quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Polícia Federal vai investigar Ricardo Teixeira

O órgão investigará se o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) trouxe dinheiro ilegalmente ao Brasil

A Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro (SR-RJ/DPF) deve receber nesta segunda-feira, 26, um ofício do procurador da República Marcelo Freire determinando a abertura de um novo inquérito contra Ricardo Teixeira. As informações são do LANCE!NET.
O órgão investigará se o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) trouxe dinheiro ilegalmente ao Brasil. A verba seria fruto de suposto suborno recebido por Teixeira em troca dos direitos de transmissão de algumas edições da Copa do Mundo.

A denúncia foi feita pelo jornalista da BBC de Londres Andrew Jennings, segundo o qual dirigentes da Fifa teriam recebido propina da empresa de marketing ISL pelos direitos do torneio máximo do futebol. O valor total seria de US$ 200 milhões (cerca de R$ 374,5 milhões), sendo que Teixeira, sozinho, teria ficado com US$ 9,5 milhões.

Entenda
O caso iaconteceu na década de 1990, segundo o jornalista, e envolve ainda o ex-presidente da Fifa João Havelange (então sogro de Teixeira). Jennings afirma que o dinheiro foi pago por meio de empresas fantasmas com sede no paraíso fiscal de Liechtenstein, na Europa.

Os dirigentes tiveram de se explicar ao Ministério Público suíço (onde é a Fifa) e, na ocasião, não negaram os recebimentos; pelo contrário: para evitar serem processados, todos devolveram os valores.

Existe uma lista com os nomes dos favorecidos, vista por Jennings e um repórter suíço, François Tanda. O presidente da CBF teria recebido pela Sanud Etablissement, que passou os valores para a empresa brasileira RLJ Participações, cujo principal controlador é o próprio Ricardo Teixeira. A Sanud, aliás, tem o irmão de Teixeira, Guilherme, como procurador no Brasil.

No Brasil
Na lista constam alguns valores repassados de uma empresa para a outra: US$ 1 milhão (em 10 de agosto de 1992); US$ 1 milhão (fevereiro de 1993); US$ 500 mil (maio de 1995); e dois de US$ 250 mil (novembro de 1997). Mas a CPI do Futebol, que já teve quatro processos cruzando o procurador Ricardo Freire e o presidente da CBF, achou mais dois repasses: US$ 399 mil (em julho de 1996) e US$ 199 mil (maio de 1997) - o que justificou a investigação atual.

Freire questiona os empréstimos feitos da Sanud à RLJ que, para ele, são sócias "de fachada". O procurador diz que os juros e taxas cobrados são muito baixos e que os valores nunca foram saldados enquanto existiu a Sanud. Outro ponto de desconfiança é o fato de a RLJ não ter apresentado garantias de que conseguiria pagar - a empresa, aliás, passou altos valores a terceiros, mostrando que além de não ter condições de pagar os empréstimos, também estava mandando embora o dinheiro que possuía. Entre os beneficiários desses repasses estão Ricardo Teixeira e uma empresa com participação dele.

Se confirmadas as suspeitas, a ISL teria passado dinheiro à Sanud, que passou para a RLJ, que repassou a Ricardo Teixeira, caracterizando lavagem de dinheiro.


fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/policia-federal-vai-investigar-ricardo-teixeira/48313/

Texto sugerido por André Mendes Capraro

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dilma decide receber Fifa em Brasília, mas Blatter e Teixeira ficam fora

Enfim, Dilma Rousseff atendeu a um pedido de audiência feito pela Fifa. A presidente encarregou o ministro Orlando Silva Júnior de entrar em contato com a entidade e marcar a data do encontro em Brasília.

Ficou acertado que apenas Jerome Walcke, secretário-geral da federação internacional, será recebido. Como é um evento formal, ele não poderá levar Ricardo Teixeira ou  Joseph Blatter. Walcke é o executivo que toca a Copa pelo lado da Fifa. Por isso,  no Governo é considerado natural que só ele seja recebido por Dilma.

Porém, ela já deu vários sinais de que não quer se aproximar do presidente da CBF.
A escolha do ministro do Esporte como intermediário do encontro é um recado claro a Ricardo Teixeira e à Fifa. Orlando é o interlocutor oficial da presidência para questões envolvendo a federação internacional e o COL. Aproximar-se de Lula ou Henrique Meirelles, convidado para integrar o Comitê Organizador Local, não funciona como atalho.

