domingo, 8 de maio de 2011

Crônica da Semana

No Alto da Glória até quando?
por Msc. Ana Paula Cabral Bonin

 
24 vitórias consecutivas e quebra de recordes....o Coritiba Foot Ball Club é o centro do futebol nacional. Nem parece o mesmo clube que há dois anos viu sua imagem despencar nacional e internacionalmente após ter seu estádio depredado pelos próprios torcedores indignados com o rebaixamento à série B do Campeonato Brasileiro. Após cumprir as penalizações impostas na lei com relação ao incidente do dia 06 de dezembro de 2009, o clube conquistou o Campeonato Paranaense de 2011 e segue na disputa pelo título da Copa do Brasil, principalmente depois da vitória por 6x0 contra a equipe do Palmeiras (fato noticiado de forma incessante pela mídia). Desvinculando-se nesse momento de rivalidades clubísticas é que instigo os leitores a pensar: mas até quando o Coritiba permanecerá no Alto da Glória? Até quando se perpetuará a campanha magnífica apresentada por um clube até então desacreditado no cenário nacional? Observamos que o elenco do Coritiba está entrosado e que as consecutivas vitórias fazem parte de um esquema tático muito bem estruturado pelo treinador e sua comissão; sabemos, porém, que no Brasil é atípica a permanência longínqua de treinadores nos clubes de futebol, o que não permite que esses possam desenvolver seu plano de trabalho e consequentemente sua capacidade técnica adequada ao elenco do clube, porque todos esperam e exigem somente vitórias. Obviamente que isso não é a receita de consecutivas vitórias de uma equipe esportiva, porém, deve-se permitir ao treinador um tempo de adaptação e execução de suas idéias; com relação à permanência longínqua de um treinador em uma equipe brasileira o exemplo mais recorrente é de Muricy Ramalho no comando do São Paulo Futebol Clube promovendo o feito de três títulos consecutivos de Campeão Brasileiro (2006,2007,2008). Outro aspecto relevante e interessante é a permanência dos próprios atletas em seus clubes: poucos são os casos em que um atleta de destaque permanece no clube por ele defendido após uma fase de muitos gols e bom rendimento. Se o clube possui uma boa estrutura capaz de recusar as ofertas milionárias vindas do exterior – como é o caso do Santos com o jogador Neymar- tudo bem; mas geralmente os clubes revelam atletas, vendem esses atletas e permanecem com seu quadro formativo e ativo completamente defasado. Sabemos que o futebol é a segunda maior ferramenta lucrativa a nível mundial e as altíssimas cifras justificam a posição do Brasil como país com o maior número de jogadores no ranking das transferências mais caras da história do futebol mundial. Por isso indagamos: Até quando Rafinha, Léo Gago, Anderson Aquino, Bill e Marco Aurélio permanecerão no Coritiba? Até quando Marcelo Oliveira estará à frente da equipe paranaense? Até quando o clube manterá a invencibilidade e o ilustre desempenho futebolístico de seus atletas? Enfim, respostas incertas cujo assunto deixamos para uma próxima crônica....


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