segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Crônica da semana




Continuidade e “sucesso”: o fracasso dos jogadores das categorias de base da seleção brasileira.

Msc. Celso Luiz Moletta Junior
ISAEC/Colégio Martinus Centro


                No último sábado, a seleção brasileira sub 20 consagrou-se penta campeã mundial da categoria.  Fato comemorado pelos torcedores e pela imprensa brasileira, porém para o futuro do futebol, e mais pontualmente da seleção brasileira, com nenhuma relevância.
                A utilização e o prosseguimento de jogadores das seleções de base na seleção principal brasileira é algo nulo, ou quase nulo. Motivos à parte, percebe-se que o prosseguindo de um jogador por todas as categorias de base da seleção é algo não constante. Ou seja, um jogador que esteve entre os convocados das seleções sub 15, sub 17, sub 20, não necessariamente passará pela próxima categoria ou chegará à principal.  De forma rude, sem uma análise mais profunda, aparenta de que as convocações são feitas pela condição técnica momentânea dos atletas e não das habilidades e condições de crescimento futuro. Assim, o título da última Copa do Mundo sub 20, conquistada diante de Portugal no sábado, nada garante aos atletas. O detalhe é que esse fato, não é novo. Se observados os jogadores que formavam o elenco campeão nas últimas vezes,a média de participação efetiva na seleção principal é muito baixa. Comparando com as seleções nacionais que tem tido bons resultados, Espanha, Alemanha, Uruguaia e Holanda, o fenômeno é inverso. Estas seleções, tem tido um sucesso intermediário nas seleções de base, porém as maiorias dos jogadores acabam sendo aproveitados na seleção principal.
                Assim,  a necessidade de um reposicionamento da verdadeira função das categorias de base no futebol nacional é prioritária, pois o sucesso imediato tem se mostrado insucesso futuro.
               
               

2 comentários:

  1. Caro Celso:

    Parabéns pelo post. Realmente, é um estudo bem interessante o de compararmos a participação na base e a da seleção principal.

    Apenas para ponderar um pouco sobre isto, devemos pensar também que o acesso às seleções de base é restrito e muitas das vezes corporativo. Não que isto também não ocorra nas seleções principais (vide Ralf e Elias, por exemplo), mas um jogador que se destaca momentaneamente tem mais chances na principal do que numa seleção de base, por exemplo.
    Quanto às demais seleções, podemos interpretar como uma estratégia de continuidade entre a base e a principal, mas a formação de atletas, em termos quantitativos, é menor que no Brasil.

    Um abraço,

    André Alexandre

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  2. Concordo com o André Alexandre: sem uma política formativa e sem um sentido de continuidade realmente o índice de aproveitamento na seleção principal será baixo.

    Bem, temos um bom exemplo no próprio país em se tratando de política formativa que é o voleibol (tanto masculino quanto feminino).

    André Capraro

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