Se for cobrada sobre atrasos na preparação para a Copa do Mundo, Dilma deverá dizer que as coisas estão andando. Como exemplo, deve alegar  que o BNDES está financiando obras de estádios e que as questões de mobilidade urbana também estão sendo tocadas.

Sobre as mudanças pedidas pela Fifa na Lei Geral da Copa, a presidente deve manter o discurso de que o Governo já cedeu bastante e que ela cumpriu as promessas de Lula. Ir um centímetro além seria ferir a legislação brasileira.

FONTE: http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/sem-categoria/dilma-decide-receber-fifa-em-brasilia-mas-blatter-e-teixeira-ficam-fora/

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sócios do Barça autorizam patrocínio

Acordo com a Qatar Foundation renderá R$ 422 milhões ao clube. Negociação teve de ser aprovada por conta de polêmicas


fabregas e messi barcelona gol osasuna (Foto: Agência EFE)Acordo com a Qatar Foundation teve de ser aprovado
pelos sócios do Barça (Foto: Agência EFE)

Os sócios do Barcelona aprovaram no último sábado o acordo de patrocínio do clube com a Qatar Foundation, avaliado em cerca de € 171 milhões (R$ 421,6 milhões). A informação é do site da Soccerex, feira internacional dedicada ao futebol.

A equipe espanhola anunciou em dezembro do ano passado um acordo de cinco anos com a Qatar Foundation, que se juntou à Unicef como patrocinadora da camisa do time a partir da temporada 2011/2012. Entretanto, o acordo gerou polêmica, com milhares de torcedores do clube fazendo um abaixo-assinado na tentativa de ver o negócio revogado. Alguns sócios chegaram a ficar preocupados com o histórico de direitos humanos no país árabe.

Foram 697 votos a favor do acordo, com 76 contra e 36 em branco. De acordo com o vice-presidente de finanças do clube catalão, Javier Faus, a diretoria sentiu que não tinha outra opção porque teria um substancial impacto econômico.

O Barcelona receberá € 15 milhões (R$ 36,9 mi) pelo patrocínio da Qatar Foundation nesta temporada. O valor aumentará ano a ano, até chegar em € 33,5 milhões (R$ 82,6 mi) em 2015/2016, quando o contrato termina. O clube também receberá um bônus de € 5,5 milhões (R$ 13,5 mi) se conquistar a Uefa Champions League nesse período.

Apesar das conquistas em campo, o Barça luta para manter sua saúde financeira: no último ano fiscal, terminado em junho de 2011, foi revelado um prejuízo de € 9,3 milhões (R$ 22,9 mi). A intenção é voltar a ter lucro na temporada 2011/2012.

Entretanto, a quantia perdida na última temporada é vista de forma positiva pelos dirigentes, já que a previsão era de ter um prejuízo de € 21,4 milhões (R$ 52,7 mi), depois de ter perdido € 83 milhões (R$ 204,6 mi) no ano encerrado em junho de 2010. O clube também informou que sua dívida líquida caiu de € 430,6 milhões (R$ 1,06 bi) para € 363,7 milhões (R$ 896,8 mi).

fonte:http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/2011/09/socios-do-barca-autorizam-patrocinio.html

Crônica da semana


Abertura da Copa 2014: 
a lógica é não ter lógica

Por:

Bruno José Gabriel
Prof. Dr. Miguel Archanjo Freitas Júnior


É determinado pelo senso comum e por estudiosos que pesquisam as temáticas futebolísticas que o futebol é indubitavelmente coisa nossa, estando enraizado socialmente na nossa cultura. É orgulho de um povo, que se vê representado pelos futebolistas, atribuindo a este desporto a sua própria identidade, algo que foi aflorado com as conquistas do selecionado nacional durante os anos que são chamados de dourados. Durante muitos anos o brasileiro viveu um dilema, criando frases de efeitos que ainda são bastante atuais, tais como: “sou brasileiro e não desisto nunca”, pois mesmo com a falta de resultados positivos os torcedores brasileiros jamais deixaram de acreditar no seu selecionado. 

Diante da riqueza desta historiografia o “Núcleo de Estudos – Futebol e Sociedade” decidiu realizar um observatório da preparação para próxima Copa do Mundo – 2014 no Brasil, e assim poder arquivar/analisar os discursos sobre os acontecimentos preparatórios deste evento. Para alcançar o proposto, utilizou-se a internet como fonte de pesquisa, devido à praticidade, ampla capacidade de armazenamento de dados e diferentes fontes biográficas que esse ambiente virtual disponibiliza, o que nos possibilita identificar as diferentes formas com que um mesmo fato é apresentado. 

