No álbum de 1974, seleções tinham como mascotes estereótipos de países
Na atual edição, o álbum da Copa do Mundo traz apenas o escudo de cada federação para representar as seleções em suas páginas, além de uma foto do time posado. Mas há 40 anos o método era um pouco menos politicamente correto, como mostra o blog "Old School Panini". Além do escudo de cada federação, havia uma espécie de mascote para as equipes, baseados em estereótipos dos países. O Brasil, por exemplo, era representado por um homem vestido com as cores do país e chocalhos nas mãos; a Argentina tinha um vaqueiro tomando chimarrão; a Alemanha Oriental tinha como mascote um homem dentro de uma caneca de cerveja; e a Suécia era representada por um viking. Confira abaixo!
Fonte: <http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/blog-da-copa/post/no-album-de-1974-selecoes-tinham-como-mascotes-estereotipos-de-paises.html>. Acesso em: 15/04/2014.
Muito comum em vários anos de Copa do Mundo, os álbuns de figurinhas de futebol, que precisam ser vistos com uma fonte rica para discutirmos a História do Futebol e do marketing em torno deste esporte, hoje são controlados no Brasil pelo grupo empresarial italiano Panini.
Voltando à Copa de 1974, vemos que os mascotes procuravam explorar o inusitado, a caricatura e o que poderia haver de especial na cultura de cada país. Equívoco? Exagero? Porém, em minha opinião, nada mais do que a imprensa esportiva procura fazer em momentos de grandes eventos como este. Na verdade, o álbum de figurinhas, por trazer em si uma ideia lúdica, possuía uma visão infantilizada o que gerava pouca ou nenhuma discussão sobre os estereótipos nacionais. Se hoje os álbuns de figurinhas deixaram esta estratégia de lado, apresentando cromos mais sóbrios, mesmo porque o público alvo se modificou bastante (agora com a presença direta dos adultos como colecionadores), ainda temos esta visão de cobertura esportiva até hoje por jornalistas experientes ao retratarem as nações de um megaevento esportivo.
Sugestão e comentário de André Couto