quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Caso Teixeira rende à “FOLHA” o maior prêmio do jornalismo brasileiro


Reportagens revelaram que então presidente da CBF recebera dinheiro ligado a jogo da seleção brasileira

Em quatro meses de apuração, jornalistas mostram atuação e queda do dirigente na confederação de futebol.

A Folha venceu o Grande Prêmio Esso de Jornalismo, a principal premiação do gênero no país.

As reportagens sobre a atuação e a queda do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira ganharam o prêmio de 2012.

A série “O jogo suspeito e a queda de Ricardo Teixeira”, com 20 reportagens entre fevereiro e junho, foi produzida por

Filipe Coutinho, Julio Wiziack, Leandro Colon, Rodrigo Mattos e Sérgio Rangel.

Após 23 anos comandando a CBF, Teixeira deixou o cargo em março deste ano.

A primeira reportagem revelou o elo entre ele e a Ailanto, que recebeu R$ 9 milhões do governo do Distrito Federal por um amistoso da seleção.

A série também descobriu como R$ 705 mil da empresa foram parar nas contas do dirigente.

Essa foi a primeira vez que ficou comprovado que o cartola recebeu dinheiro ligado a jogos da seleção.

Outro personagem foi Sandro Rosell, presidente do Barcelona e dono da Ailanto.

A primeira revelação, em 15 de fevereiro, foi que uma sócia da Ailanto tinha uma fazenda no mesmo endereço que Teixeira.

No dia seguinte, publicou-se que havia cheques nominais ao cartola.

Depois, a Folha contou que Teixeira montara uma empresa de investimentos na Flórida e que a Ailanto era alvo de ação pela suspeita de desvio de R$ 1 milhão.

Seguiram-se então a revelação de que a empresa foi montada para receber o dinheiro do jogo e que Teixeira participou das negociações.

O jornal mostrou que a investigação chegou à Receita Federal, pela suspeita de evasão de divisas.

Contou ainda que o empresário Cláudio Abraão, que fez negócios com Ricardo Teixeira, venderá pacotes VIP da Copa de 2014, no Brasil.

Em junho, o jornal publicou o caminho do dinheiro e mostrou documentos apreendidos pela polícia: cheques nominais, declarações de imposto e contratos.

No total, Teixeira recebeu R$ 705 mil da Ailanto.

Também foi revelado que R$ 1 milhão da empresa foi para a Espanha, dinheiro não declarado por Rosell no Imposto de Renda.

Fonte: http://blogdojuca.uol.com.br/2012/11/caso-teixeira-rende-a-folha-o-maior-premio-do-jornalismo-brasileiro/

Sugestão e comentário de José Carlos Mosko.

Investigações, CPI´s, provas de ilícitos apresentadas aos órgãos competentes e agora até prêmios de reportagem.

Mesmo com tanta clareza, exposição e alarde dos fatos, nada de punição, nada de condenação, nada de resultado concreto em benefício do espetáculo e do público consumidor do futebol.