Através das fontes catalogadas, foi possível criar categorias, por meio das quais pudemos observar um acontecimento que se interpretado com um olhar mais cuidadoso, podemos verificar algo recorrente do passado que poderia voltar à tona na atualidade, refiro-me a rivalidade regional existente entre “paulistas e cariocas”.
           
No passado essa rivalidade foi aflorada no âmbito esportivo em diferentes momentos históricos, dos quais destacamos dois: - em 1930 quando o selecionado nacional preparava-se para a Copa do Uruguai e os dirigentes cariocas recusaram-se a incluir cartolas paulistas na delegação. Como represália a APEA boicotou o escrete, e somente o paulista Araken Patusca seguiu para o Uruguai com a delegação, devido ao fato de ter se desentendido com seu clube, o Santos. Esse acontecimento teve uma repercussão bastante grande, pois craques que tinham grande capital simbólico no campo esportivo como Friedenreich, Fausto e Feitiço ficaram de fora do selecionado nacional. Em um segundo momento, observamos novamente essa rivalidade regionalista na preparação do selecionado brasileiro para a Copa de 1958 – Suécia, por ocasião do PPMC, que definia um modelo de homem para quem fosse integra-se a delegação nacional. Baseados nesses pressupostos dois jogadores paulistas ficaram de fora da convocação, e essa decisão repercutiu no amistoso entre Brasil x Corinthians, onde os paulistas foram torcer contra o selecionado nacional, que popularmente representava a “Capital Federal”, ou seja, notoriamente tivemos a identidade regional sobrepondo à nacional.

Atualmente essa rivalidade foi aflorada novamente, pois como já salientado, o país passa por um processo de modernização, preparando-se para sediar a Copa de 2014, e algumas decisões estão sendo tomadas, dentre elas a cidade/estádio que irá sediar a abertura da competição. São Paulo parecia absoluto para a abertura, ao seu favor contava o fato de ser a maior economia nacional e a sua representação simbólica perante o mundo. Entretanto nos últimos meses foi divulgado pelos veículos de comunicação que Joseph Blatter – presidente da FIFA, devido a conflitos políticos teria preferência pela abertura no Rio de Janeiro. Esta decisão poderia novamente estimular uma disputa regionalista, pois o Rio de Janeiro seria responsável pela abertura e encerramento do maior evento de seleções do mundo, algo que certamente não seria bem visto pelos paulistas.

            Não se pretendeu abordar a origem de uma rivalidade regional, pois como dizem os estudiosos “quando se buscam mitos de origem pisa-se em terreno incerto, versões se contradizem ou convivem alegremente”, e sim retratar que antes do evento de escolha da cidade/estádio, a lógica seria a abertura do mundial em São Paulo algo que parecia irretocável, entretanto parece que a lógica no Brasil é não ter lógica, pois estão tentando jogar “água no chopp” dos paulistas, sem vislumbrarem as conseqüências de tal decisão. Para encerrar deixo os dizeres dos Buenos da vida “o futebol é uma caixinha de surpresas” e quem sabe surpresas estejam à vista, pelo menos essa é a esperança dos brasilienses e dos mineiros que aproveitando a situação estão correndo por fora para sediar a abertura da Copa 2014.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Procurador da República recebe pedido para investigar Ricardo Teixeira, no Rio de Janeiro

19/09/2011 - 18h10

Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo
Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL, na mira da Justiça
  • Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL, na mira da Justiça
O procurador da República no Rio de Janeiro, Marcelo Freire, da vara criminal, está com a missão de analisar o pedido de investigação contra Ricardo Teixeira, por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Freire está lendo os documentos e ainda não divulgou qual será o primeiro passo de seu inquérito.

O pedido de investigação criminal foi feito junto à Procuradoria Geral da República, em Brasília, em julho. Depois de análise feita pelo Grupo de Trabalho que reúne procuradores federais, representantes das 12 sedes da Copa 2014, decidiu-se pelo envio da petição ao Rio de Janeiro, cidade onde reside o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira.

A petição é assinada pelo presidente do Partido Republicano Brasileiro,Marcos Pereira. A bancada do PRB é formada majoritariamente por evangélicos. O partido usou a série de denúncias que a Rede Record levou ao ar contra os negócios de Teixeira dentro e fora do Brasil.

