terça-feira, 29 de novembro de 2011

A última jogada de Ricardo Teixeira

 

Olhe bem para esta foto.

Ela foi tirada na última terça-feira, por ocasião do jantar que o empresário José Victor Oliva (em pé, no meio, careca) ofereceu ao narrador Galvão Bueno, ao seu lado, taça de vinho na mão.
Note bem quem é a figura poderosa da imagem, o que está cercado pelos demais, no centro de tudo.
Sim, é ele, Andrés Sanchez, o ainda presidente do Corinthians, anunciado ontem como novo diretor de seleções da CBF.

Nos extremos opostos, à esquerda, o também empresário José Hawilla, e o cartola Ricardo Teixeira, uma relação que já foi sólida e que hoje quase que apenas mantém as aparências, tantos foram os tombos recentes sofridos pelo dono da Traffic.

Mas o essencial é mostrar como Teixeira aparece como coadjuvante, ao lado de Ronaldo Fenômeno, para entender o noticiário mais recente, que dá conta, também, de um convite do presidente da CBF e do COL para que o ex-jogador assuma o papel que Michel Platini fez na Copa da França e Franz Beckembauer desempenhou na Copa da Alemanha, como está na coluna Panorama Esportivo, de O Globo, de ontem.
Teixeira andava isolado a tal ponto que o deputado Romário o humilhou na Câmara dos Deputados e quase não houve reação da bancada da bola.

A Fifa até quis entregar sua cabeça a Dilma Rousseff que preferiu deixar o problema com a Fifa.
Externamente, Teixeira buscou os apoios de Jack Warner, da Concacaf, de Nicolás Leoz, da Conmebol, de Julio Grondona, da AFA e do quatari que a Fifa baniu, Bin Hammam, o homem que separou definitivamente Joseph Blatter de Teixeira.

E internamente, ao buscar sair dos holofotes, Teixeira, para voltar a ser o homem das sombras, das articulações de bastidores, chamou Sanchez para a CBF e Ronaldo para o COL.
E não há de ter sido à toa que disse, assim que tornou pública a contratação de Sanchez,  diante dos jornalistas, que era preciso telefonar para Lula para contar a novidade.
Ele sabe que ninguém que tenha a simpatia de Lula estará isolado no Brasil.





fonte: http://blogdojuca.uol.com.br/2011/11/pro-memoria-7/


Texto sugerido e com comentários de Edson Hirata
Os mais inocentes até podem comemorar acreditando que Ricardo Teixeira está sendo extirpado do centro das decisões do futebol brasileiro, mas, como bem disse Juca Kfouri, é apenas mais uma jogada inteligente do sagaz dirigente mor. 

Ronaldo é amigo de Sanchez, que é amigo de Teixeira, que não é amigo de Dilma, mas se diz amigo de Lula. 
Essa configuração certamente possibilita entendermos que Ricardo Teixeira está se cercando de pessoas com
grande popularidade e retirando de si o foco, mas certamente o poder ainda está em suas mãos.






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