilizando cada uma suas derrotas como suporte para as próximas vitórias, fizeram uma espécie de proteção a sua imagem, assim seus problemas pessoais pouco importaram para as pessoas, e o mesmo continuou sendo exemplo.
Mas por que o “fenômeno”, o exemplo do povo, o cara que representava uma nação decidiu encerrar sua carreira futebolística? Excesso de peso, rotina de treinamentos, idade, falta devida privada, necessidade de baladas, muita cobrança, preocupação com a sua imagem, etc. etc.
Deixemos isso para os veículos de comunicação, pois para nós amantes do futebol, o que importa não é a sua história presente, mas o seu legado, o que ele construiu e que adentrou para o imaginário coletivo, que o elegeu um herói popular, símbolo de resistência, de dedicação e de inteligência, pois mesmo quando a fase não estava boa, ele conseguia manter sua imagem quase que intocável. Seja estratégico ou não, a sua despedida foi marcada pela emoção das suas palavras e pela sua imagem atrelada aos seus filhos (algo que semanas depois já fora copiado por outro grande jogador que também deixava os gramados, o que minimamente fornece referências para percebermos a força simbólica dos atos de Ronaldo, mesmo no seu ritual de despedida. Diante de tudo isto, o que fica claro para nós é que independente do motivo que levou Ronaldo a deixar os gramados, a sua escolha foi acertada, pois no imaginário coletivo o que permanece é a imagem de um atleta que representou dignamente o seu país, fazendo com que as pessoas simples tivessem orgulho em “ brasileiros”.
Bruno José Gabriel e Miguel A. de Freitas Jr
Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade
segunda-feira, 25 de abril de 2011
"Jogo Sujo" expõe relação de Joseph Blatter com filho de Gaddafi
O nome de Andrew Jennings é dos primeiros na lista negra da Fifa. O jornalista britânico, repórter investigativo há mais de 30 anos, é até barrado nas coletivas de imprensa promovidas pela entidade. Parte da razão de tudo isso são as manobras duvidosas feitas por cartolas do futebol mundial narradas em "Jogo Sujo: O Mundo Secreto da Fifa", que a Panda Books lança no Brasil.
No livro, Jennings fala sobre a relação entre o atual presidente da Federação Joseph Blatter com o antecessor João Avelange e o mandatário da CBF Ricardo Teixeira, aborda as ligações suspeitas do suíço com os patrocinadores da entidade e de grandes clubes e seleções e revela esquemas de compras de votos e ingressos de Copas do Mundo, entre outras coisas.
No trecho abaixo, extraído do capítulo 26, intitulado "Sepp Blatter parte o coração de Mandela", o jornalista relata o imbróglio da escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010. Em parte do texto, ele cita a relação do presidente da Fifa com Al-Saadi Gaddafi, filho do ditador líbio Muammar al-Gaddafi.
Al-Saadi, que na época também era jogador de futebol, defendia a candidatura da Líbia como sede da Copa de 2006 e, posteriormente, de 2010. Veja mais detalhes no trecho abaixo.
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Perugia, agosto de 2003. "Blatter sabe que fomos apenas eu e Bin Hammam que o ajudamos a assegurar a cadeira de presidente da Fifa", contou vantagem o meio-campista árabe, magro e com uma barba rala. Depois de uma sessão de treinamento do Perugia, seu time da série A do campeonato italiano e que leva o mesmo nome de uma cidade medieval a 170 quilômetro de Roma - percurso que ele fazia voando em seu Ferrari -, Al-Saadi Gaddafi declarou à imprensa: "Blatter me procurou e pediu ajuda contra Hayatou. Bin Hamman e eu devemos ganhar o crédito por sua vitória nas eleições presidenciais".
O bilionário de trinta anos, que aceitara jogar sem receber salários, uma vez que seu clube corria o risco de rebaixamento, estava promovendo a candidatura de seu país como sede da Copa do Mundo de 2010, a primeira a ser prometida exclusivamente a uma nação africana. Depois que a Alemanha fora escolhida para sediar o torneio de 2006, Blatter e seu Comitê Executivo tinham decidido que no futuro haveria um revezamento de continentes; para 2010, somente países africanos poderiam se candidatar.
