quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Legado se mede por qualidade de vida e transparência da gestão, diz professor da UnB

Para Neio Campos, a Copa é “uma oportunidade de se pensar cada cidade como um todo, uma estrutura complexa que não pode restringir as ações a pontos isolados”
O professor Neio Campos, diretor do Centro de Excelëncia em Tursmo – CET  da Universidade de Brasília (UnB), defende que o principal legado que a mobilização social e de investimentos em torno da Copa do Mundo FIFA 2014 deve deixar será a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos e a transparência da gestão, acompanhada de perto por todos os segmentos da sociedade. Isso, em sua visão, “fortalecerá a democracia”. Campos foi um dos palestrantes durante o Seminário Internacional Copa 2014:

Sustentabilidade e Legado, em Manaus, e alertou para a urgência de se abrirem canais de diálogo que envolvam a sociedade nas decisões a serem tomadas sobre os investimentos em infraestrutura das cidades-sede.  “A Copa do Mundo traz para os gestores urbanos a oportunidade de melhorar a qualidade de vida dos moradores das cidades-sede, desde que não se pense os investimentos limitando-os aos espaços diretamente envolvidos com os jogos, como arenas, mobilidade e hospedagem”.

Para o professor, que fez sua tese doutorado sobre Planejamento Urbano e Regional, a Copa  representará, antes de mais nada, “uma oportunidade de se pensar cada cidade como um todo, uma estrutura complexa que não pode restringir as ações a pontos isolados, exigindo um planejamento amplo”, e um bom momento de se consolidar as orientações contidas no Estatuto das Cidades. “Temos de ir além da questão da imagem, do marketing, e pensar os investimentos como indutores de desenvolvimento”, frisou.

Segundo Campos, a discussão ampla que levará aos investimentos deve passar por quatro eixos: o fortalecimento institucional do planejamento e da  gestão urbana/ o fomento à economia local e regional; melhoria da qualidade de vida; e promoção da participação cidadã.

Sem perder a perspectiva da realidade nacional, Campos avaliou que “o País não está parado. Podemos identificar iniciativas que, se potencializadas corretamente, trarão bons resultados”. Entre essas iniciativas, ele apontou a homologação do Estatuto das Cidades, que dá um norte à gestão urbana; a democratização dos processos decisórios e de reivindicação e articulação das comunidades em torno de seus interesses; a implementação de programas e projetos inovadores voltados para a integração social e físico-espacial das cidades.

No que se refere ao fomento da economia local e regional, Campos explicou que o incentivo ao turismo e a redefinição de circuitos turísticos diversificados, com o redimensionamento da capacidade hoteleira e implantação de rede de hospedagens alternativas, deve respeitar a identidade local, a troca de experiências com a comunidade, o cuidado com a natureza e o respeito às práticas cotidianas do cidadão.

Fonte: http://www.copa2014.gov.br/noticia/legado-se-mede-por-qualidade-de-vida-e-transparencia-da-gestao-diz-professor-da-unb


Texto sugerido e com comentários de Miguel Archanjo Freitas Júnior
Em tempos de Copa do Mundo e de grandes eventos esportivos, algumas palavras começam a fazer parte do nosso cotidiano. Entre estas palavras destaca-se um tal de “Legado”. Dias atrás, eu conversava com um amigo, que por contingências da vida não teve a mesma formação acadêmica e ele me perguntava sobre o que significava esta palavra. Parei por alguns momentos e me lembrei da matéria que socializo neste blog, mas por alguns instantes me perguntei sobre como iria responder esta indagação.
Legado para quem? Para a população que precisa de melhor infra-estrutura em diversos setores da sociedade (transporte, hotéis, rodovias, aeroportos...) ou será que o maior legado está nas mãos de quem organizará o evento e que constantemente tem sido questionado neste espaço virtual?

Para responder este meu amigo, diria que esta palavra apresenta uma conotação positiva, servindo para mostrar algo que deverá permanecer para um povo, mas até agora não é bem isto que temos visto. Por isso, meu amigo eu acredito nas palavras abaixo.


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