sexta-feira, 21 de junho de 2013

Triunfo é embalado pelo Hino Nacional

Contagiada pelo hino cantado pela torcida, seleção brasileira precisa de poucos minutos para encaminhar mais uma vitória

Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo / Jogadores se abraçam após o gol de Neymar, que abriu caminho para o triunfo brasileiro: jogando junto com a torcida


No clima do Hino Nacional cantado por todo o estádio de forma emocionante – o protocolo da Fifa corta a canção na metade, mas na capital cearense a torcida segurou até o fim –, a seleção brasileira massacrou nos primeiros minutos seus dois adversários até agora na Copa das Confederações. Após ter encaminhado a vitória sobre o Japão com menos de três minutos, quarta-feira (19), diante do México, o relógio ainda não tinha virado para nove quando Neymar – de novo – abriu o placar. E antes um gol de Oscar já havia sido anulado por causa de impedimento.

Os jogadores não têm dúvidas ao atribuir o início em alta rotação à motivação passada pela torcida neste momento especial. “Ver os companheiros com lágrimas nos olhos não dá para aguentar. Ver todo mundo cantando o hino depois que parou a música e a gente cantando mais forte, não dá para descrever. Todos entraram muito emocionados, com vontade de mostrar para os torcedores que estamos com eles e queremos sempre representar bem a seleção”, discursou Marcelo, ainda com resquícios de emoção após o jogo.

Eles já haviam descrito a execução do hino como um momento de altíssima adrenalina em Brasília no sábado. Mas o envolvimento do público foi bem maior em Fortaleza. “Foi emocionante. Todo mundo se abraçou. Pegamos no ombro um do outro e ficamos balançando enquanto cantávamos com a torcida”, disse Fred.

O técnico Luiz Felipe Sco­­lari contou que até o árbitro inglês disse ter se impressionado com o público. “Fui cumprimentar o Howard Webb no final do jogo e ele falou que nunca tinha visto algo assim, uma torcida continuar cantando o hino depois da execução, ainda mais alto do que antes. Ele disse: ‘Felipe, fiquei emocionado’”. Ao treinador restou agradecer: “Muito obrigado ao povo de Fortaleza. Receber esse carinho assustou um pouco o adversário”.

A participação de Felipão no vestiário também parece estar motivando a equipe na volta do intervalo, mesmo sem hino. O roteiro do jogo de quarta por muito pouco não continuou repetindo Brasília no segundo tempo. Lá, Paulinho marcou o segundo gol brasileiro aos dois minutos. Aqui, Thiago Silva chegou a mandar para a rede exatamente no mesmo tempo, porém o lance se tornou outro gol brasileiro invalidado por impedimento.

E os jogadores observam que não adiantaria o empurrão da arquibancada se o time não estivesse bem. “Claro que só o hino não ganha jogo”, ponderou Fred. “Desde que pisei no Ceará, me arrepiei. Quando abriram os portões do PV [estádio no qual o time treinou segunda-feira], hoje [ontem] de novo com o hino. Mas é a gente que está chamando a torcida para o nosso lado”, disse Thiago Silva.

Se depender do calor humano nordestino, e a equipe continuar respondendo, vem mais emoção por aí no sábado, contra a Itália, em Salvador. “Jogar no Nordeste sempre é especial. Eles vivem a seleção de outro jeito”, elogiou o baiano Daniel Alves.

O jogo

O Brasil foi para cima do México e dominou os primeiros minutos, quando abriu o placar com Neymar. Depois viu o adversário crescer e quase chegar ao empate em lances nos dois tempos. Nos acréscimos da segunda etapa, Jô balançou as redes após linda jogada de Neymar e decretou o 2 a 0. Placar justo.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/copa-das-confederacoes/conteudo.phtml?id=1383660&tit=&tit=Triunfo--embalado-pelo-Hino-Nacional

Sugestão e comentários de Gisele Dall'Agnol Musse.

Independente das motivações que estejam por trás disto, foi emocionante ver o patriotismo exaltado ontem pelos torcedores no estádio de Fortaleza ao darem continuidade à primeira parte do Hino Nacional, em capela, assim que a canção foi interrompida. 

Espero que este sentimento de patriotismo, manifestado de forma bonita pelos torcedores brasileiros, se repita em outros estádios do Brasil, seja na Copa das Confederações, Copa do Mundo ou em amistosos. E não somente no futebol, mas também em eventos de outras modalidades esportivas.