terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ministério Público exige plano de segurança para o Atletiba

Promotoria de Defesa do Consumidor enviou ofício cobrando os dois clubes, torcidas organizadas, Polícia Militar, Federação Paranaense e CBF

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) anunciou, na tarde desta segunda-feira (28), que vai exigir da Polícia Militar (PM), de Atlético e Coritiba um plano de ação para se evitar incidentes violentos na capital no domingo (4), dia do clássico decisivo entre as duas equipes, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

A instituição, por meio da Promotoria de Defesa do Consumidor de Curitiba, enviou um ofício, já no último dia 24, cobrando a apresentação deste plano anti-violência para que as normas do Estatuto do Torcedor não sejam violadas. O documento também foi enviado para as torcidas organizadas da dupla Atletiba, Federação Paranaense de Futebol (FPF) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O MP aguarda a resposta do pedido nesta semana.

O clássico vale muito para os dois times – o Atlético briga para não cair à Segunda Divisão, enquanto que o Coritiba busca uma vaga na Libertadores – e é considerado de risco. A PM já expôs a preocupação com o duelo.

Em matéria publicada na Gazeta do Povo na semana passada, o coronel Ademar Cunha Sobrinho, comandante do 1.º Comando Regional da PM, informou que cerca de 900 policiais serão destacados só para a partida. Além disso, a Guarda Municipal de Curitiba e de algumas cidades vizinhas, bem como a Polícia Civil, vão compor a operação.

fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/conteudo.phtml?tl=1&id=1197104&tit=Ministerio-Publico-exige-plano-de-seguranca-para-o-Atletiba

Texto sugerido e comentado por Natasha Santos.

Se na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, houve uma suposta negligência da Secretaria de Segurança – quanto ao número efetivo de policiais que teve dificuldades em deter o quebra-quebra generalizado, que rendeu ao Coritiba penalidades caras –, desta vez será feita “uma coisa de primeiro mundo”, como aponta o coronel da Polícia Militar. A promessa é de uma megaoperação envolvendo cerca de 900 soldados da PM, com o apoio da Guarda Municipal de Curitiba e cidades vizinhas, somadas, ainda, à Polícia Civil. Os policiais estarão espalhados pela cidade e região metropolitana, em alerta para os desdobramentos do épico Atletiba.

Mesmo que seja apenas uma medida para evitar a veiculação de Curitiba como capital do vandalismo organizado na mídia nacional, tendo em vista a Copa do Mundo, desta vez há de se tirar o chapéu para o planejamento da operação. Agora é esperar para saber se, de fato, não presenciaremos uma guerra civil no estádio, e se os policiais espalhados pela cidade ao menos diminuirão a quantidade de ônibus e tubos depredados, fato comum em qualquer Atletiba – e que, segundo as torcidas organizadas, seriam eventos facilitados pelos próprios policiais. Sem levantar uma dificílima discussão aqui, o que se espera é que toda a operação montada iniba desastres não naturais – os quais, basta destacar, nem sempre podem ser explicados com base em Norbert Elias.

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