No Rio de Janeiro, foi tomada outra decisão para agilizar o processo: distribuir o caso para uma vara criminal e o contemplado acabou sendo o procurador Marcelo Freire.

Ricardo Teixeira também preside o Comitê Organizador Local da Copa 2014. As denúnicas contra ele são antigas desde a saída de seu ex-sogro João Havelange nos 70. Há quase dez anos, foi formada no Senado uma Comissão Parlamentar de Inquérito para levantar as piores denúncias contra Teixeira e a CBF.

O relatório de número 2 da CPI é bastante revelador, quanto ao estilo empreendedor de Teixeira: em alguns anos, ele chegou a trazer do exterior US$ 36 milhões, na forma de empréstimo para a CBF, junto a bancos estrangeiros. Um dos bancos era dirigido por financistas brasileiros. O que causou espanto foi a descoberta do  nome do único avalista:  era o próprio Teixeira.

Interrogado, o presidente da CBF foi simplista:
"Faço a mesma coisa que João Havelange fazia enquanto dirigia o o futebol brasileiro".
Havelange deixou de dirigir o futebol brasileiro em 1974, quando assumiu a Fifa. Recentemente, a BBC de Londres fez uma série de reportagens sobre corrupção no futebol internacional. Parte das denúncias, segundo o jornalista escocês Andrew Jennings, atingiram Ricardo Teixeira e João Havelange.

Em visita ao Brasil, Jennings afirmou que os dois brasileiros teriam feito um acordo com a Justiça suíça para não serem incriminados. O jornalista garante que Havelange e Teixeira teriam devolvido cerca de US$ 9  milhões, recebidos supostamente como proprinas eleitorais e negócios ilícitos.

fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/09/19/procuradoria-criminal-recebe-pedido-de-investigacao-contra-ricardo-teixeira-no-rio-de-janeiro.htm

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sem C13 e Globo, Guarani encara crise financeira

"O Guarani não faz loucura e em nenhum momento saiu da linha de administração na qual o objetivo era redução da dívida", relata diretor de mkt do clube
Equipe Universidade do Futebol
Enquanto o Clube dos 13 implodia no início deste ano, diante das negociações diretas entre clubes e Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o Guarani preferiu se manter ao lado da entidade e não confrontar a emissora. Meses depois, sem acordo para a temporada que vem, o clube está em apuros financeiros.

Desde o início da temporada, a equipe paulista tem enfrentado dificuldades para manter salários em dia. Atualmente, os meses de agosto e setembro ainda não foram quitados. "Nós não podíamos só depender da cota de TV, e agora a extinção do C13 leva a tudo isso", conta Mercival Piron, diretor de marketing do time.

Da verba paga pela Globo à entidade pelos direitos de transmissão, o Guarani tinha direito a R$ 11 milhões anuais. Ainda havia empréstimos feitos pelo C13 em momentos turbulentos, algo que o clube não pode mais contar neste ano. Apenas em 2010, segundo balanço financeiro, foram emprestados mais R$ 7,2 milhões pelo órgão.

O plano traçado para superar a falta de dinheiro nesta temporada consistia na venda do estádio Brinco de Ouro, mas o negócio segue emperrado. Como depende ser valizada prefeitura de Campinas, que inclusive esteve em crise política após denúncias de corrupção em maio, a comercialização da arena ainda não pôde ser finalizada.

"O Guarani não faz loucura e em nenhum momento saiu da linha de administração na qual o objetivo era redução da dívida. Tentamos vender atletas das categorias de base, mas esse negócio também não saiu. Agora há a necessidade de se reorganizar com a torcida para reestruturar o clube", relata o diretor de marketing.

O departamento ficou encarregado de encontrar soluções para arrecadar rapidamente, e então várias ações emergenciais foram lançadas nesta semana. Há 369 títulos patrimoniais, que foram recuperados de sócios afastados, sendo novamente vendidos pelo Guarani por R$ 5 mil cada, com forma de pagamento facilitada.

O programa de sócios-torcedores teve a mensalidade reduzida de R$ 50 para R$ 30, no intuito de arregimentar 30 mil filiados. O time também criou o "Guarani Esperança", alusivo ao projeto social gerenciado pela Globo, para que torcedores possam doar qualquer quantia acima de R$ 20 para salvar a equipe da bancarrota.