Mas qual escolher? Líbia, Tunísia, Marrocos, Egito e África do Sul queriam sediar a Copa. E Blatter queria que todos pensassem que tinham chance.
Os críticos achavam risíveis as pretensões da Líbia, país que não possuía um único estádio de nível internacional. Gaddafi insistiu: "Não se trata de infraestrutura. Trata-se de relações, e as nossas relações com o pessoal da FIFA são muito fortes. Afinal de contas, eles nos devem muito. Tenho certeza de que a Líbia vai vencer".
Seu pai, o coronel Muammar Gaddafi, ditador da Líbia desde que tomou o poder em 1970, tinha prometido gastar 14 bilhões de dólares em novos estádios e tudo que fosse preciso para agradar a seu terceiro filho, que era presidente da federação de futebol do país. E, a despeito da opinião dos analistas sobre as chances da Líbia, Blatter e seus amigos sempre ficavam felizes de conversar com o garoto.
"Acredito piamente que as minhas relações pessoais com figuras proeminentes da Fifa serão um impulso à nossa candidatura", afirmou o jovem Gaddafi. "Temos relações fabulosas com o sr. Blatter, Julio Grondona e Franz Beckenbauer. Isso será fundamental para a nossa campanha". O presidente Blatter chegou a viajar a Trípoli como convidado de honra em agosto de 2003, quando a equipe Juventus, clube do qual Al-Saadi possuía 5% das ações, venceu o Parma por 2x1 na decisão da Supercopa da Itália, partida da pré-temporada do campeonato italiano.
O técnico Francesco Scoglio levou a Seleção Líbia a uma série de impressionantes vitórias. Mas, depois, "Fui demitido porque eu não o deixava jogar [AL-Saadi]", relatou Scoglio ao jornal Corriere dello Sport. "E eu jamais o colocaria em campo, nem por um minuto. Ele é imprestável como jogador. Com ele no time, só perdíamos. Quando ele não jogava, ganhávamos."
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"Jogo Sujo: O Mundo Secreto da Fifa"
Autor: Andrew Jennings
Editora: Panda Books
Texto sugerido por:José Carlos Mosko
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Magnata norte-americano vira o maior acionista do Arsenal
Das agências internacionais
Em Londres (ING)
O magnata norte-americano Stan Kroenke se tornou o acionista majoritário do Arsenal. As informações da imprensa inglesa foram confirmadas nesta segunda-feira, após anúncio do grupo Kroenke Sports Enterprises (KSE).
O KSE, que entrou progressivamente no capital do Arsenal a partir de 2007, passa a contar com quase 63% das ações do clube de Londres e planeja fazer uma oferta pelo restante em breve.
Em um comunicado, o grupo elogia o técnico Arsène Wenger e confirma Peter Hill-Wood como presidente do clube.
O KSE possui três franquias de esporte nos Estados Unidos: o time de basquete, Denver Nuggets, a franquia de hóquei no gelo, Colorado Avalance, e a equipe de futebol Colorado Rapids.
O outro grande acionista do clube é o empresário russo Alisher Usmanov, que tem 27% do Arsenal.
Texto sugerido por: José Carlos Mosko
domingo, 10 de abril de 2011
Crônica da semana
terça-feira, 5 de abril de 2011
Deputados reclamam das isenções fiscais à Fifa. Agora é tarde
Vem aí a Lei Geral da Copa
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Clubes selam fim do torcedor de bilheteria
domingo, 3 de abril de 2011
Crônica da Semana
por Jackson Fernando Mosko
Pesquisador e colaborador do Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade UFPR
A disputa pelos direitos de transmissão dos jogos do campeonato brasileiro dos anos 2012/13 e 14 movimentou os bastidores do futebol brasileiro nos últimos meses. Mas será mesmo que todo este movimento é somente por causa da disputa pelos direitos televisivos e interesses econômicos? Venho acompanhando pelos jornais, programas de TV, entrevistas e documentos disponibilizados na internet, este imbróglio no Clube dos 13, e afirmo, o que não é novidade para aqueles que acompanham o futebol também no seu âmbito político, que a briga pelos direitos de TV foi o estopim ou se preferirem, o motivo para o ‘racha’ no Clube dos Treze, e não simplesmente o fato para que isto ocorresse.
