segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Crônica da Semana

COPA 2014: O LEGADO DO FUTEBOL 
 por Jackson Mosko


Muitos são os estudos sobre o legado que a Copa do Mundo de 2014 irá deixar no país, muitos acham que sim teremos um legado, outros já acham que o custo é muito alto e seu legado insignificante, mas analisando especificamente o futebol nacional, já podemos ver algumas mudanças, acredito que ainda é cedo para dizer se estas mudanças poderão propiciar um legado no futebol nacional, mas vamos as mudanças para tentar chegar a uma opinião ao final desta crônica.

Desde que foi anunciado como país sede da Copa de 2014, o mundo voltou os olhos para o Brasil e falo especificamente sobre o nosso futebol. Vários jogadores que atuavam fora do país foram repatriados, seja por um motivo técnico, por falta de adaptação, ou até mesmo o aquecimento da economia nacional, e enfraquecimento de economias poderosas do exterior, o fato é que enquanto alguns anos atrás estes jogadores iriam se ‘esconder’ em países sem nenhuma expressão no futebol mundial, porém com cofres recheados. Isto começa a mudar, o retorno de jogadores para o país está aumentando e jogadores com a possibilidade de sair do país, mesmo que seja para grandes equipes, hoje começam a pensar mais.

Falando neste assunto é impossível não falar do caso de Neymar Jr., jogador do Santos, que recusou por inúmeras vezes propostas de gigantes do futebol como Barcelona e Real Madrid e ainda renovou seu contrato com o clube até 2015, terminando após a Copa no Brasil.

Claro que este não foi o principal motivo para que o jogador ficasse no país. Um excelente aumento, um plano de carreira que faz inveja a jogadores dos gigantes do futebol mundial, chegando até a estar entre os jogadores indicados a melhores do mundo neste ano, porém alguém pensaria em algo parecido há três ou quatro anos atrás?

Somado a este fato ainda temos um campeonato nacional cada vez mais equilibrado, pois desde o ano de 2003 quando se tornou em pontos corridos, o mundo volta os olhos para o nosso futebol.
Agora cabe aos nossos clubes e seus representantes aproveitarem esta ‘janela’ aberta pela Copa de 14 e alavancar de vez nosso futebol, e nós amantes do futebol temos fé de que chegou a nossa vez!

2 comentários:

  1. Bom resumo da situacao. Potencialmente, o Brasil tem condicoes de ter uma liga no mesmo nivel da Liga Italiana, por exemplo. O problema eh que na parte de gerenciamento esportivo e marketing, a maioria ainda deixa a desejar, como um tudo. A liga brasileira nao tem uma marca, um logo, os estadios nao enchem. Os melhores jogadores estao ficando e os estadios ficarao melhores, no entanto. Com um pouco de trabalho, a coisa pode ficar bem melhor.

    Uma grande questao do futebol brasileiro eh o fato das equipes seram entidades sem fins lucrativos, ao contrario da regra aqui nos EUA ou na Inglaterra, e alguns clubes em toda Europa. Essa foi a sacada de LAOR, presidente do Santos. Vale mais a pena o Santos ter 60M ou ter a chance real de vencer pelo menos mais uma Libertadores ate 2014, com Neymar, que ficando atrai patrocinadores, jogadores, fez o Muricy ficar.

    Questoes interessantes, e belo espaco pra discussao.

    ResponderExcluir
  2. Caro Jackson:

    Parabéns pelo post. Discordo um pouco do legado da Copa. Além do desperdício de dinheiro público, não acredito que a FIFA ou o próprio Estado vai deixar algo que dure positivamente em nosso país. Muito pelo contrário, estádios em Cuiabá ou Manaus é um pesadelo para qualquer contribuinte. O que dizer do estádio do Corinthians, então? Uma vergonha...
    Quanto à parte técnica do futebol, concordo que o Brasileirão 2011 foi muito competitivo mas de baixa qualidade técnica.
    Lembro que a Copa de 1990 não trouxe bom futebol para a Liga italiana, que já foi até mais forte do que hoje. Os casos de EUA (1994), França (1998) e Coreia/ Japão (2002) e pelo visto África do Sul (2010) mostram que o palco da Copa importa pouco para a qualidade subsequente dos campeonatos nacionais. Mas, vou torcer para que eu esteja errado em minha avaliação.

    Um abraço,

    André Alexandre

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário aqui.