sábado, 1 de junho de 2013

'Caiu no Horto, tá morto' não é mágica, Galo precisa jogar

Jogadores abraçam Victor, herói do Atlético-MG na 
classificação para a semifinal da Libertadores

O time de Cuca não se abateu ou "amarelou" na decisão da vaga para a semifinal da Libertadores. Simplesmente jogou mal e sofreu com a boa atuação do Tijuana no Independência.

No primeiro tempo não conseguiu sair da boa marcação. Aguilar era ora terceiro zagueiro auxiliando Gandolfi e Ortíz no duelo pelo alto com Jô, ora volante pegando Ronaldinho.

O time mexicano levava vantagem nos duelos individuais, com e sem a bola. A saída dos contragolpes era pela direita com Ruiz, que criou a jogada do gol de Riascos.

Cuca inverteu Tardelli e Bernard, que foi para o lado direito acompanhar o apoio de Castillo, mas continuou jogando mal. O Galo não tinha fluência nas ações de ataque. Pierre recuou quase como terceiro zagueiro no cerco a Riascos, Leandro Donizete e Marcos Rocha não faziam a bola chegar ao quarteto ofensivo.

Restaram as jogadas aéreas, com bola parada ou rolando. Rever, quase sem querer, concluiu cobrança de falta de Ronaldinho e aliviou o intervalo atleticano.

Contudo, não melhorou a produção ofensiva no segundo tempo. Antonio "El Turco" Mohamed trocou Ortíz por Martínez e voltou ao 4-3-3. Manteve o desenho ousado ao colocar Piceno e Márquez nos lugares de Ruiz e Moreno.

Arce organizava a partir da esquerda e o Tijuana rondava a área do oponente assustado com o primeiro grande obstáculo em seus domínios. As entradas de Luan e Josué nas vagas de Bernard e Marcos Rocha deslocaram Leandro Donizete para a lateral direita e empurraram a equipe mineira para a defesa. Drama.

Até Victor aparecer como protagonista salvando nos pés de Piceno em falha grotesca da defesa atleticana, contando com a sorte em cobrança de falta de Arce no travessão e entrando para a história do clube na defesa com o pé esquerdo impedindo o gol de pênalti de Riascos no final épico.

Sufoco desnecessário para o time que teve 54% de posse de bola e finalizou oito vezes na direção da meta contra cinco do adversário. 

Mas pode ser positivo na volta da Libertadores após a Copa das Confederações. A força do Galo em casa vinha sendo tratada como uma espécie de "dogma" ou mágica, que independe da produção em campo e deixa os rivais em pânico só pela presença da massa. 

Não é bem assim. Time sempre foi termômetro da torcida, que aquece de dentro para fora. A classificação no gol "qualificado" deve servir de alerta para o duelo com o Newell’s Old Boys de Maxi Rodríguez e do artilheiro Scocco. Sem Rever, expulso após o apito final.

O Atlético segue forte e favorito, mesmo com os péssimos números da defesa: 14 gols sofridos em dez jogos. Decidir em casa ainda é enorme vantagem para o único sobrevivente brasileiro no torneio continental. 

Mas é preciso, na prática, fazer do Horto a arma mortal de quase sempre. Sem máscaras.


Sugestão e comentário de Everton Cavalcanti.

A imprensa como de "praxe" lançou o galo como franco favorito e não era pra menos, afinal, "caiu no horto, ta morto", certo? ERRADO! Ao menos na minha opinião. Explico: Estádio não ganha jogo, torcida não ganha jogo, ajuda, com certeza, mas não decide, não põe bola na rede, não marca, não arma jogadas de fundo e nem cria linhas de passes. Para que o "horto" seja forte e a torcida cante os 90 minutos, o time tem que mostrar espírito de equipe, tem que jogar. E ontem quase que a "morte" saiu correndo dos xolos, que dominaram parte do jogo, criando boas chances de gol. Respeito é bom, e os estrangeiros gostam! Acho que depois da pataquada de ontem, SALVA pelo Victor, a imprensa e o galo vão acordar, até porque senão acordarem, podem dar adeus ao sonho do título inédito. Afinal, vão enfrentar mais do que o Estádio Marcelo (Louco) Bielsa lotado, ou a hincha do Newell's, vão enfrentar uma EQUIPE que joga como EQUIPE, que ocupa bem os espaços, que marca forte e que tem bons jogadores como os experientes Maxi Rodrigues, Ignacio Scocco, Gabriel Heinze, entre outros. Abre o olho galo doido, senão o Newell's manda a "morte" la pra "Sete Lagoas", rs!