sábado, 12 de outubro de 2013


Ministro do Esporte justifica até preço de cadeiras condenado pelo MP

Perrone


Rebelo em visita ao estádio do Corinthians

A rodada de vistorias nos estádios da Copa do Mundo nesta semana se transformou em mais uma oportunidade para o ministro do Esporte defender projetos bombardeados por críticas.
Aldo Rebelo não teve dificuldades para justificar, por exemplo, os altos preços das cadeiras que seriam compradas pelo Governo do Mato Grosso para a arena Cuiabá. A compra foi anulada após pedido do Ministério Público-MT, que contestou os custos e o processo de licitação.
“O Ministério Público também compra cadeiras e sabe que o preço da cadeira varia de acordo com a qualidade… Pela qualidade superior, normalmente você paga mais”, disse o ministro ao programa Bom Dia MT, da TV Centro América.
Para justificar o cancelamento da compra, o MP apresentou a comparação entre as cadeiras vendidas pela mesma empresa para as arenas de Brasília e Cuiabá. Na capital federal, o preço médio foi de R$ 175 por cadeira. Mas, no Mato Grosso, cada assento custaria, em média, R$ 436,8. A decisão do MP foi tomada após o Blog do Vinícius Segalla noticiar a diferença de preços.
Apesar da diferença, a hipótese de superfaturamento nem passa pela cabeça do ministro. Ele até acha que a atitude do MP pode provocar mais gastos para o governo estadual no futuro.
“Qualquer coisa que você adquire tem aquilo que se denomina obsolescência planejada.  A própria indústria, de acordo com o preço, planeja o desgaste daquele equipamento.  Fico imaginado que deve ter sido buscada (pelo MP) uma economia a curto prazo, sabendo que isso naturalmente vai gerar uma despesa  a longo prazo”.
Ao visitar Porto Alegre, Rebelo voltou a defender as arenas candidatas a virarem elefantes brancos ao Bom Dia Rio Grande, da RBS TV. Para isso, ele criticou a média de público dos principais estaduais do país.
“Temos um problema de público e infelizmente não é apenas nos Estados onde o futebol não tem grande força. Ah, mas tem futebol forte no Amazonas, no Rio Grande do Norte e no Mato Grosso? Não… No  Rio Grande do Sul, mais da metade dos clubes que participaram do Campeonato Gaúcho não tiveram nem mil pessoas de público. São Paulo e  Rio de Janeiro também.  Tivemos jogos com grandes do Rio, onde o público não atingiu mil pessoas. Então temos um problema no país inteiro”.
E assim, o ministro se aproxima do Mundial com resposta na ponta da língua pra quase tudo que parece fora de ordem na organização. Sem constrangimentos.


Sugestão de Rick