terça-feira, 4 de outubro de 2011

Banido do futebol pela Fifa, Hamman perde nova batalha na Justiça

Banido do futebol pela Fifa por conta de denúncias de suborno e corrupção, o qatare Mohamed Bin Hammam, ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês), teve negado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em francês) o seu pedido para bloquear a eleição do seu sucessor na entidade.

Hamman queria que o chinês Zhang Jilong, nomeado presidente da AFC em setembro, não assumisse o cargo.

Bin Hamman chegou a se candidatar à presidência da Fifa nas últimas eleições, mas acabou saindo da disputa. O ex-dirigente foi banido do futebol em julho por ter supostamente pagado propinas que totalizavam aproximadamente US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão) a dirigentes da União Caribenha de Futebol (CFU) em um encontro realizado em Trinidad e Tobago nos dias 10 e 11 de maio.

Testemunhas disseram à Fifa que pagamentos em dinheiro de US$ 40 mil (cerca de R$ 68 mil) foram dados após uma apresentação de Bin Hammam, que concorria à presidência da Fifa contra Joseph Blatter.

Texto Sugerido e comentários de: Natasha Santos

Os motivos alegados pelo ex-dirigente, diante de uma moral tão baixa, para tal iniciativa sobre o futuro da Confederação Asiática de Futebol, não foram expostos pela mídia, entretanto, podemos pressupor que não se trata de paixão pelo futebol, mas pelo que o esporte pode proporcionar. Ora, pelos preços dos votos pagos por Hamman, a presidência na Fifa (o que se aplica, nas devidas proporções, às confederações) deve sugerir benesses inimaginavelmente exorbitantes, afinal, falam-se em “envelopes” (no plural) de R$68 mil – o que, para os donos dos votos, deve ter soado como uma cesta básica ou um bolsa família das periferias brasileiras, já que a história veio à tona. Ou seja, as relações interdependentes, tão cômodas e esmeradas, parecem regradas ao “quem paga mais”, além das trocas de favores não necessariamente monetários. Todavia, o pecado de Mohamed Hamman parece não ter sido a exposição absurda ocasionada pela investida contra Jilong – o erro foi atentar contra Blatter no território de Blatter.

Hamman foi BANIDO do futebol e se sentiu no direito de bloquear a eleição de seu sucessor. Pois bem, se o catariano, que já recebeu sua sentença, toma uma posição destas, o que dizer, então, dos desmandos de Ricardo Teixeira, que lava mais dinheiro do que roupa suja; o mundo inteiro sabe disso; mas ele continua no futebol.

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