terça-feira, 11 de junho de 2013

NEFS participa do "3º Simpósio de Futebol em Curitiba"


Entre os dias 08, 09 e 10 de junho ocorreu o 3º Simpósio de Futebol em Curitiba. O evento é realizado desde 2011 com o intuito de promover o debate em torno da modalidade esportiva com a reunião de profissionais de múltiplos segmentos, como atletas e técnicos de diferentes categorias, preparadores físicos, dirigentes, gestores, árbitros, jornalistas, comunicadores esportivos, especialistas do campo médico, professores e pesquisadores da Educação Física , entre outras áreas.

Embora o foco seja centrado no debate sobre as potencialidades e perspectivas da formação e aperfeiçoamento de profissionais especializados no futebol, em variados setores ligados ao esporte, o evento não só vem crescendo como diversificando sua abrangência. 

Sob a organização e coordenação do Prof. Ms. Eros Mathoso, a edição de 2013, realizada na PUC-PR, ampliou o escopo do debate, promovendo mesas redondas voltadas para a discussão do futebol em outras vertentes e recortes temáticos. Uma delas enfocando a relação com a questão ambiental, sobretudo em perspectivada realização de megaeventos como a Copa de 2014, e outra em vista de suas conotações históricas e culturais, composta e organizada integralmente por pesquisadores do Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade (NEFS - UFPR). 

Intitulada “FUTEBOL, TRADIÇÃO E IDENTIDADE” a mesa reuniu as comunicações da Doutoranda Natasha Santos – “A Vida Como Ela É... entre calções e chuteiras: a construção da identidade nacional nas obras de Nelson Rodrigues” –, Ernesto Sobocinski Marczal – “Entre a força e a arte: discursos sobre a modernização do futebol nacional entre as Copas de 1966 e 1970” –, e do Mestrando Riqueldi Straub Lise – “Voa Canarinho voa: considerações acerca da seleção brasileira de 1982”. 

As apresentações propuseram a reflexão sobre diferentes composições narrativas, muitas vezes complementares, construídos sobre o futebol brasileiro ao longo do século XX. Assim, as exposições partiram de uma análise história / psicanalítica das leituras construídas por Nelson Rodrigues, tributário das interpretações sociológicas elaboradas por Gilberto Freyre e, principalmente, Mario Filho; seguiram por uma rápida apreciação das representações conflitantes de alguns profissionais do futebol brasileiro sobre o futebol-arte sul-americano e o futebol-força europeu elaboradas no intervalo entre a eliminação precoce no mundial de 1966 e conquista do tri em 1970; e encerram com a problematização dos variados discursos enunciados a respeito da mítica seleção brasileira de 1982, tida como um dos principais representantes de um estilo de jogar tipicamente brasileiro e sinônimo, já não tão recente, daquilo que seria a melhor expressão do futebol-arte.

Para conhecer mais sobre o evento, acessem: