sexta-feira, 14 de junho de 2013

Copa das Confederações: manifestações denunciam violações de direitos


Movimentos e organizações da sociedade civil realizam manifestações nesta sexta-feira (14), véspera da Copa das Confederações, para chamar a atenção da sociedade às violações de direitos que estão acontecendo no processo de preparação do país para a Copa de 2014. Em São Paulo, o ato “Copa pra quem?” acontece a partir das 16h, no Masp, na Avenida Paulista.

Já no Rio de Janeiro, o Comitê Popular da Copa realiza, no próximo sábado, no Quilombo da Gamboa, na zona portuária, a Copa Popular Contra as Remoções, um campeonato que tem como objetivo integrar comunidades ameaçadas de remoção. Os jogos começam às 9h e, na ocasião, será lançado o saci, Mascote Popular da Copa. No fim da tarde, a partir das 17h, a atividade será encerrada com uma festa junina.

Equipes do Morro da Providência, Santa Marta, Salgueiro, Indiana, Muzema, Vila Autódromo e Vila Recreio II já confirmaram participação.


Sugestão e comentário de Jhonatan Souza.

De modo geral, os debates sobre a Copa do Mundo e a remoção irregular de pessoas são um desdobramento da chamada "questão urbana", uma das pautas mais debatidas nos últimos dias, por conta das manifestações do Movimento Passe Livre. O tema da "questão urbana" é antigo, remonta ainda ao início do século XX e, de lá pra cá, a lógica tem sido basicamente a mesma. A opção por uma "modernização" conservadora e centralista, no Brasil, recebeu o aval de governos das mais variadas correntes ideológicas. Contudo, a oposição à urbanização excludente nunca foi silenciosa, e não tem sido diferente quando o assunto é a Copa do Mundo e as transformações operadas nas cidades-sede. Logo acima, dois eventos interessantes que não me deixam mentir. Ao questionarem os rumos tomados pela organização do mundial, os comitês terminam por colocar em xeque, também, um modelo que tem seu ideal de cidade simbolizado numa banca de negócios.