A Nota Fiscal Paulista, desenvolvida pelo governo estadual, por sua vez, será incentivada pelo Guarani para que impostos sejam abatidos. A campanha consiste em pedir para que torcedores usem o CNPJ do clube em transações comerciais. Não há, segundo o diretor de marketing, nenhum impedimento legal para essa prática.

Ainda há, por fim, cotas de R$ 1 mil disponíveis para que fãs insiram o próprio nome na camisa alviverde na cota máster. Com todas essas ações, todas voltadas para a torcida, o departamento de marketing pretende conseguir arrecadação mensal de R$ 500 mil até o fim do ano, algo suficiente para sanar dívidas mais urgentes.

Fonte: Máquina do Esporte - www.maquinadoesporte.com.br

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pelo projeto de lei da presidente, sete artigos do Estatuto do Torcedor serão suspensos
Pelo projeto de lei da presidente, sete artigos do Estatuto do Torcedor serão suspensos
21/09/2011 - 07h01

Projeto de lei da Copa feito por Dilma permite que Fifa não cumpra Estatuto do Torcedor

Vinícius Segalla
Em São Paulo 

 
O projeto da Lei Geral da Copa, enviado pela Presidência da República ao Congresso Nacional no dia 16 de setembro, permite que as partidas da Copa do Mundo de 2014 não respeitem todos os direitos garantidos pelo Estatuto do Torcedor aos espectadores dos espetáculos.

O Artigo 43 da norma que agora será analisada e votada por deputados e senadores prevê que sete artigos do Estatuto do Torcedor (que versam, basicamente, sobre dois temas) não terão validade para os eventos do Mundial de futebol.

Assim, ao contrário do que obriga a legislação brasileira, os ingressos da Copa do Mundo não precisarão trazer impresso o preço de venda. Esta exigência serve de garantia ao torcedor de que o valor que ele paga pelo ingresso é aquele definido para todas as entradas para o evento naquele determinado setor.
"Com isso, abre-se margem para, por exemplo, o preço de um ingresso da terceira partida da fase de grupos da Copa ter seu valor majorado se aquele jogo for definir quais equipes se classificarão para a etapa seguinte. Isso é proibido pela lei brasileira", explica o advogado e professor de direito esportivo Gustavo Lopes, autor do livro "Estatuto do Torcedor: a Evolução dos Direitos do Consumidor do Esporte".

A LEI GERAL DA COPA

Sem a informação do preço constando no ingresso, a Fifa poderá, por exemplo, alterar o valor das entradas de acordo com o ponto de venda ou o com o dia em que se vende o ingresso.

Outro ponto de flexibilização do Estatuto gerado pelo projeto da Lei da Copa é o que diz respeito aos direitos do torcedor no caso de cancelamento, adiamento ou mudança de local do evento esportivo. Pela lei brasileira, quando um evento esportivo é cancelado ou tem data ou local alterado pelo seu organizador, aqueles que já adquiriram o ingresso têm direito à devolução do valor pago e também indenização por eventuais custos que tenha tido.

Assim, por exemplo, se um torcedor de Belo Horizonte (MG) compra um ingresso para um jogo em um sábado à tarde em São Paulo (SP), e este jogo acaba por ser adiado para domingo, o consumidor tem direito à devolução do valor pago no ingresso e indenização por eventuais custos com a viagem, como compra de passagem aérea ou hospedagem em hotel.

O projeto de Lei Geral da Copa, porém, anula esses direitos para os eventos da Copa, e determina, em seu artigo 33: "Os critérios para cancelamento, devolução e reembolso de ingressos, assim como para alocação, realocação, marcação, remarcação e cancelamento de assentos nos locais dos Eventos serão definidos pela Fifa".

Para Gustavo Lopes, a norma representa um retrocesso. "O Estatuto do Torcedor foi um avanço, garantiu o direito do torcedor a ter seu ingresso com lugar marcado, e a certeza de que não será lesado por mudanças de hora ou local do evento. Na Copa, nada disso estará garantido".

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lei da Copa expõe queda de braço entre Fifa e Dilma

 Texto teve ‘pitacos’ da presidenta para manter soberania nacional, segundo assessor. Organizadores do Mundial veem 'arrogância'



Foto: Getty Images Ampliar


Nos bastidores, Fifa e governo federal parecem não falar o mesmo idioma. A irritação da entidade máxima do futebol com o texto da Lei Geral da Copa, encaminhado na última segunda-feira ao Congresso Nacional, é apenas mais um capítulo da queda de braço na organização da Copa do Mundo de 2014.

