terça-feira, 15 de abril de 2014

No álbum de 1974, seleções tinham como mascotes estereótipos de países


Na atual edição, o álbum da Copa do Mundo traz apenas o escudo de cada federação para representar as seleções em suas páginas, além de uma foto do time posado. Mas há 40 anos o método era um pouco menos politicamente correto, como mostra o blog "Old School Panini". Além do escudo de cada federação, havia uma espécie de mascote para as equipes, baseados em estereótipos dos países. O Brasil, por exemplo, era representado por um homem vestido com as cores do país e chocalhos nas mãos; a Argentina tinha um vaqueiro tomando chimarrão; a Alemanha Oriental tinha como mascote um homem dentro de uma caneca de cerveja; e a Suécia era representada por um viking. Confira abaixo!



Muito comum em vários anos de Copa do Mundo, os álbuns de figurinhas de futebol, que precisam ser vistos com uma fonte rica para discutirmos a História do Futebol e do marketing em torno deste esporte, hoje são controlados no Brasil pelo grupo empresarial italiano Panini.

Voltando à Copa de 1974, vemos que os mascotes procuravam explorar o inusitado, a caricatura e o que poderia haver de especial na cultura de cada país. Equívoco? Exagero? Porém, em minha opinião, nada mais do que a imprensa esportiva procura fazer em momentos de grandes eventos como este. Na verdade, o álbum de figurinhas, por trazer em si uma ideia lúdica, possuía uma visão infantilizada o que gerava pouca ou nenhuma discussão sobre os estereótipos nacionais. Se hoje os álbuns de figurinhas deixaram esta estratégia de lado, apresentando cromos mais sóbrios, mesmo porque o público alvo se modificou bastante (agora com a presença direta dos adultos como colecionadores), ainda temos esta visão de cobertura esportiva até hoje por jornalistas experientes ao retratarem as nações de um megaevento esportivo.

Sugestão e comentário de André Couto