sexta-feira, 5 de outubro de 2012

De apagão a cancelamento, jogo da seleção é marcado por sucessão de micos

Torcida não escondeu a decepção pela notícia  Foto: APApagão no Estádio Centenário de Resistencia cancelou jogo Argentina x Brasil pelo Superclássico das Américas  Foto: AFPA arbitragem tolerou por quase uma hora o apagão em Resistencia  Foto: AP



Da queda de luz, passando pela execução dos hinos ao anuncio do cancelamento da partida, o que seria o jogo de volta da segunda edição do Superclássico das Américas foi uma sucessão de “micos” da organização do evento. Uma queda de energia elétrica ainda sem explicação confirmada levou o jogo a ser suspenso. O troféu que seria entregue ao final do confronto voltou para o armário e ninguém sabe o que será feito com ele.

  • O estádio Centenario, em Resistencia, mostrou que não tinha condições de receber uma partida como o clássico entre Brasil e Argentina. A casa do Sarmiento, clube que disputa a quarta divisão local, sofreu pelo menos quatro apagões na noite de quarta. A última queda impediu a realização do jogo.
  • CBF, AFA e Klefer, empresa organizadora do Superclássico das Américas, sofreram para tentar explicar o motivo da queda de energia que levou ao cancelamento da partida. Durante o transtorno, cada entidade dava uma versão sobre o incidente e apontava para um desfecho diferente do caso. Enquanto o sistema de som do estádio informava aos torcedores que a partida seria realizada, mesmo uma hora após o horário previsto, o presidente da Klefer, Kleber Leite, já admitia que o Brasil não entraria em campo.
  • Após a confirmação do cancelamento do jogo, nenhum dos envolvidos na organização do mini-torneio soube informar se a taça será entregue ao Brasil. “Não sabemos ainda”, afirmou Kleber Leite. Assinado pelas duas federações, o regulamento do Superclássico das Américas não prevê definição de vencedor em caso de suspensão de uma das partidas.
  • Os constantes apagões fizeram a organização desistir da realização do jogo. Com a falta de datas para uma nova partida, a segunda partida do Superclássico das Américas de 2012 teve que ser cancelada, o que foi um mico para os organizadores do evento e as duas federações que regem o futebol brasileiro e argentino (CBF e AFA), além de ter dado prejuízo para a TV Globo, detentora dos direitos de transmissão.
  •  Visivelmente constrangido com o cancelamento do jogo, o presidente da CBF, José Maria Marin, ainda teve que usar uma saída alternativa para deixar estádio. No momento em que se dirigia da área dos camarotes para o estacionamento, o elevador do estádio estava trancado, com duas pessoas dentro. Sem alternativas, o cartola teve descer de forma apressada todos os quatro lances de escadas.


Sugestão e comentário de Natasha Santos.


Verdadeira chanchada foi o quase-jogo entre Brasil e Argentina, um dos maiores clássicos de futebol sul-americano, cancelado por falta de luz! Obviamente, as coisas não acontecem por acaso... Por que realizar um jogo desta magnitude numa cidade de pouca expressão em termos futebolísticos (Resistencia)? Por que escolher um estádio que, via de regra, sedia jogos da quarta divisão do campeonato argentino? Em Buenos Aires, há pelo menos três estádios capazes de sediar a disputa com muito mais estrutura, como o La Bombonera, o Monumental de Nuñes e o José Amalfitani – todos com capacidade para mais de 50 mil espectadores e habituados aos jogos da divisão principal do certame argentino.
Pois bem, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, liberou os clubes argentinos de uma dívida de aproximadamente 200 milhões de dólares, tendo em vista a grave crise financeira que assola os clubes argentinos. A Associação Argentina de Futebol (AFA), muito agradecida com tal gentileza, resolveu acatar a sugestão de Kirchner em realizar o jogo na província do Chaco, onde o governador Jorge Capitanich é um dos principais aliados políticos da presidente.
Não bastasse a política da camaradagem, cabe lembrar algumas vergonhas brasileiras que se somam a isso: a CBF é dirigida pelo senhor que roubava medalhas (José Maria Marin) e o organizador do “Superclássico” é Kleber Leite (ex-presidente do Flamengo), cujo compadre e grande amigo é Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF). Sem falar no Andreas Sanchez (e cia) que não se deu ao trabalho de uma vistoria no estádio do apagão!
O futebol na América do Sul vai bem, obrigada! Francamente...