Integrantes da Fifa veem “arrogância” em membros do governo federal, que por sua vez se dizem perplexos com as exigências feitas pelo pela entidade, com sede na Suíça, e pelo COL (Comitê Organizador Local). Um funcionário do Ministério do Esporte afirmou ao iG que o texto da Lei Geral da Copa teve ‘pitacos’ da presidenta para manter a soberania nacional. "Isso talvez possa ter causado irritação,” disse.

Em fevereiro, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, esteve no Brasil para discutir com o governo alguns pontos da Lei Geral da Copa, que determina todas as garantias ao organizador do evento. Segundo um executivo ligado à Fifa, muitos pedidos da entidade não foram incluídos no texto final.

Distância
Com trânsito livre no Planalto na gestão do ex-presidente Lula, o presidente do COL, Ricardo Teixeira, hoje vive uma realidade diferente com Dilma Rousseff no poder. O cartola teve apenas encontros informais com a presidenta. O último deles foi durante o sorteio das eliminatórias do Mundial, em julho, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, os dois estiveram juntos por poucos minutos, nos bastidores do evento e acompanhados do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e do embaixador da Copa, Pelé. O “Rei do Futebol” foi outro alvo de disputa entra governo e a organização do Mundial.

Pelé, antigo desafeto de Teixeira, foi convidado pelo governo federal para representar a Copa. A apresentação do novo embaixador aconteceu em um evento fora do local do sorteio das eliminatórias, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Dilma não esconde que quer distância do número 1 do COL. Sem trânsito no Planalto, em agosto, Ricardo Teixeira esteve reunido com o ex-presidente Lula em São Paulo. O encontro, entretanto, parece não ter tido muito efeito na postura da presidenta em relação ao cartola.

 fonte: http://esporte.ig.com.br/futebol/lei-da-copa-expoe-queda-de-braco-entre-fifa-e-dilma/n1597218580759.html

Texto sugerido por Fábio Ehlke Rodrigues

Quem é o procurador da República que investiga o presidente da CBF

O Procurador da República no Rio de Janeiro, Marcelo Freire, encarregado de investigar a denúncia de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por parte do presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil, Ricardo Teixeira, não é inexperiente no assunto.

Ao contrário, ele atuou na CPI do Futebol no Senado no ano de 2000 e não se conformou com o pedido de arquivamento de inquérito semelhante então, mandando reabrir exatamente o que dizia respeito às relações entre a empresa RLJ de Teixeira e a tal Sanud, com sede no paraíso fiscal de Liechtenstein e que numa única operação havia depositado R$ 2,9 milhões na conta da RLJ.

Quatro anos atrás, Marcelo Freire, em palestra num Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, apelou aos jornalistas que procurassem o Ministério Público sempre que faltassem provas suficientes para publicar uma denúncia, porque o órgão tem os meios que faltam à imprensa.

Numa palavra, Marcelo Freire é daqueles funcionários públicos que costumam cumprir com suas obrigações.
O que é sinônimo de esperança de bons serviços.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 20 de setembro de 2011.

fonte:http://blogdojuca.uol.com.br/2011/09/quem-e-o-procurador-da-republica-que-investiga-o-presidente-da-cbf/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma visão sobre o futebol latino americano


