quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Confissão

A Noite em que torci para os coxas

por Remy Lessnau - Professor aposentado do Departamento de Genética, UFPR


No meio da década de 70, eu e Oscarsinho Buck, voltávamos do Rio. Tínhamos ido buscar um carro que ficara para trás por problemas mecânicos. Já era noite e estávamos chegando em São Paulo. Liguei o rádio. Estava começando o jogo Corinthians X Coritiba, sei lá que torneio era. O Jogo era no Parque Antártica, estádio do Palmeiras, eu sei, mas o fato é que o jogo era lá. Oscar me atormentou tanto que acabei concordando em ir até o estádio. Afinal ele estava me fazendo um favor inestimável repartindo o volante comigo. No Corinthians brilhava Rivelino entre outros.

Quando chegamos ao estádio, lá pelos 30 minutos de jogo, já estava 2 X 0 para o Corinthians. Desavisados, sentamos no meio da torcida corintiana. No final do primeiro tempo os coxas diminuíram para 2 X 1.

Os caras da fiel xingavam como gente grande. Não era só aos coxas. Ofendiam o Estado do Paraná e Curitiba. Nós quietinhos. Qualquer manifestação seria morte certa.

No segundo tempo os coxas viraram para 3 X 2. O gol da virada foi de Negreiros. Saí feliz. Naquela época não havia tanto ódio entre Atleticanos e Coxas. Foi a primeira e a última vez que torci para o Coritiba. A culpa foi do Oscar e da torcida do Corinthians, e principalmente do meu orgulho de paranaense.

Sugestão de Luiz Carlos Ribeiro.