terça-feira, 7 de maio de 2013

Fifa admite adotar nome Mané Garrincha em estádio de Brasília na Copa


28.abr.2013 - Visão aérea do estádio Mané Garrincha, em Brasília
A Fifa negou ter vetado o nome de Mané Garrincha para o estádio de Brasília na Copa-2014 e admitiu adotar o nome do jogador se houver um pedido da cidade-sede. Segundo a entidade, quem foi o responsável pela escolha da denominação "Estádio Nacional" foi o comitê brasiliense, que pode requisitar uma alteração.

Questionado pela reportagem, o Governo do Distrito Federal confirmou que o nome oficial, "para o governo e para a população", é Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Mas, questionada pelo UOL Esporte, a assessoria para a Copa não respondeu se pedirá oficialmente à Fifa a mudança de nome. Sem essa requisição formal, a alteração não será feita.
À reportagem, a assessoria da Fifa informou que nunca determinou a nenhum dono de estádio qual seria o nome a ser usado na Copa das Confederações e na Copa-2014. Só queria modificações em caso de arenas que tivessem vendidos os naming rights, como é o caso da Allianz Arena, transformado em Estádio de Munique.
O processo de escolha do nome se dá quatro anos antes do evento para poder fixá-lo internacionalmente. Foi antes de 2010 que o Governo do Distrito Federal, segundo a versão da Fifa, submeteu o nome "Estádio Nacional". Até hoje, não houve nenhuma requisição de mudança de nome. Isso apesar de o Distrito Federal, por meio de decreto, ter revertido a decisão inicial de excluir o Mané Garrincha da denominação.
"Se Brasília fizer um pedido de alteração do nome para Mané Garrincha, a Fifa e o COL vão revisar isso, mas em teoria nós não temos nenhum problema com o estádio carregar o nome de uma das maiores lendas do Brasil na Copa, Mané Garrincha, que criou performances incríveis em 1958 e 1962, inesquecíveis momentos para qualquer fã do futebol", explicou a assessoria da Fifa.
O governo informou que já começou a fazer as placas de sinalização para o estádio com o nome completo de Mané Garrincha.
Sugestão e comentários de Edson Hirata.
Complementando a crônica desta semana sugeri esta reportagem de Rodrigo Mattos (UOL), na qual a FIFA alega não ter determinado o uso de um nome específico para o estádio e que admite a utilização do nome Mané Garrincha. 
A entidade maior do futebol transfere a responsabilidade para o Governo do Distrito Federal, pois segundo a FIFA foi o comitê local que indicou o nome de Estádio Nacional. 
A alteração do nome só ocorrerá caso haja uma solicitação formal dos dirigentes brasileiros. 
Independente do caminho que tomará desse episódio, a conclusão da Gisele Dall'Agnol Musse procede: "No final das contas, somos todos Mané", ou como diria Mané: "João".