Entre os dias 6 e 9 de setembro realizou-se na cidade de San Fernando, Espanha, o XVI Congresso Internacional de AHILALa Associación de Historiadores Latinoamericanistas Europeus (http://www.ahila.net/). Por iniciativa do historiador alemão Stefan Rinke, da Freie Univesität de Berlin, foi organizado pela primeira vez nesse evento um simpósio temático sobre futebol: “Historia del Fútbol en América do Sur”. A proposta tinha inicialmente a co-organização do pesquisador Julio Frydenberg (Universidade de Buenos Aires), substituído por problemas institucionais pelo também argentino Diego Armus, atualmente atuando no Swarthome College, EUA.
Para nós latinos americanos e estudiosos do futebol, a realização desse simpósio tem uma singular importância. Como o próprio título informa, a AHILA é uma iniciativa de historiadores europeus especializados na América Latina.
A AHILA foi criada no final dos anos 1970 e consolidada nos anos 1980, uma conjuntura marcada pelo apogeu e crise da chamada “guerra fria”, movimento político-ideológico no qual a América Latina era vista, pela sua fragilidade política, como lugar propício tanto para ditaduras de direita quanto para ensaios revolucionários de esquerda. Portanto, temas políticos como colonização, independência e revolução eram lugares comuns entre os latinoamericanistas europeus.
A introdução do tema “futebol” (ou fútbol, em castelhano) marca um reposicionamento temático e epistemológico dessa tradicional entidade de historiadores, apesar do predomínio das temáticas consolidadas.
Destaco, nesse sentido, o fato de a presidente da AHILA, a Dra. Marianne Wiesebron (Universiteit Leiden – Holanda) ter assistido toda a sessão do simpósio sobre futebol, por que queria saber como era isso de se estudar o futebol.
Mas é claro que nesse momento o futebol ainda é um objeto exótico entre os historiadores, tanto europeus quanto latino americanos. Porém, ele mostra sinais de vitalidade e precisa afirmar-se no campo científico das ciências humanas, em especial na História.
Sobre o simpósio propriamente dito, destaco a ausência de vários inscritos, principalmente da América Latina. Estava curioso para ouvir os bolivianos, uruguaios, chilenos e argentinos. Mas o que predominou foram os brasileiros. Entre os não brasileiros, destacaria a fala do Stefan Rinke, em especial seus comentários sobre a necessidade de avançarmos na análise teórica das emoções e sentimentos relacionados ao futebol. Também seleciono a participação da pesquisadora italiana Camilla Gatarulla, que analisou a reação da imprensa e dos intelectuais italianos diante do regime autoritário argentino na Copa de 1978. Assim como o trabalho do argentino radicado nos EUA, Diego Armus, que discutiu a inserção do futebol nas escolas argentinas, entre o final do XIX e início do XX.
De modo geral foi marcante a perspectiva de estudos comparados, seja de períodos diferentes ou de atores sociais: Itália/Argentina, futebol/cinema, escola/futebol, Copa de 1950/2014 ou de processos relacionando futebol e identidade nacional.
Dada a pequena representação de pesquisadores europeus, não foi possível verificar a existência de uma visão europeia sobre o futebol latino americano. Ao contrário, predominou de forma visível a visão latina americana (e predominantemente brasileira) sobre futebol e identidade nacional, seja simplesmente afirmando-a, seja questionando a sua consistência.
Finalmente, considero que uma representação do Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade no evento abre significativos caminhos para um processo de internacionalização do grupo. O próximo evento ocorrerá em 2014 e será organizado pelo nosso colega Stefan Rinke, em Berlin, e tenho certeza nossa representação será numérica e qualitativamente ampliada.
Dr. Luiz Carlos Ribeiro
Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade
Departamento de História/UFPR






sábado, 17 de setembro de 2011

Dilma e Ricardo Teixeira "dividem" eventos e políticos nos atos de mil dias para a Copa

A cidade mineira de Belo Horizonte foi o palco, na última sexta-feira, do evento oficial que marcou o início da contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, a mil dias do torneio. As duas autoridades máximas brasileiras na organização do evento, porém, não tiveram agenda comum e sequer estiveram na cidade ao mesmo tempo.

Enquanto a presidente da República, Dilma Rousseff,  visitou as obras de reforma do Mineirão de manhã, acompanhada por Pelé, seu embaixador para a Copa, o presidente do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira, foi à Praça da Liberdade no período da noite, onde, junto com políticos mineiros, acionou o cronômetro que já faz a contagem regressiva para o Mundial.

O distanciamento entre a presidente da República e Ricardo Teixeira, que também é presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), é nítida e vem se reforçando a cada evento em que os dois estão presentes. No último dia 31 de julho, as duas autoridades foram ao Rio de Janeiro para a evento de sorteio das chaves das eliminatórias para a Copa.

O cartola não foi recebido na área reservada à presidente na estrutura que foi montada. Os dois não conversaram reservadamente nem se reuniram. Há tempos o cartola tenta marcar uma audiência. Em vez de Teixeira, Dilma recebeu, entre outros, Ronaldo, Neymar, Ganso e Ivete Sangalo, após a realização do sorteio.

