segunda-feira, 16 de setembro de 2013

10 teorias da conspiração das Copas


Entre tantas (des)notícias que abordam o futebol brasileiro nesta segunda (juro que quase postei uma nota sobre uma matéria intitulada “Se Brasileiro fosse um 'Rio-SP', São Paulo seria líder” só para reportar minha indignação na sequência), o portal Terra compilou uma série de polêmicas que circundaram a trajetória de alguns dos selecionados nacionais de maior tradição no esporte em diferentes certames mundiais. Para além do caráter pitoresco do infográfico, que alimenta tanto a memória quanto a paixão dos torcedores, é interessante notarmos a perenidade destas narrativas conspiratórias na construção dos discursos sobre o desempenho das equipes nos referidos campeonatos. Apesar da apregoada imprevisibilidade inerente ao jogo da bola, há sempre uma escusa para uma eliminação precoce ou um resultado inesperado. 

Não raramente, esses causos não só contribuem para a elaboração de um imaginário sobre as Copas como involucram o futebol com diversos elementos extracampo, como as intrincadas conjunturas políticas dos países envolvidos ou os interesses econômicos de grandes corporações multinacionais. Independente de sua “comprovabilidade”, as distintas narrações atestam a abrangência simbólica do esporte como fenômeno cultural massificado de ampla abrangência política e social, mesmo que suas conexões mais absurdas estejam involucradas apenas nas teorias elaboradas (imaginadas e compartilhadas) por seus aficionados.

Ainda assim não descarto nenhuma das conspirações, embora duvide de todas. Afinal, caso se revelem tão verdadeiras e determinantes como se pressupõem não restará nenhum campeão mundial cujas glorias tenham sido obtidas somente com os jogos disputados dentro dos gramados...


Sugestão e comentários de Ernesto Sobocinski Marczal.