Fatos como: estádio onde será a abertura da Copa de 2014; eleição do Clube dos 13; entrega da “Taça das Bolinhas”; reconhecimento dado pela CBF a clubes que foram campeões no passado antes do surgimento do campeonato brasileiro; relação entre Globo, CBF, e Clube dos 13, já vinha estremecendo a relação entre os clubes integrantes dos C13 (Clube dos 13).
Apesar de reconhecer que todos estes fatos são relevantes para o racha no C13, vou tentar apresentar o fato do ‘racha’, onde vários clubes comunicaram que estavam saindo do C13 e que iriam negociar seus direitos de TV por conta própria.
Esta disputa foi iniciada ainda no ano passado, quando alguns jornais publicaram que o Ministério Público acusou a Rede Globo e o Clube dos 13 por formar cartel no contrato dos direitos de transmissão do Brasileirão. Esta posição foi expressa em parecer ao Cade (Conselho de Administração e Direito Econômico) onde há processo contra a emissora e a entidade pelo acordo de 2006 a 2008. Isto, devido a Globo ter em contrato com o C13, uma cláusula que lhe permitia ‘cobrir’ a oferta de qualquer outra emissora pelos direitos de transmissão do Brasileirão, ou seja, uma preferência na negociação. Se houvesse condenação, as duas poderiam ser multadas e ter de rever cláusulas nos futuros acordos . Mas, pouco mais de um mês depois, uma nova notícia informava que a Rede Globo abria mão do direito de preferência para transmitir o campeonato brasileiro e o Cade suspenderia o processo contra a emissora , esta notícia foi publicada no site da Folha.com (http://www.folha.uol.com.br/), mas também noticiada pelo jornal O Globo on line (http://oglobo.globo.com/), no mesmo dia, mas com o seguinte título: “Jogos na TV terão leilão: Cade determina fim de exclusividade” . Cito estes dois periódicos, devido à diferença que estes tratam deste assunto . Com estas notícias, acreditava-se que neste ano teríamos realmente uma licitação para a compra dos direitos de TV referentes aos anos de 2012/13 e 14, onde participariam as principais emissoras do país, porém antes da licitação ocorrer, o Corinthians anunciou que estava saindo do C13, e que iria negociar sozinho as suas cotas de TV, logo após este anúncio saíram também do C13: Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Grêmio, Goiás, Cruzeiro, Coritiba, Vitória, Sport, Santos e Bahia, destes 12 clubes, 10 já acertaram com a Rede Globo.
Porém, apesar do acerto com estes clubes, toda esta situação ainda está indefinida, isto porque, na licitação realizada pelo Clube dos 13, a emissora Rede TV, venceu a licitação e de acordo com o C13 deverá transmitir os jogos, porém com o ‘racha’, esta situação ainda dará muito assunto nos próximos meses.
Enfim, toda esta situação envolvendo o ‘racha’ do C13, foi uma somatória de interesses, onde o interesse econômico muitas vezes foi a explicação para o ‘racha’ e não o motivo. Sabemos que no futebol, em especial o Brasileiro a disputa política nos bastidores é muito forte, e os interesses individuais quase sempre preponderaram no futebol nacional, talvez por isso o Clube dos 13 esteja em eminência de acabar, ou já acabou como consideram alguns. Pois o interesse individual foi colocado acima do interesse da entidade como um todo, que em sua proposta inicial era do fortalecimento do Futebol Brasileiro.
Espero que estas breves considerações possam iniciar um debate com os colegas e amantes do futebol, pois é este debate que nos enriquece e proporciona a nossa evolução pessoal e acadêmica.