Desta vez, Dilma visitou o Mineirão junto com o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), e o ministro do Desenvolvimento e ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT). Depois, foi à prefeitura de Belo Horizonte, onde encontrou com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e apresentou sua própria agenda positiva: em seu discurso, anunciou que governo Federal irá investir diretamente na construção do metrô de Belo Horizonte a quantia de R$ 1 bilhão, e garantiu que uma linha de crédito de mais R$ 750 milhões será aberta para o financiamento do projeto, via BNDES e outros bancos de fomento estatais. Depois disso, seguiu de volta à Brasília.

EM SP, RONALDO FOI A ESTRELA DA FESTA

  • Almeida Rocha/Folha Imagem O ídolo chegou de metrô ao estádio do Corinthians para as celebrações dos mil dias para a Copa
Já o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chegou à capital mineira no final da tarde, para participar da inauguração do relógio que marca os dias que faltam para o início da Copa. No Palácio da Liberdade, ex-sede do governo de Minas, jantou com Anastasia e com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), depois de depois mover, junto com os dois políticos, a alavanca que acionou o cronômetro. Junto com eles, outros 150 convidados participaram da ceia, que ajudou o custo da festa chegar a R$ 650 mil, dinheiro este tirado dos cofres do governo de Minas e da prefeitura de BH.

A cerimônia aconteceu em meio ao barulho dos fogos de artifício e dos gritos das centenas de professores que foram ao Palácio da Liberdade para protestar contra a política salarial do Estado para educação, em mais uma atividade da greve da categoria, que já dura mais de 100 dias.

Entre Teixeira, autoridades políticas e da Fifa, apenas um personagem recebeu todos os aplausos nesta sexta: o embaixador Pelé, a única unanimidade nos eventos dos mil dias para a Copa do Mundo no Brasil.

fonte:http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/09/17/dilma-e-ricardo-teixeira-dividem-eventos-e-politicos-nos-atos-de-mil-dias-para-a-copa.htm

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ronaldo e Zico se uniram para lançar rede social e alfinetaram Copa-2014
Ronaldo e Zico se uniram para lançar rede social e alfinetaram Copa-2014


Membro de Comitê para a Copa, ex-jogador Ronaldo pede transparência na organização

Desde que se aposentou dos gramados, em fevereiro deste ano, Ronaldo assumiu o cargo de membro do Comitê paulista para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. No entanto, este fator não o impediu de pedir transparência à organização do evento e, principalmente, o governo do país. Durante um evento para lançar uma rede social para boleiros, ao lado de Zico, o ex-atacante afirmou que até o momento não sabe exatamente o papel do governo do Brasil na preparação para a Copa.
"Todos tem que questionar sobre o dinheiro público, não só os políticos ou os envolvidos. Ainda não está claro para o público qual é o papel de cada entidade, como a Fifa, a CBF. Eu também não sei o papel do governo do país. Ainda restam muitas dúvidas no ar. Vejo que a maioria dos estádios é privado. Então, tudo tem que ser esclarecido para o público, e tem que ser o quanto antes", afirmou Ronaldo.

RONALDO E ZICO LANÇAM REDE SOCIAL PARA PINÇAR JOVENS PROMESSAS

Nesta terça-feira, Ronaldo e Zico lançaram uma rede social que pretende reunir boleiros, fãs de futebol e jovens que sonham em obter uma chance em algum grande clube do Brasil. O site, chamado P.nera, assemelha-se ao Facebook e tem planos ousados.

O projeto tem como intuito reunir em um mesmo espaço jogadores, empresários e qualquer profissional que lida com o futebol, além dos torcedores. Há também uma proposta que promete realizar o sonho de muitas crianças e jovens do país: ter a chance de treinar em algum clube da primeira divisão.
Zico, que recentemente assumiu o papel de treinador da seleção do Iraque, seguiu a mesma linha de discurso do agora sócio, e pediu que as partes envolvidas na organização da Copa do Mundo sejam mais unidas e caminhem para o mesmo lado, no sentido de fazer do evento um grande sucesso.

"Nós talvez ainda não tenhamos passado para o público o que representa uma Copa do Mundo. A população precisa das informações. Temos que trazer o público para junto da organização, para todos se sensibilizarem e saberem o que é receber a Copa, a importância que tem. Não está havendo uma união nesse sentido.  É o nome do país que está em jogo, e se não fizermos uma grande Copa, será uma decepção", reiterou Zico.


fonte:
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/09/13/membro-de-comite-para-a-copa-2014-ex-jogador-ronaldo-alfineta-organizacao.htm

Texto sugerido por Bruno José Gabriel