terça-feira, 26 de novembro de 2013

Racismo no futebol cresce na Europa

[por Luiz Carlos Ribeiro]


A crise econômica não justifica, mas o declínio econômico e moral na Europa dá perigosos sinais que caminha para um extremismo étnico e nacionalista. E os jogadores negros são os mais visados. Seus altos salários (mesmo que restrito a uma minoria) conflita com o da maioria da população jovem e frustrada diante do esgotamento do sonho da civilização ocidental. A situação na Ucrânia e na Russia é pior, pois se associa a um estado policial corrupto, cuja elite está muito distante do que se pode chamar de "espírito civilizado". O anonimato das multidões no estádios começa a tomar a dimensão de um coletivo organizado, pautado na violência.

A frase de Marine Le Pen, líder do partido francês Frente Nacional, de extrema direita, sobre a seleção francesa, é mais uma evidência que essas manifestações não são isoladas e marginais: "A seleção é uma espécie de quadrilha de rapazes rebeldes mal educados que não têm qualquer orgulho nacional e só representam a França por dinheiro". Claro, ela se refere ao fato de a maioria dos jogadores do selecionado ser de origem magrebina, das ex-colônias francesas do Norte da África.